spoiler visualizarPatrAcia 17/02/2024
SEM PALAVRAS!
Uma das coisas que mais admiro na escrita do King, é a facilidade que ele cria personagens que parecem ser pessoas reais do nosso dia a dia e nos fazem gostar deles com o coração. Senti por todas as mortes dos livros, até pela do Delacroix. O que falar do John?! o king criou um personagem em que os milagres falam por si só, já que esse tem poucas e quase nenhuma falas no livro, como isso é possível!!!
Com certeza esse é um dos livros mais tristes que já li, a história é surreal de incrível, e não tenho palavras pra descrever o quanto é bem construído.
Confesso que pensei que o John não morreria, e seria punido, mas a parte em que ele senta a cadeira elétrica, foi indubitavelmente dolorosa. Odiei o Percy desde a primeira aparição, e adorava os amigos da milha verde, Brutus, Dean... Adorei as piadas entre eles, o companheirismo, o ódio compartilhado pelo Percy, a missão em que eles vão para salvar a Melinda, cada página foi espetacular, o Paul foi um personagem narrador vivo e que trouxe um olhar diferente pra casa situação.
E o Mister Jingles? as passagens mais divertidas do livro eram as que o mesmo aparecia, um rato esperto e genial, divertido e entusiasmado pelo seu carretel, e quando o Percy mata ele, me partiu o coração, tanto que vibrei ao ver o John o reviver, nunca imaginei que iria gostar de um rato como personagem de um livro. E quando eu não esperava mais nada, o autor me surpreendeu com o rato aparecer na "casa de repouso" em que o Paul Edgecombe estava e assim morrer muitos anos mais velho, esse sim foi um excelente desfecho.
O livro tem passagens muito tristes, e me fez refletir sobre a vida, o bem e o mau, a crueldade dos assassinatos, tudo tão doloroso, e o peso de um homem negro e inocente, realizador de maravilhas, ser eletrocutado na cadeira elétrica. Não vou superar esse livro tão cedo, com certeza é um 5 estrelas!