Uma Casa de Bonecas

Uma Casa de Bonecas Henrik Ibsen




Resenhas - Casa de Bonecas


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Charly.nunes 01/03/2021

A narrativa inicial aparenta ser tradicional de época, com o perfeito estereótipo do "ser mulher", mas aos pouco vai se quebrando essa narrativa tradicional para dar entrada a questões de gênero. Me surpreendi muito com esse livro, com toda certeza ele (do qual era uma peça de teatro) foi revolucionário para seu tempo
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Luíza | ig: @odisseiadelivros 07/02/2021

@odisseiadelivros / Resenha: A casa de bonecas, de Henrik Ibsen
Não é difícil entender por que Nora se tornou um ícone feminista. Nem por que Henrik Ibsen escolheu uma mulher para representar a busca pela liberdade humana.
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O drama em três atos estreou em 1879 no Teatro Real de Copenhague. Da Dinamarca, ganhou o mundo. Foi apresentado em Paris, Bruxelas, Estados Unidos, Rússia... Mas, claro, não sem gerar um grande bafafá na sociedade.
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No século XIX, ser mulher não era uma tarefa fácil. E era uma tarefa. E, nas sociedades burguesas, que vivem de aparências, um papel. Desde quando morava com o pai, o papel desempenhado por Nora era a de uma boneca. Moldada para não ter opinião própria, sem conhecimentos muito aprofundados sobre a vida social e as relações humanas e servindo como enfeite na sala de estar, ao se casar com o advogado Torvald Helmer sua vida praticamente não muda.
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Com Torvald, Nora se torna esposa e mãe, mas continua servindo como enfeite de sala de estar e brinca com seus filhos como se agora eles fossem seus bonecos. Enquanto serve de boneca para seu marido. Deve ser sempre bonita, e gentil enquanto continua a ser tratada com infantilidade. O marido se dirige a ela com uma linguagem infantil, cheia de diminutivos, a qual Nora reforça com seu comportamento de criança.
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Sem a mínima noção do mundo em que vive, vivendo em algo que lhe parece um conto de fadas, Nora desconhece o fato de que não se pode falsificar assinaturas. Mesmo que ela ache que fez a coisa certa para ajudar na recuperação da saúde de seu marido, anos depois a conta chega e o usurário ameaça a sua aparente estabilidade familiar.
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É simbólico o único cenário na peça ser a sala de estar, um local que tem muito a ver com as aparências, o que se pode mostrar, mas que não é realidade de fato. No início, Nora tem uma visão totalmente distorcida da realidade, mas o desenrolar da situação faz com que ela tenha uma nova percepção da sociedade, dos que vivem ao seu redor, principalmente o seu marido, e dela mesma. E a saída que ela vê, a educação, é fundamental para a formação cultural do ser humano e, entrando na visão feminista, das mulheres. Infelizmente, não é um assunto datado.
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Eu só não gostei dos personagens secundários e seus péssimos desenvolvimentos. O desaparecimento do usurário tirado do fundo da cartola foi bem sem-noção. No mais, é uma peça rápida de ler, com um final super dramático que carrega o ponto da peça – o desmoronar do conto de fadas.

site: https://www.instagram.com/odisseiadelivros/
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Ingrid 31/01/2021

Peça teatral norueguesa, concluída em 1879, encenada nos principais teatros escandinavos, em apenas 2 meses. Tudo se passa na época de Natal, e dentro da casa de Nora Helmer, e seu marido, Torvald Helmer. Torvald trata sua mulher de forma infantil, como uma criança travessa, papel que Nora corresponde e aceita totalmente; mostrando-se uma mulher infantil e sem muitas responsabilidades. Tudo passa a se modificar com a chegada da Sra. Cristina Linde, amiga de colégio de Nora. Diferente de Norma, a Sra Cristina é viúva, e sempre teve que trabalhar para se sustentar, e a sua família. Nesse momento, fica claro que algo incomoda Nora, que ela guarda algum segredo; e a presença da antiga amiga traz a tona essa angústia. Durante toda a leitura fica claro a objetificação da mulher, inclusive, Torvald chega a falar isso para Norma. Para os tempos atuais, algumas frases chegam a incomodar demais, mesmo sabendo que está dentro do contexto da época. No decorrer da leitura, fica claro que o autor quer demonstrar a exclusão das mulheres na sociedade burguesa. Fato, inclusive, que gerou muitos comentários com os espectadores. Mas não pensem que vão encontrar apenas isso, é a mudança em Norma que mais surpreenderá o leitor, e mais ainda quanto a sua decisão.
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Pam 22/01/2021

Essa é a primeira peça que eu leio e fiquei surpresa com o quanto o autor conseguiu contar em tão poucas páginas. Essa é uma história sobre o papel designado pela sociedade para as mulheres, bem como o quão pouco acesso elas tinham ao dinheiro na época em que a peça foi escrita. O vocabulário não é muito difícil, então recomendo pra todo mundo.
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emmaisdead 23/11/2020

SHE DID THAT!
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Daniela 09/11/2020

Inacreditável de tão bom
Essa obra me surpreendeu de várias maneiras. Principalmente na época e forma que foi escrita. Surpreendente a visão de Ibsen sobre a mulher e a sociedade. O machismo e o casamento de aparências.
Infelizmente, mais de 100 anos depois pouca coisa mudou. Mas mudou. E espero que mude ainda mais.
Incrível!
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rebecadecastilho 22/10/2020

A Doll's House (@escritoemprosa)
Escrito em 1879, Casa de Bonecas é uma peça teatral que incomoda, tira da zona de conforto e revela problemas que são mascarados com sorrisos e palavras bonitas.

