Este Lado do Paraíso

Este Lado do Paraíso F. Scott Fitzgerald




Resenhas - Este Lado do Paraíso


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Felipe 01/06/2012

O romance da desilusão chega ao Novo Mundo
O francês Flaubert e o dinamarquês Jacobsen tem algo em comum: ambos escreveram as maiores epopeias da desilusão. Esses panoramas
engendraram os testamentos de morte da visão romântica e idealizada do mundo. Falo aqui de A Educação Sentimental e Niels Lyhne, obras máximas do espírito combativo, poético e desmistificador. A realidade nunca mais será a mesma após a leitura desses mosaicos da esperança pessimista.

Este lado do paraíso é claramente um filho desses ideais antirromânticos. Fitzgerald não tinha o direito de escrever um livro tão bom apenas aos 24 anos de idade! Invejável e humilhante esse Bildungsroman ianque.

Dizem que a inveja que um autor suscita em seu leitor é um dos maiores elogios que este pode fazer daquele. A vontade de tê-lo escrito no lugar do autor é outra vertente desses elogios profundos e sinceros, muito mais eloquentes que palavras de admiração. Invejo e me sinto humilhado por Fiztgerald, pois ele escreveu o livro brilhante que todo escritor em começos de carreira gostaria de ter escrito.

A estrutura do livro é um show a parte. Temos uma organização rigorosa de capítulos cujos títulos buscam, de maneira sintética, resumir em apenas uma palavra o espírito que irá nos guiar nas próximas linhas. Que o leitor não se assuste se de repente a narrativa se tornar poema ou até mesmo teatro! Caso do capítulo A Debutante que foi escrito em estrutura teatral. Brilhante! Inovador sem se tornar patético! União de poesia, prosa absoluto, contexto político, crítica e eloquência.

Um livro que merece muita, muita atenção!
Daniel 15/11/2012minha estante
Preciso reler... Gosto tanto de "O Grande Gatsby" que quando li este fiquei meio decepcionado.


Fabiano 29/03/2018minha estante
Ótima resenha, amigo. Dá vontade de ler só pelo que você disse... o romance da desilusão no novo mundo, a frase já diz tudo!


Maria.Tereza 24/04/2020minha estante
Muito obrigada pela sua resenha. Eu adorei. Parabéns. Vou ficar seguindo suas dicas!




26/09/2012

Um grande autor!!
Sem dúvidas F. Scott Fitzgerald é um grande autor.

Esse livro vai nos conquistando aos poucos, de acordo com o desenrolar dos fatos, do amadurecimento do seu personagem.

E o fato de ter um quê de auto-biografia, torna tudo ainda mais interessante.

Confesso q qdo comecei a ler fiquei um pouco decepcionada. Esperava bem mais. Mas conforme Amory vai crescendo, amadurecendo, se conhecendo...a história vai ganhando mais sabor.

E o fato de Fitzgerald usar tão bem a estrutura do livro pra contar sua história. Uma única palavra usada no subtítulo, resumindo com perfeição todo aquele fragmento da drama. Os poemas...e mesmo o "modo teatral" q ele descreve como foi seu relacionamento tão decisivo com Rosalind... As frases de impacto...q te fazem refletir, q te fazem compreender aquilo q até então estava tão bem escondido nas entrelinhas...

É um livro intenso. Muito bem elaborado, estruturado. Todos os componentes fundamentais pra fazer com q o leitor entre no clímax do que está sendo relatado.

Imperdível!
Fogui 10/11/2012minha estante
Apesar de já ter lido, não me lembro com nitidez sobre a estria deste livro, mas tenho certeza que é bom, caso contrario, não teria o livro na minha estante até hoje...




jota 30/04/2012

Românticos de Princeton
Além da tradução do competente Brenno Silveira esta edição traz o prefácio - O Último Romântico, do jornalista e escritor Daniel Piza, falecido recentemente (uma grande perda para o jornalismo cultural brasileiro). Publicado em 1920 foi o romance de estreia de Fitzgerald e alcançou imediato sucesso de crítica e público. Para os estudiosos da obra do escritor, um livro tão importante quanto sua obra-prima, O Grande Gatsby.

Lançado quando ele tinha apenas 24 anos, isso não o impediu de fazer agudas observações sobre o comportamento da alta sociedade americana dos anos 1910-20 e também sobre a vida universitária da juventude dourada desse tempo.

O jovem Amory Blaine, o protagonista, tem muito do autor, até mesmo fisicamente. E conforme escreveu Daniel Piza, no prefácio, "a geração de Fitzgerald marcou a ascensão moderna da figura do jovem inconformista, inquieto, que quer escapar dos preconceitos dos mais velhos e não sabe muito bem o que pôr no lugar."

