Profecias, Superstições, Lendas & Fantamas

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Resenhas - Profecias, Superstições, Lendas & Fantamas


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Miguel 08/08/2019

Muitas curiosidades que valem à pena saber!!!

Por Pedro Silva

Ao contrário do que se possa pensar, é nos países onde a fé cristã tem maior impacto que a crença em superstições parece possuir uma força maior. Mesmo soando como uma incongruência, talvez não seja tão estranho assim. Se as religiões atuais têm pontos de contato com mitos pagãos, então a superstição não poderia deixar de figurar no dia a dia do mortal comum.

Sempre nos habituamos a lidar, de forma paralela, com os dogmas católicos e com fenômenos como a crença no “mal de inveja” ou, até, nos demônios que se pretendiam afastar com a colocação, por detrás da porta da casa, de uma cruz ou de um conjunto de artefatos como o corno, o signo-saimão, a meia-lua, entre outros; isto é, uma série de amuletos que derivam de várias culturas, como a muçulmana ou a judaica. As rezas das curandeiras faziam parte da vivência diária das comunidades, bem como o ato de “curar os animais” por meio de uma série de orações cristãs, que afastava aquilo a que se chamava de “moléstia” e que aniquilava os bichos das aldeias num ápice. Hoje isso seria considerado uma epidemia, mas, à época, era a explicação mais racional. A possessão demoníaca era, também, comum, e os relatos dos mais antigos ainda incluem pessoas que, mesmo amarradas na cama, davam saltos de grande altura, como que puxadas por molas.

Não podemos, igualmente, descurar o velho ritual do azeite e da água, em que o indivíduo que se sente vítima do “mau-olhado” solicita a alguém, com os conhecimentos necessários para o caso, a análise das gotas de azeite, que são deixadas cair num cálice de água cristalina. Se o azeite diluir instantaneamente, confirma-se que algo de errado está a se passar com a pessoa em questão; caso contrário, a análise é considerada negativa. Para o libertar desse mau-olhado, há que rezar, com fé, a Deus, solicitando que os liberte do mal. O uso da figa é também comum, mormente nas crianças, mais atreitas aos males de inveja alheios. Além disso, a perda de um objeto do seu bebê coloca as mães em pânico, pois, por meio dele, várias bruxarias podem ser efetuadas.

À medida em que o tempo vai avançando, a crença nos fenômenos sobrenaturais não tem diminuído, pelo contrário. O século XX, racionalista acima de tudo, foi, por mais paradoxal que possa parecer, a época em que a liberdade de demonstrar crenças e ideias diferentes do chamado “comum” teve maior impacto na população. Videntes, tarólogas, parapsicólogos e toda a sorte de estudiosos do sobrenatural pululam um pouco por todo o lado. Não há volta a dar-lhe: o fenômeno veio para ficar, e as superstições são inatas ao ser humano.

Encontra-se nos dicionários que superstição é crença destituída de fundamentos racionais, relativa às consequências benéficas ou nefastas de certos atos, acontecimentos, encontros e coincidências temporais; além disso, é possível encontrar também que superstição é sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes, ou seja, crença em presságios tirados de fatos puramente fortuitos. Por outras palavras, dir-se-á que a superstição é a crença no poder maléfico ou benéfico de um objeto, de um ato ou de uma ideia, sem que haja, para isso, nenhuma prova que confirme a verdade da mesma. Tais crenças são, portanto, irracionais e nascem devido à ignorância das causas reais e naturais dos fenômenos.

Vale ressaltar as palavras de Orlando Neves, estudioso do fenômeno da superstição: “o homem primitivo, desconhecedor do espírito científico, atribuía as causas dos fenômenos a objetos que continham em si poderes mágicos ou a entidades sobrenaturais. Eram assim conhecimentos resultantes de reflexos condicionados: se a um fenômeno se seguia outro, o primeiro seria a causa, o segundo, o efeito. O ser humano gosta de inventar histórias e transmiti-las aos outros. Desse modo, se cria a cadeia das superstições. Grande parte delas resulta também de cultos religiosos desaparecidos – as várias mitologias criaram crenças fantásticas através das mirabolantes aventuras dos seus deuses e heróis, crenças que foram circulando e transformando-se nas religiões recentes onde, por formas mais atenuadas, muitas se vão mantendo. Esta dependência dos cultos tem, obviamente, uma razão de ser: a superstição é sempre de carácter defensivo, respeitada para evitar mal maior ou distanciar a sua efetivação”.

Desde os primórdios da humanidade, fenômenos naturais, por serem incompreensíveis ao homens de então, tiveram grande importância. Um dos mais famosos, na época, era o eclipse, cuidadosamente aproveitado, mais tarde, por alguns feiticeiros, para aumentar o seu prestígio junto à comunidade na qual se inseriam. Imaginemos o terror que não causaria a um povo primitivo olhar para o céu e, de um momento para o outro, vislumbrar, com grande incredulidade, que o sol era literalmente comido pela lua. Ora, no momento, o pensamento seria que os deuses se haviam revoltado com eles e, como tal, jamais teriam a possibilidade de ver a luz, mergulhados que seriam na eterna escuridão ou noite constante.