A peça gira em torno de Nora, uma mulher de atitudes infantis que, em certo ponto, precisa lidar com uma difícil decisão. Nesse momento, tudo o que ela mais estima é posto à prova ? inclusive ela mesma.

Ler Casa de Bonecas é acompanhar o desenvolver pessoal de Nora: o descamar de seus olhos para encarar todos os problemas existentes no modo como Torvald, seu marido, a trata. É assisti-la se desenvolver como mulher e se libertar das amarras confortáveis que a prendiam e tolhiam seu direito de agir, de tomar decisões e cuidar da própria vida.

Acima de tudo, esta peça é um convite a todas mulheres repensarem suas vidas: estamos vivendo por um propósito maior ou somente orbitando outras pessoas? Sabemos o que queremos e quem somos ou apenas agimos dependentes de alguém?

Henrik Ibsen a convida para responder esses questionamentos ? e enredar em uma íntima jornada cujo destino não se encontra dentro de nós mesmas; pelo contrário: este é o ponto de partida.
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Vivi 13/10/2020

Não conhecia nada do autor e nem da história, fiquei surpresa com o final! Principalmente pela época em que foi escrito!
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Paula1882 22/08/2020

Uma grande surpresa!
Lendo o primeiro ato eu não passei nem perto de imaginar o que aconteceria no final.
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Mila.Soraia 15/07/2020

É uma peça teatral, escrita na segunda metade do século XIX. Discute o papel da mulher no âmbito doméstico e social, sempre presa ao lar, sujeita ao marido, e sem qualquer tipo de autonomia, tratada como se fosse uma criança.
O nome da obra remete justamente à sensação que a protagonista tem de ser uma boneca, à disposição de seu pai e, mais tarde, de seu marido.
Apesar de ser um livro curto (dá para ler em uma sentada só), faz um recorte preciso da situação das mulheres durante período o período em que foi escrito.
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leão 09/07/2020

Casa de Bonecas
Ibsen, basicamente, estapeia a sociedade em que vivia com uma peça que poderia ser morna mas que educa descaradamente. Não tem nada escondido nas entrelinhas aqui. A interpretação é clara, direta, objetiva.
Este e tipo de livro que eu recomendo.
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sadbroccolitree 27/06/2020

Uma grande surpresa! Comprei esse livro em um sebo muito mais pelo preço do que pela história e ao ler, me deparei com um enredo muito bom. Entrou para os meus favoritos!
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Karen.L.P 12/06/2020

Várias reflexões
O livro Casa de Bonecas vem nos mostrar uma época na qual os homens tratavam as mulheres apenas como donas de casa e que elas não tinham voz e nem razão. Fiquei bastante comovida com o drama vivido pela protagonista e no final sua libertação foi surpreendente. Deixou de ser apenas a boneca do papai e do marido.
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otxjunior 06/06/2020

Casa de Bonecas, Henrik Ibsen
Até o segundo ato desta peça de três, não podia dizer que gostava de algum personagem ou que havia comprado os acontecimentos que culminaram no dilema em que a protagonista se encontra. Quando o personagem mais tragável é possivelmente o desagradável agiota e o absurdo da situação (compartilhamos de informações ignoradas por alguns personagens) tornava a coisa toda quase cômica, não esperava muito do final. Na verdade, esperava, baseado em outras histórias similares de seu século ou até do posterior em diferentes midias, como o cinema, por exemplo, que acabaria mal para Nora. Esta seria punida, independente de seu marido tomar conhecimento de seu "crime". O curioso é que o final não me era estranho, já sabendo que há uma peça original que propõe uma continuação para Casa de Bonecas, um exercício de imaginação que parte do retorno de Nora a sua casa. E ainda assim, nada me preparou para a potência do terceiro ato. Quando parecia precisar contar com a leitura de textos de apoio para apreciar melhor a obra, Henrik Ibsen triunfa em seu ato final, quase como o milagre que a protagonista espera oito anos para ver concretizado. E dele não devo falar mais nada para não comprometer a surpresa e deslumbramento de próximos leitores.
Há pouco li O Marido Dela, romance de Luigi Pirandello (também famoso dramaturgo), que divide temas com a peça do autor norueguês, e não saberia apontar marido mais danoso dentro da relação conjugal; mas certamente saberia recomendar o melhor entre os dois livros. Ambos tratam basicamente da trágica hipocrisia do casamento de aparências de classe média com foco em papéis socias e de gênero. Mas Ibsen o faz com mais elegância, no uso de símbolos dramáticos (o mais famoso entitula a obra, mas também não se ignora o significado por trás de um baile à fantasia para aqueles personagens), e relevo, de maneira que a peça provoca hoje como um eco do que imagino ter explodido no colo da plateia vitoriana do século XIX, quando foi primeiramente encenada. O bater de portas final certamente ainda ressoa.
Amandita 16/06/2022minha estante
Tive exatamente a mesma impressão! Resenha certeira!




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