Então bebem muito, praticam pequenos furtos, amam (e esquecem) facilmente as mulheres, são inconsequentes, etc. Mas por trás deles está Fitzgerald, então ele não abre mão de espalhar aqui e ali suas pinceladas de ironia e humor ácido.

Quando teve início a I Guerra Mundial (1914-1918), os EUA eram uma jovem nação e suas universidades ainda não conheciam a fama que depois conquistariam no mundo todo, juntamente com as inglesas, matrizes das americanas - Harvard, Yale, Columbia, Princeton, etc.

É em Princeton que o protagonista Amory Blaine estuda (assim como seu criador, Fitzgerald, estudou). Ao lado dos estudos em economia, matemática, filosofia, das leitura dos clássicos, do grego, latim, francês e esportes, etc., os jovens também apreciavam bailes, namoros pouco sérios, bebedeiras, brincadeiras, tinham suas sociedades de estudantes, etc. E também seus preconceitos, especialmente contra pobres, negros e judeus.

Religioso que era (católico, por influência da mãe, Beatrice; se ela lembrar a Beatriz de A Divina Comédia, de Dante isso não será mera coincidência), amigo íntimo do influente monsenhor Darcy, aos poucos vai substituindo a espiritualidade pela política, tornando-se um homem idealista, utópico mesmo – abraça o socialismo. Amory diz a certo momento: “É a única panaceia que conheço.”

O personagem com quem ele conversa está impregnado do conceito da grande América capitalista (a crise de 1929 ainda não tinha acontecido, claro) e lhe diz, na despedida: “Boa sorte para o senhor e má sorte para suas ideias.” Gostei da frase, por isso resolvi colocá-la aqui; pode ser útil um dia, dita numa situação diferente.

Mais algumas páginas e o livro termina meio que melancolicamente, deixando no leitor (pelo menos em mim) um sentimento de desilusão de tudo.

Lido entre 18 e 30.04.2012.
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Lara Castro 27/02/2013

Este lado do paraíso! Pouco consolo nos dá quem tem juízo.
"Eu não sou sentimental - Eu sou tão romântico quanto você. A ideia, você sabe, é que a pessoa sentimental acha que as coisas irão durar para sempre - A pessoa romântica tem a confiança que não durarão."
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morganarosana 10/03/2013

Mais uma de Scott!
Este lado do paraíso é o segundo livro do desafio Charlie's booklist e o segundo livro de F. Scott Fitzgerald que leio.
Este livro, é também o primeiro romance de Fitzgerald, e o que o lançou ao estrelato quase imediato. Inspirado em alguns fatos da vida do autor, o livro conta a história de Amory Blaine. Um cara rico e bonito, mas egocêntrico e mimado. O livro conta a vida deste personagem desde sua infância com a mãe, Beatrice até sua vida de adulto, após a faculdade. Passando por seu período estudantil, seus inúmeros romances com garotas mais ou menos parecidas com seu jeito de ser. Garotas egocêntricas, e profundamente fúteis. Mas que ele, mesmo assim, consegue dar um tom de realidade e humanidade. Acho que por ele inserir em cada uma um pouquinho de sua mulher, (a louca da) Zelda em cada uma delas.
Muitas resenhas e biografias comentam que este livro foi inspirado em uma fatia da vida de Fitzgerald naquela época. No meu ponto de vista, ele teve muita coragem, na minha opinião, de fazer um retrato de si mesmo que não era tão favorável assim, nem tentava enaltecer a sua pessoa em supostos atos de nobreza.
Tive várias reações e impressões durante esta leitura. Desde a identificação até o extremo repúdio a personagem, passando pela surpresa que havia um toque de humanidade dentro de Amory. O mesmo aconteceu com as pessoas no Grupo do Charlie's Booklist. Muitas ficaram incomodadas com o egoísmo e as atitudes de Amory, muitas acharam o livro tedioso e quiseram parar no meio. Até mesmo eu, confesso, fiquei meio bored no meio do livro e tive que partir para outras leituras, que estavam mais atrasadas.
Mas lá pela segunda metade do livro, ele começa a melhorar. F. Scott utiliza-se de vários recursos linguísticos para narrar o seu romance. O livro é permeado de cartas e escritos do próprio personagem (ou seja, dele mesmo). Já na segunda parte, ele organiza seu texto em forma de peça de teatro. É quando se apresenta a personagem Rosalind, o grande amor de Amory. Rosalind seria a versão feminina de Amory, apesar de todas as mulheres anteriores serem quase tão fúteis e egocêntricas quanto ele. Mas é Rosalind é sua verdadeira alma-gêmea. Porém ao mesmo tempo que suas almas se completam e se amparam. Rosalind se torna inalcançável. Assim como sua Zelda era para Scott.
Este livro, e seu sucesso de vendas permitiu que Fitzgerald pudesse abrir caminho para ter uma chance com aquela a quem ele desejava.
Por fim, falta dizer que a edição que eu tenho é a mesma tradução da edição da Cosac&Naify (aquela de capa dura), e com um prefácio ótimo de Daniel Piza.

