Eu Sou o Último Judeu

Eu Sou o Último Judeu Chil Rajchman




Resenhas - Eu Sou o Último Judeu


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Joelcio Ormond 01/08/2018

Indústria de extermínio
Realmente, não é possível melhor definição para o que acontecia nesse campo do que indústria de extermínio. O autor relata toda a lógica de "aumento de produtividade" dos assassinatos, após os quais, como em um abatedouro, tudo se aproveitava, até mesmo os dentes de ouro das vítimas.

O ser humano sempre tenta encontrar uma lógica, uma padrão, naquilo que acontece. Com essas atrocidades não foi diferente. Uma das tentativas de justificativa foi a de que houve tamanha lavagem cerebral que fez com que se deixasse de ver os exterminados como seres humanos, ou pelo menos vê-los "menores" que isso, de forma que retiraria a imoralidade das condutas praticadas.

No entanto, o livro mostra que não havia uma "utilidade" para o que era feito, era, sim, uma tentativa, pura e simples, de apagar, definitivamente, a existência daquelas pessoas. Da mesma forma, se "retirar a humanidade" tornava moralmente justificável os assassinatos, por qual motivo haveria a necessidade de evitar que os "excessos" fossem descobertos?

O relato feito por Chil Rajchman sobre o ano que passou em Treblinka é irretocável, cru e forte, como só poderia ser, tendo em vista ter sido escrito junto ao desenrolar dos fatos. Mostra a crueldade dos assassinos, que não se contentavam somente em matar, mas em fazer da pior forma que poderia ser feito.

É, por fim, muito triste ver também o dilema moral pelo qual passam os "personagens", que são, ao mesmo tempo, engrenagens na máquina e seus prováveis "insumos".
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Helinton 07/10/2016

O pior retrato da humanidade.
Quando me perguntam qual o livro de terror mais forte que já li, eu cito este livro. É um drama, mas a realidade dos fatos ocorridos neste livro são piores que todos os livros de terror que eu já li juntos. Chega a ser inacreditável o ponto que os seres humanos podem chegar quando se trata de ser ruim. Neste livro lemos o relato de um sobrevivente de um campo de extermínio na segunda guerra mundial. Eu sou aficionado em assunto da Segunda Guerra e holocausto, mas este livro é de longe o mais forte que já li sobre o tema. Recomendo a todos que assim como eu sempre buscam mais informação sobre o tema.
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Christian Assunção 09/01/2016

152
Incrivelmente forte, mas necessário ser lido.
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miriam 29/04/2015

Autor,testemunha e sobrevivente
Em poucas páginas Chil Rajchman usa uma linguagem simples e direta para relatar os horrores vividos por ele e milhares de judeus durante os dez meses que passou em Treblinka,o maior e mais temível campo de extermínio da Segunda Guerra Mundial,até conseguir fugir quase milagrosamente,pois era praticamente impossível sair com vida de lá.A maioria dos judeus era exterminada assim que chegava e uma minoria submetida aos piores trabalhos,com escassez de comida e água.Muitos tinham a morte como libertação,tamanhas eram as humilhações.
mesmo com a epidemia de tifo e outras doenças infectocontagiosas assolando o campo,adoecer era proibido e quem necessitasse de socorro era assassinado impiedosamente pelos nazistas,muitas vezes na própria enfermaria quando tentava se recuperar.
No livro,o autor detalha as mortes que ocorriam diariamente diante dos seus olhos,acreditando que esse também seria o seu destino.
Parte dos trabalhadores era trocada diariamente e substituídas por outras do próprio comboio para que não se comunicassem,mas como os novatos eram inexperientes e mais lentos,os soldados mudaram de tática,optando pelos veteranos.Foi assim que Chil Rajchman e outros prisioneiros conseguiram se manter vivos e colocar em prática o plano de fuga.
"Eu sou o último judeu" é uma verdadeira lição de vida.Eu recomendo.
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Drin.Pereira 24/07/2013

Impactante
Sem rodeios o autor narra as ações praticadas pelos nazistas contra os judeus. Seu relato é impactante, deixa o leitor revoltado com a crueldade em Treblinka.
Foi praticamente um milagre o autor ter conseguido escapar desse terrível campo de extermínio, e uma atitude nobre a de contribuir com seu relato sobre essa fase horrível.
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Anna na biblioteca 28/03/2013