Mas, na realidade, não ficava por aí a vertente supersticiosa do ser humano. O vislumbrar de determinada ave voadora poderia ser um sinal para que um comandante militar não ordenasse a marcha das suas tropas. Uma noite mal dormida originaria a necessidade automática de uma corrida ao pároco local, solicitando proteção divina. Em outros casos, recorria-se à “bruxa da aldeia”, para interpretar certos pensamentos ou certas visões. Mentes mais maldosas poderiam, por exemplo, colocar uma galinha negra, por vezes com a cabeça decepada, à porta da casa de outrem, augúrio de má fortuna para aqueles que habitassem seu interior. Mais forte do que a arte demoníaca que pudesse estar por detrás daquele ato era a crença firme de que o mal iria pairar naquele lar até que uma reza ou bênção qualquer pudessem modificar o rumo dos acontecimentos. Também pisar o sal é algo que costuma ter uma interpretação dúbia: uns crêem que pisá-lo, ao sair da casa, significa que a pessoa em questão começará a definhar daí em diante, ao passo que outros o fazem para afastar o mau-olhado. Enfim, como teremos oportunidade de observar um pouco mais adiante, existe toda uma séria de superstições que convém analisar pelo seu interesse histórico e mundano.

Mas, prosseguindo uma análise geral da história da superstição, convenhamos que a mesma tem sido, por assim dizer, utilizada ao bel-prazer dos mais astutos. Os arúspices, feiticeiros ou sacerdotes primitivos serviam-se dos seus conhecimentos para controlarem os mais poderosos reis, imperadores, faraós e tudo o mais. Engendravam as suas estratégias com grande pormenor e atuavam, psicologicamente, junto à pessoa em questão, utilizando alguns recursos considerados de cariz mágico, como pedaços de uma mistura arcaica, que hoje conhecemos por pólvora, para provocar pequenas explosões assustadoras, e o recurso à natureza era fundamental.

Os célebres “pós mágicos” não passavam de ervas desfeitas, mas isso não impedia que os maiores líderes da humanidade dessem valor ao poderoso efeito protetor daquilo que os feiticeiros lhes forneciam. Mais uma vez, o poder da fé, seja em que for, tem um efeito mais poderoso que mil armas. O poder da sugestão é fundamental; a indução, igualmente, e crer é poder, como é costume dizer-se.

Winston Churchill, por exemplo, não largava o seu fiel amigo de quatro patas, crendo que isso lhe daria a sorte que precisava, em uma altura na qual o mundo parecia desfazer-se por todo o lado. Outros líderes não se afastavam de um bastão, que consideravam mágico, confiando que seria ele a razão das suas vitórias militares. Ainda atualmente, os maiores futebolistas têm os mais estranhos costumes antes de entrar em campo, quer seja usando uma moeda no interior da chuteira, benzer-se antes da partida propriamente dita ou até usar uma imagem qualquer por baixo da camisa oficial do seu clube de futebol.

Na altura das grandes navegações, controlar toda uma tripulação, na maior parte das vezes composta por pessoas de mau feitio, era a maior dificuldade para os respectivos comandantes. Portanto, estes costumavam servir-se de duas estratégias para procurar manter o equilíbrio de forças dentro do navio: em primeiro lugar, rodeavam-se de meia dúzia de homens fiéis, que executavam, na perfeição, a função de intermediários entre o capitão e o restante dos homens; e, em segundo lugar, recorriam à força – leia-se: chicotadas. Para tal, criou-se a superstição do mar, seja por meio da visão de estranhos monstros marinhos como, também, pela passagem de boca em boca de que os marinheiros deveriam tatuar um crucifixo nas costas. Dessa forma, seria mais complicado que alguém os chicoteasse, pois estariam na presença de um algoz que batia na imagem de Cristo. Complicado, não? Para além do mais, ao entrar na embarcação, o marinheiro tinha tendência a saudar divinamente na direção da popa, solicitando apoio ao alto-mar. Assobiar também era um ato proibido, pois chamaria a atenção de sereias, seres metade peixe metade mulher, que, com a sua beleza, seus cantos e encantos, enlouqueceriam o homem e o levariam a atirar-se para a água, de modo que jamais regressaria à superfície. Na verdade, torna-se perfeitamente natural entender a reação de um homem que passava meses no mar sem ver mulher. Seria normal que visões surgissem no horizonte, pois a falta de água potável e de alimento também leva ao delírio.

O crânio humano também esteve sempre envolto em grande celeuma. Citemos o célebre Baphomet, ou ídolo supostamente adorado pelos cavaleiros templários, assim como os Crânios de Cristal, que foram encontrados em 1924 por Anna Mitchell-Hedges numa antiga cidade maia. Entregar a cabeça decepada de um inimigo era sinal de força. O episódio bíblico de João Batista é outro exemplo. Acreditava-se que a força de um homem residia no seu cérebro e, com a cabeça decepada, por mais sobrenatural que fosse o seu poder, este desapareceria. O mesmo se poderá afirmar do coração que, em certas tribos africanas, era arrancado do peito do inimigo como prova da eliminação eterna do oponente.