resenha originalmente publicada em: www.estranhomundinhoinsano.blogspot.com
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Mari 11/04/2013

Diário Literário - Este lado do Paraíso
Amory Blaine. Esta é nossa personagem.
Ele é um CHATO de marca maior.
Acho que em leitura alguma, uma personagem principal me irritou tanto como Amory Blaine!
Esta é a história de Amory, contada por Amory, um garoto completamente egoísta e soberbo, que acredita estar em um nível social e intelectual acima das pessoas normais.
O livro começa um tanto monótono e pedindo pelo abandono. Mas como o livro era para o Charlie's Book list, persisti. Não me arrependi!
Amory, conforme se desenvolve durante a história, continua sendo um tremendo pé no saco, mas apenas um ser humano, e acabou me conquistando em simples detalhes, como a maneira como sentiu-se arrebatado ao ver o mar. Ou com o prazer de cantar na chuva!
O que me ganhou no Amory, é que embora fosse uma pessoa egoísta, egocêntrica, soberba e arrogante, ele não tentava camuflar isso enquanto narrava sua história! Não! Ele exibia! Esfregava na cara do leitor! Sem qualquer camuflagem ou atenuante! E, sendo este, um livro quase auto-biográfico, fez-me admirar Fitzgerald também, por ser capaz de se descrever assim, exacerbando seus defeitos e atenuando suas qualidades, colocando nos defeitos seus traços mais marcantes.
Durante sua história Amory descreve seus romances suas amizades, vitórias e fracassos, mais fracassos do que vitórias. Seus reais sofrimentos e agonias e, embora ele seja um chato do começo ao fim, ainda não descobri ao certo, por que comecei a gostar dele.
Acho que ele nos desperta simpatia por sua desgraça e seu fracasso. Por seus sofrimentos, muito embora em grande parte ele mesmo as tenha causado.

http://devaneiosnofirmamento.blogspot.com.br/2013/04/diario-literario-este-lado-do-paraiso.html
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Sas 12/12/2013

Esse livro redefiniu novos conceitos que, mesmo que não sejam permanentes, são agora infinitos. Leitura, personalidade e personagem, luta. Não sei como passar em uma resenha a experiência e o sentimento que esse livro me passou. Acho que foi o mais demorado e trabalhoso mas me arrisco também a dizer que foi o melhor e mais gratificante em todos os aspectos que fazem uma leitura valer a pena pra mim.
Passando para os personagens (e suas personalidades), é impossível não se fascinar com o menor deles.
Vai ficar no lugar de Favorito Número Um por um bom tempo.
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Manuela 23/02/2014

"Eu me conheço, mas isso é tudo"
Amory Blaine, protagonista do livro "Este lado do paraíso" de F. Scott Fitzgerald, é chato. O que implica dizer que, provavelmente, e se estiverem certos a maioria dos críticos literários que discorreram sobre a obra, seu autor também. Isso por que, segundo dizem, Blaine seria uma versão, por vezes fiel, do próprio Fitzgerald: egocêntrico, intelectalóide, "superior".

Várias coisas justificam a alto estima exarcebada perceptível no protagonista do primeiro livro de Fitzgerald. Uma criação diferenciada, exclusivamente materna - o que significa dizer que em boa parte do seu desenvolvimento, ou, ao menos na fase primordial de desenvolvimento de caráter, não havia influência externa - traduzida, no caso, numa educação exclusivista, superior, intelectualizada e cujos conceitos prévios via as demais classes como pequenas/menores.

Conhecer a personalidade em formação de Blaine é estafante e quase degradante. Este último, porque consigo identificar, no decorrer da própria história, resquícios de pessoas que conheço e com quem convivo o que me levou a questionar, continuamente, sobre a própria existência humana. A classe dos intelectuais pode ser, por vezes, babaca.