Relato chocante!
Chil Rajchman nasceu em Lodz, na Polônia, em 1914, onde viveu com o pai, as três irmãs e dois irmãos até a guerra, pois sua mãe faleceu em 1931.
O autor traduz com intensidade o inferno vivido no campo de extermínio de Treblinka, um dos mais cruéis deste período, durante a Segunda Guerra Mundial.
Chil Rajchman, nos dez meses de profundo sofrimento humano, na forma física e principalmente psicológica, se submeteu a diversas e terríveis funções, muitas delas inimagináveis e sem qualquer conhecimento prévio da nova tarefa que agarrava, com afinco e pressa para desenvolvê-la da forma mais rápida possível, a fim de ser útil e tentar prolongar sua vida.
Durante os dezenove capítulos deste livro, mergulhamos nas atrocidades cometidas pelos nazistas, na vivência miserável de prisioneiros submetidos a torturas, castigos, doenças, fome e muita humilhação, sem sombra de alguma forma de dignidade.
"Em virtude da sujeira, a sarna espalhou-se pelo campo e nos contaminou. Como não tínhamos nenhum remédio, utilizamos gasolina, o que nos provocou abscessos por todo o corpo. As dores eram insuportáveis. Mas em Treblinka também era preciso suportar isso..."
Já li diversos livros sobre o tema do holocausto judeu e este é sem dúvida, um dos relatos autobiográficos mais chocantes que já li. Recomendo!

http://arvoredoscontos.blogspot.com.br/
miriam 18/04/2015minha estante
Leio muitos livros sobre o Holocausto,mas esse,apesar de ser bem fininho,é o mais estarrecedor que já li,pois Chil Rajchman não poupa detalhes dos momentos aterrorizantes que viveu em Treblinka.




Thamires 27/01/2013

Infelizmente a realidade!
Esse livro me deixou muito triste. Apesar dele ser bem pequeno, é muito mais intenso do que muitos por aí. É um relato muito triste do que aconteceu naquele campo de extermínio, e malditos são aqueles nazistas! É muito triste, a tem coisas ali que você se pergunta: como uma pessoa pode fazer isso? É infelizmente o que aconteceu...o livro é sensacional, um relato direto e cru!
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Down 16/01/2013

Recomendo.
Bem, levei um tempo para fazer uma resenha desse livro, porque mesmo depois de várias semanas eu ainda estava de queixo caído com tudo o que eu li. Mas vamos lá. Eu tenho um interesse muito grande pela 2° guerra mundial, estava passando aqui pelo Skoob, quando esse livro me chamou a atenção, comprei e não me arrependi. O livro é excelente. Não é apenas um testemunho. O que eu sentir ao ler o mesmo foi indescritível. O ódio é uma característica muito marcante. Um cão tinha mais direito a vida do que um judeu, que de acordo com os nazistas, estavam a viver uma vida da qual eles não eram dignos. Esse livro representa a dor de uma nação em uma época onde faltava muito amor no coração.
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Gustavo Araujo 27/03/2012

As 160 páginas mais pungentes da literatura dedicada ao Holocausto judeu
Há muito perdi a conta do quanto li a respeito do Holocausto, um dos capítulos mais infames da história da humanidade. Para ser franco, já me considerava até anestesiado pelos relatos das barbáries cometidas pelos alemães nos idos de 1942 a 1945. Essa sensação de rotina, entretanto, desapareceu quando li “Eu Sou o Último Judeu”, de Chil Rajchman.

Claro, as descrições de assassinatos e torturas, da vida miserável e das milhares de mortes anônimas estão lá, mas o que verdadeiramente causa impacto na narrativa de Rajchman é a crueza da escrita, o modo direto, quase impessoal, que o autor utiliza para traduzir os onze meses que passou em Treblinka.

