O ciclo das águas

O ciclo das águas Moacyr Scliar




Resenhas - O ciclo das águas


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Caio38 04/04/2024

Talvez só não seja o meu estilo...
Li com muitas expectativas. A leitura é fluida, a mensagem do livro interessante, mas ainda assim, algumas coisas me incomodaram. Mas afirmo com certeza que a principal foi que o livro dá muitas informações chocantes nas 30 primeiras páginas e depois ele só... Estagna. Apesar de fluida, pouca coisa conseguiu chamar minha atenção, não me afeiçoei a nenhum personagem e não me engajei na história. Acredito que com o início bombástico, a história poderia se desdobrar de muitas formas interessantes, e pode até ter sido legal, mas ao menos pra mim, não é algo genial, acabou sendo algo de ler só por ler. Quem sabe lendo futuramente eu enxergue de outra forma, compreendo que o livro possui suas particularidades chamativas, dessa vez, admito que foi o gosto pessoal gritando mais alto.
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Dilson Vargas Peixoto 02/07/2023

Diferente do que esperava encontrar
Pelo título da obra e breve descrição eu achei que seria uma trama desinteressante. Que nada! O modo de escrita singular, a história de vida de Esther e a mostra da cultura judaica me fizeram pensar em meus ancestrais. O que teriam eles passado ou feito? Quem foram? Quais amizades e inimizades tiveram?
A naturalidade com que Scliar aborda vários assuntos, a conexão entre elementos aparentemente dissociados e a espontaneidade de Esther me fascinaram. Li esse livro após a obra "Olhai os Lírios do Campo" (Érico Veríssimo) e encontrei em ambas elementos convergentes. Não sei se foi por influência, pelo recorte temporal que ambas apresentam em parte (década de 1930), o recorte espacial de uma Porto Alegre não tão grande. Desse modo, aparecem elementos como: doenças venéreas, relações extraconjugais, uma personagem criando um filho sozinha, pobreza. Mas, certamente o elemento judaico na obra de Scliar é bem mais profundamente trabalhado que na de Veríssimo, o que deve ser devido às origens do primeiro. Por fim, é uma obra gostosa, de quem relata graças e desgraças com uma serenidade natural.
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Cristiane 30/01/2023

Um ciclo!
É um livro muito interessante! A sua estrutura e escrita é de fácil compreensão, pois o texto é organizado em curtos capítulos que narram acontecimentos dos personagens principais.
Conforme você vai lendo, percebe que as histórias se ligam, se complementam, e que na verdade, é uma grande história ao invés de histórias individuais.
O plot me espantou um pouco, sinceramente não esperava, talvez por um pouco de ingenuidade da minha parte mas quando me acostumei, percebi que fazia total sentido mesmo.
O modo como o autor retrata seus personagens, deixando claro suas verdades e seus atos faz com que saibamos o real caráter deles, mas nem por isso é difícil compreender certas atitudes que eles tomam ao longo da história.
Esther carrega uma história que choca, e que te permite se indignar, depois sentir asco, mas também, lá no final, certas questões são compreensíveis.
Existem verdades horríveis, situações que podem destruir uma pessoa aos poucos, e isso é retratado aqui.
No geral é um bom livro, e é intrigante ler sobre esse assunto, tendo a noção que situações como essas são comuns em nossa realidade... É algo que pesa demais no leitor.
Recomendo!
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Henrique Fendrich 01/01/2023

Reli esse livro depois de 15 anos e foi curioso perceber claramente que alguns dos textos mais experimentais que eu havia escrito naquela época tiveram esse livro como inspiração.

De fato, o livro de Scliar tem uma estrutura experimental, com pequenos capítulos para cada personagem, alternando entre a primeira e a terceira voz, e uma associação entre eles que só se tornará evidente no decorrer da leitura. A escrita do Scliar parece bem solta e livre, suficiente para que até eventuais estranhamentos com a trama não comprometam a leitura.

A trama, aliás, é a história da judia Esther, que deixa a Polônia casada, mas, sem querer, vê-se às voltas com o mundo da prostituição. A história acompanha seus dramas e suas aflições na América do Sul, mas, paralelamente, corre a história de Marcos, o filho dela, o professor interessado em averiguar questões sobre a qualidade da água em um riacho próximo à faculdade. A certa altura, as duas histórias se tornam uma só, mas ainda com capítulos próprios para cada um deles.

Gosto do estilo um tanto seco de Scliar nesse livro e considero fundamental o trabalho que ele fez ao reconstruir histórias da imigração judaica e o que sucedeu a esses imigrantes e à primeira geração de seus descendentes no Brasil.
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Jana 31/12/2022

Incrível
No começo fiquei um pouco perdida, admito, mas valeu a pena não desistir.
A escrita de Moacyr Scliar é sensacional, e a forma como conta a história (por exemplo, tendo a quebra de texto numa narração e aproveitando a continuação para a próxima), foi algo que fiquei tão admirada e impressionada...
Os casos revelados, as alegrias e tristezas, as lutas das personagens. Tudo magnífico.
Minha tristeza foi com o final, apesar de que ouvi por opiniões alheias de que foi algo próprio para a história.
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givemeaminute 03/08/2022

O ciclo das águas
Eu nunca mais vou ler um livro completamente às cegas. Xinguei a Esther de tudo quando é nome até descobrir que ela é quem ela é.
Embora não tenha entendido muita coisa do enredo, o formato do livro me interessou demais, principalmente na troca de pontos de vista, onde os parágrafos se completavam. É um livro muito bem pensado, muito bem escrito.
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MIRANDA 11/06/2021

Scliar e sua adorável , alegre e divertida literatura . Sempre me pego sorrindo sozinho em meio as suas letras de um livro inteiro .
PALAVRA PARA O LIVRO : MILHO
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Anne.Grasiele 27/01/2021

É uma leitura muito interessante. Eu demorei bastante para concluir porque esse é um daqueles livros que te prendem na história, mas sem te deixar afobado para terminar.
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Celaro 17/03/2020

Correm as águas, corre a vida
As águas do oceano que traz a imigrante polonesa judia Esther a Buenos Aires para trabalhar em um cabaré, as águas do córrego contaminado que passa perto do prostíbulo que a agora empresária da noite Esther monta em Porto Alegre. Córrego este que passa por um amontoado de casebres e cuja água é objeto de estudo de Marcos, um jovem professor de História Natural. Assim é o ciclo das águas, como as correntezas, é a vida.
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Tito 22/06/2010

Fragmentos de um mesmo triste e persistente lamento.
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