Blaine é um próprio personagem dentro dele mesmo. É uma construção da mãe, mas tenta não ser quando percebe que isso o faz perder a popularidade - ou a distancia dela. É uma construção das relações no colégio, mas nem sempre consegue manter uma mascara que foge da sua essência. Se traduz em diversas relações, com os colegas de Pricenton, com seus amores, com o reverendo Darcy, a própria mãe, em diferentes momentos, e com a guerra.

Este lado do paraíso é cansativo, mas sobre o qual se recai certa indulgência. Retrata um período, uma realidade, uma personalidade que alimentava diferentes pessoas ao tempo, cujo período se banhava de um pretenso progresso, e que continua acometer nossos jovens.
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Wilton 21/09/2014

Mal do Século
O livro não é centrado na ação, mas na época. Contém um certo determinismo: Amory, vivendo no pós guerra, no início do século XX, não poderia ser diferente. Não adiantava lutar, seu destino estava traçado. Seria sempre um indivíduo incoerente, sem crenças e sem futuro.
O autor foi feliz e deu-nos mais que uma história; deu-nos o retrato de uma época.
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Daniel Rolim 10/10/2014

Primeiro livro de Fitzgerald, relata a trajetória de Amory Blaine, de sua infância dourada e cheia de mimos até a chegada da vida adulta e das responsabilidades advindas da maturidade. Através da vida de Amory, enxergamos a própria história americana, da sua multiplicidade de sonhos e ideais, dessa juventude com pouca responsabilidade mas cheia de energia, anteriores à Primeira Guerra Mundial, até a perda dessa euforia, desse paraíso, com a chegada do conservadorismo e da depressão do pós-guerra.
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Fogui 26/04/2015

This Side Of Paradise
Este Lado do Paraíso
F. Scott Fitzgerald
Carlos Eugênio Marcondes de Moura
Abril
2004

Quando leio um livro de F. Scott Fitzgerald sempre me sinto órfã de uma geração e de um período rico e ao mesmo tempo extremamente conturbado. (mesmo que está geração seja dos meus avós)

Os Estados Unidos da América de Fitzgerald apenas engatinhava para ser tornar o centro do mundo, quando foi lançado "Este Lado do Paraíso", mal sabia o autor que antes o país passaria pela maior crise economia de sua História.

O livro conta a estória do jovem Amory Blaine. Garoto rico, bonito, inteligente e arrogante. Um chato e irritantemente encantador. Ele é fruto do que os intelectuais chamam de "geração perdida" americana.

Geração está que estava encantada com o progresso e suas máquinas. Mas ao mesmo tempo inconformada e inquieta com a situação do país e a austeridade dos mais velhos...

Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2015/04/este-lado-do-paraiso-f-scott-fitzgerald.html
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@freitas.fff 07/09/2016

Scott conhece a si mesmo, mas isso não é tudo...
O livro é apresentado em três tons, que me surpreenderam enquanto lia. Ao inicio tudo parece um enfadonho registro biográfico, que por incrível que pareça, prende o leitor sob a riqueza de detalhes. A vida de Amory Blaine começa a ser narrada de modo comum, ao meio do livro vemos uma narrativa teatral, estruturada e falas das personagens, quando tudo segue em tom "Shakespeariano" e o autor deixa claro isso. Ao final tem-se não só um amadurecimento da escrita, - agora ditada em linguagem poética e filosófica - como também o profundo auto conhecimento do personagem, que em seus fluxos de consciência revela particularidades nossas. Você sentirá profunda intimidade com Amory, e ao mesmo tempo que o detestará, aprenderá com a sua evolução, que existem nele aspectos comuns a todos nós. Romance feito com maestria, e sendo de estreia, se põe muito adiante dos escritores de hoje. Ideias e constatações da época são validas ainda hoje, como se Scott previsse acertadamente o futuro das gerações posteriores. 'Este lado do Paraíso' não é só um retrato extremamente fiel da vida universitária da época, mas também da sociedade e naturezas humanas em geral.

E edição portátil da Cosac Naify surpreende pela qualidade, ainda que com capa flexível e que deve ser manuseada com cuidado, o multi relevo numa única impressão de capa, as paginas amarelas e as linhas de amarração das páginas em laranja, dão uma qualidade especial à esta edição em detrimento das outras editoras. Como sempre, um primor! Que me levou a comprar mais dois títulos da coleção portátil.

site: deicha.net.br
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Momentos da Fogui 08/10/2016

Momentos da Fogui
Leia a resenha no blog:

http://foguiii.blogspot.com.br/2015/04/este-lado-do-paraiso-f-scott-fitzgerald.html

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2015/04/este-lado-do-paraiso-f-scott-fitzgerald.html
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