A apenas 100km de Varsóvia, afundado até a medula em um cenário de charco e areia, Treblinka tornou-se conhecido como o campo de extermínio mais eficiente na máquina assassina nazista.Durante seus dezesseis meses de funcionamento, o campo ceifou a vida de nada menos que 900.000 mil pessoas – homens, mulheres e crianças – de modo industrial, numa média de 56 mil pessoas por mês, ou quase duas mil pessoas por dia.

Não havia trabalho forçado, como em Auschwitz ou Birkenau. Em Treblinka, os judeus eram vertidos dos trens abarrotados e imediatamente divididos em filas. Despojados de seus pertences e do que lhes restava de dignidade, marchavam, nus, sob gritos e vergastadas diretamente para as câmaras de gás, onde o fim da vida lhes esperava.

Alguns eram sacados ao acaso dos corredores da morte para os trabalhos decorrentes da matança. Chil Rajchman foi um deles. Iniciou como tonsurador, cortando os cabelos das mulheres que seguiam para a morte iminente, testemunhando em silêncio seu choro e desespero ante a hora derradeira. Foi incumbido de revirar pilhas e pilhas de roupas, em busca de joias e dinheiro para os nazistas, tendo, em certa ocasião, se deparado com o vestido de sua irmã. Arrancou dentes de cadáveres, transportou corpos para valas comuns e foi obrigado a reabri-las para queimar o que restava das pessoas, numa tentativa dos alemães em acabar com qualquer evidência dos crimes.

Por razões que derivam puramente do acaso, Chil Rajchman foi um dos 57 sobreviventes de Treblinka. Isso mesmo: apenas 57 pessoas sobreviveram ao campo. Rajchman fugiu do campo em agosto de 1943, em decorrência de uma rebelião, escondendo-se em Varsóvia, onde escreveu o relato de sua experiência antes mesmo que a guerra terminasse.

Com o fim do conflito, Chil Rajchman imigrou para o Uruguai, onde se casou e teve três filhos. Viveu até 2004, testemunhando em diversos processos contra criminosos nazistas. O texto sobre seus dias em Treblinka, no entanto, seria publicado somente em 2009.

A concepção do relato durante a guerra talvez seja a razão maior da crueza e da simplicidade estarrecedora que o permeiam. Não há espaço para divagações pessoais ou interpretações filosóficas. Não existe o “eu”. Desfez-se o homem. Demoliu-se o ser humano. Talvez sejam as 160 páginas mais pungentes da literatura dedicada ao Holocausto judeu.

Um livro imperdível.
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Canafístula 26/01/2012

Eu Sou o Último Judeu, de Chil Rajchman
Esse é um dos livros mais fortes que já li sobre Holocausto, juntamente com “Auschwitz – O Testemunho de um Médico” que também já foi resenhado aqui no blog.

Esse livro possui uma perspectiva diferente da que teve Miklos Nyiszli, o autor de “Auschwitz” porque aquele era um dos médicos auxiliares do campo, ele viu muitas atrocidades, mas não era um dos prisioneiros comuns que passaram por todas as provações e atrocidades que os carrascos nazistas impunham aos prisioneiros. Treblinka era um campo onde os métodos usados pelos nazistas eram bem piores do que em Auschwitz. Treblinka não era um campo de concentração como Auschwitz, Treblinka era um campo de extermínio onde as pessoas chegavam para morrer. Os poucos que eram selecionados para trabalhar sofriam atrocidades terríveis que são relatadas ao longo do livro.

O livro é bem fácil de ler e é relativamente curto (152 páginas), mas é praticamente impossível ler de uma vez só, pelo menos foi impossível para mim. O livro é tão pesado que eu tive que ir fazendo pausas durante a leitura, porque não consegui digerir o conteúdo de uma vez só, por ser demasiado forte. Uma noite eu até tentei ler todo de uma vez só, mas acabei adormecendo e tive um pesadelo onde eu era uma das prisioneiras do campo e eu mesma executava uma das tarefas impostas aos prisioneiros, que era extrair dentes de ouro da boca de cadáveres que saíam das câmaras de gás.

