Jingo

Jingo Terry Pratchett




Resenhas - Jingo


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Fimbrethil Call 13/09/2014

Guerra engraçada!
Só o que eu posso dizer desse livro é que ele é muito bom. Descreve direitinho as situações que levam a uma guerra, de um jeito muito engraçado. Muuuuito engraçado. Recomendo.
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Coruja 05/04/2012

Jingo - que é uma gíria britânica, pelo que entendi, aplicada a Rússia de 1870, para a idéia de nacionalismo militar, agressivo - é o vigésimo primeiro livro publicado na série Discworld, mais uma fantasia urbana centrada na Guarda de Ankh-Morpork – e a essa altura, acho que já deu para perceber que, de maneira geral, esses são exatamente os meus favoritos, não?

Tudo começa de forma pacifica, com uma pescaria e aí se transforma num imbróglio de proporções épicas quando sem mais nem menos, uma ilha perdida ressurge no mar, exatamente entre os territórios de Ankh-Morpork e Klatch. A ilha de Leshp já apareceu e desapareceu misteriosamente antes e os dois potentados reclamam soberania sobre o território desde tempos imemoriais.

O que ninguém parece levar em conta é a arquitetura estranha e ‘errada’ dos edifícios gigantescos e antiqüíssimos, que pouco parecem com obras humanas, os hieróglifos misteriosos e as criaturas assustadoras apenas sugeridas em seus contornos em torno da ilha.

O tema lovecraftiano é aqui apenas um aperitivo, um detalhe mínimo – mas me parece bastante óbvio que Leshp está para o Disco como R’lyeh está para o universo de Cthulhu.

Mas o importante em Jingo não é a ilha em si, com quaisquer que sejam as vantagens (e desvantagens) de chamá-la de seu território, mas sim a perfeita desculpa que ela representa para uma declaração de guerra.

Sendo uma estudiosa do assunto, eu vibrei com as tiradas de Pratchett sobre o instituto da guerra e o ordenamento em torno dela. Parecia que eu estava vendo minha monografia da faculdade enquanto observava a aproximação de Lorde Rust, que vê o combate como um jogo de cavalheiros (no princípio da História da Guerra, quando ela era identificada com honra e coragem), contra o cinismo de Vimes, que vê tudo aquilo como uma grande crime (visão atual do direito de guerra), caindo, portanto, em sua jurisdição.

E não se engane que pela enormidade do trabalho, ele seja impossível – Vimes está determinado a ir contra o resto do mundo e prender todos os responsáveis, sejam eles reis ou exércitos como um todo – o primeiro Tribunal Penal Internacional para Crimes de Guerra do Disco.

Isso para não falar nos comentários de que “a comunidade internacional está assistindo” ou como o conflito externo influi internamente, traduzindo-se em preconceito e perseguição – e não importa que seus pais, tendo emigrado de Klatch, tiveram você em Ankh, que você tenha vivido sua vida inteira na cidade e que sequer saiba falar a língua do outro país: você é estrangeiro e portanto, é culpado.

Como de hábito, Pratchett é simplesmente genial e certeiro em suas críticas – e o final do livro fez-me lamentar a impossibilidade de votar em Lorde Vetinari nas próximas eleições...

Vetinari para Presidente: eu apóio essa idéia!

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
Victor 22/11/2012minha estante
Suas resenhas para a série são ótimas! Parabéns!




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