Eu estudo sobre Segunda Guerra Mundial e Holocausto desde os meus onze ou doze anos, não tenho muita certeza. A verdade é que poucos livros me chocaram tanto quanto esse. Sem dúvida, é bem impactante e deve ser lido por todos, sem sombra da dúvida. É narrado sem rodeios, vai direto ao ponto. E foi essa uma das coisas que mais me deixou chocada: é um relato bem cru.
Não vemos todo aquele drama já comum nos livros do mesmo gênero, esse vai direto ao assunto e expõe tudo de forma bem clara. É um dos livros que já li que mesmo tendo poucas páginas, consegue ser bem indigesto e difícil de engolir.

O livro é muito bem escrito e bem estruturado. Um dos motivos pelo livro ser tão chocante é que foi escrito logo depois da guerra, com as memórias e emoções do autor bem à flor da pele e não muitos anos depois e com a ajuda de um escritor como vemos comumente por aí.

Eu só acho que o autor poderia ter se aprofundado um pouco mais em alguns pontos. O livro começa com ele sendo deportado para Auschwitz. Acho que um prefácio com ele contando a vida dele e de sua família durante os anos de ocupação na Polônia, o dia-a-dia no gueto judaico e tal, não teria caído nada mal. Também senti falta de um posfácio relatando o que aconteceu com o autor após a guerra. Que pena, infelizmente ele só narrou o ano em que ficou confinado no campo, o que só torna o relato ainda mais cruel.

Apesar de ser uma leitura bem forte, chocante e pesada, eu recomendo. Sempre devemos tomar consciência e nunca esquecer do que o ser humano já foi capaz.

Essas e muitas outras resenhas você encontra no blog A Última Canafístula. Visite http://aultimacanafistula.blogspot.com/
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San... 29/12/2011

Um relato cru. Sem dados precisos relativos aos números, contando apenas com as lembranças do autor. As atrocidades vividas por esse sobrevivente e aquilo tudo que esteve à sua volta são contados de forma singela, sem floreios. Um registro dos fatos que marcaram sua estadia no campo de extermínio de Treblinka, bem como sua saída em fuga. Um livro forte, embora sejam poucas as páginas, o conteúdo é extremamente indigesto, revoltante.
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Nelson 11/09/2011

Tomando um café com Chil Rachjman
Ler o "Eu sou o ùltimo Judeu - Treblinka" de Chil Rachjman, é como sentar em um café e ouvir as histórias de alguém que tem muito o que contar.
O livro prende a leitura de quem o tem nas mãos, é como se não podesse interromper uma conversa importante. E durante esse contar um pedaço de vida particular, o leitor se emociona com a pluralidade do que está lendo.
Recomendo o livro.
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Vinicius 05/12/2010

Treblinka
Para aqueles que se interessam pelo assunto, recomendo. Aliás, mais que recomendo.

Tem a linha da narrativa do livro "Oito relatos sobre viver". Como o próprio nome já diz, oito relatos de sobreviventes do holocausto.

Entretanto em "Eu sou o último Judeu", a narrativa é mais dinâmica e os acontecimentos mais detalhados, o que torna o livro ao mesmo tempo triste mas interessante. São 146 páginas que você tranquilamente em uma tarde.

Até a leitura deste livro, não sabia que existia diferença entre Campo de concentração e campo de extermínio. Achava que só mudava a escrita, tratando-se do mesmo assunto. O autor (sobrevivente) narra sua experiência no campo de extermínio de Treblinka. Segundo relatos históricos, Auschwitz Birkenau foi o campo de concentração (que neste caso era tanto de concentração, ou seja, trabalhos forçados, quanto de extermínio) com o maior número de mortos. Todavia, Treblinka foi o mais mortífero. Os comboios (assim eram chamados os trens que chegavam abarrotados de judeus) chegavam ao campo, as pessoas separadas e aí começava o caminho da morte. Em duas horas após a chegada 99,9% dos judeus já estavam mortos. o,1% eram separados para trabalhos forçados.
E os comboios transportavam 10, 12, 15 mil pessoas.

Vale realmente a pena, ainda que se trate de um assunto extremamente triste...



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Paula 12/11/2010

É tanta violência e tanta crueldade que não cabe em uma resenha. Um dos relatos mais fortes que eu li.
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Paola 23/08/2010

Resenha aqui:
http://uma-leitora.blogspot.com/2010/08/eu-sou-o-ultimo-judeu-treblinka.html

:)
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