Também bater na madeira revela uma antiga crença de boa sorte, oriunda, provavelmente, dos druidas celtas. A explicação? Possivelmente, essa ligação à natureza e ao fato de se prestar homenagem a um elemento que brota diretamente da terra.

Em muitos locais, a crença de que o diabo poderia se alojar na massa do pão fazia com que, antes de ser levada ao forno, a massa fosse benzida e uma cruz aposta no seu topo, impedindo as forças maléficas de nela ingressarem. A raça cigana, de origem romena, considera os sapos como portadores de mau augúrio e tem tendência natural a fugir deles.

Na China, varrer a casa indicia que se afasta a boa sorte. No Japão, matar uma aranha durante a manhã é destruir uma alma humana, ao passo que, na Islândia, uma pessoa solteira que se sente na quina de uma mesa não se casará nos sete anos seguintes.

São tantos e tão curiosos os exemplos de superstições que o tema daria para volumes infindáveis de obras. Enumeremos mais algumas: 1) durante a confecção de um prato na cozinha, não se deve mexer os alimentos no sentido contrário ao percurso natural do sol; 2) não se deve ter duas facas cruzadas sobre a mesa, pois isso prenuncia discussão durante a refeição; 3) nunca devem sentar treze pessoas a uma mesma mesa, pois crê-se que uma delas falecerá no prazo de dois meses, portanto, em Portugal, é costume colocar um décimo quarto prato; 4) não devemos abrir um guarda-chuva em locais fechados, pois é prenúncio de grande azar para a pessoa em questão; 5) passar por cima de alguém com menos de dezoito anos é considerado mau agouro, pois acredita-se que o crescimento da mesma já não será normal.

A superstição nasce e morre com o ser humano, sem dúvida. Mas, existem, ainda, outras crenças deveras curiosas, que entendemos explorar aqui, de forma sucinta, até porque convém desmistificá-las.

De acordo com o antigo testamento, Sansão era poderoso devido ao seu cabelo. A sua força levava-o a derrotar animais e homens, com uma habilidade tal que, quando a arguta Dalila lhe cortou o cabelo rente, perdeu todas as suas capacidades. Isso levou algumas pessoas a supor que, quanto mais forte fosse o cabelo, assim seria o seu portador. Sabe-se hoje que o cabelo, ou mesmo a calvície, não tem qualquer relação com a virilidade da pessoa. Ainda de acordo com a bíblia, o episódio de Adão e Eva poderia levar a supor que o homem possuísse menos uma costela que a mulher. Na realidade, ambos possuem doze, mas, durante séculos, essa crença foi muito forte.

Também se acredita que as ostras são um poderoso afrodisíaco, assim como piri-piri e outras especiarias, mas nada disso se confirmou, a não ser uma predisposição mental para o fato. Acreditava-se, igualmente, em tempos idos, que beber água do mar levaria à insanidade. Na verdade, apenas em grandes quantidades tem o condão, pelo seu elevado teor de salinidade, a capacidade de causar danos nos rins, o filtro interno do sangue. Mas era a falta de água potável aos marinheiros que os levava à loucura e à morte, não necessariamente o fato de conter sal.

Ainda dentro das crenças marítimas, diz-se que um afogado vem sempre três vezes à superfície antes de morrer. Que se saiba, nada confirma tal teoria, até porque nos parece assaz estranho que alguém, ao vislumbrar outro a ser afogado, se preocupe em contar a quantidade de vezes que o corpo sobe à superfície. Acredita-se que bater na água assusta os tubarões, por estes possuírem um sistema de localização muito sensível. Pelo contrário, é esse movimento que os seduz ainda mais para atacar a presa.

Fato muito antigo e que tem sido corrente ao longo dos tempos é a firme crença de que os cabelos e as unhas continuam a crescer, mesmo depois de morta a pessoa. Vários casos tornaram-se bastante famosos, mas, ao que parece, não há uma confirmação desse fato, pois tanto o cabelo como as unhas derivam das correntes sanguíneas, e, cortando-se esse fluxo, todo o processo termina.

No que diz respeito ao mundo animal, felizmente bem estudado, há duas grandes curiosidades que se tornaram norma corrente. A primeira, que o avestruz enterra a cabeça na areia quando em situação de perigo. Sabe-se, hoje em dia, que jamais foi visto tal animal a fazer isso, mesmo que, por vezes, aproxime a cabeça do chão para escutar ruídos ou para coçar a penugem. A outra é a do armazenamento de água nas bossas dos camelos. Na verdade, o seu interior contém algo verdadeiramente nutritivo de que se alimentam durante dez dias, mas não propriamente água. Mas, num deserto, é a água que faz mais falta e, resistindo os camelos mais do que o ser humano, é normal acreditar em tal suposição.

Como se pode facilmente constatar, as crenças e superstições não são apanágio de nenhuma cultura em particular. Estamos a crer que a sua grande maioria provém de muito antes das épocas em que se popularizaram, consistindo as mesmas, grosso modo, nas particularidades de cada povo. Um exemplo fácil de detectar: nas nações com uma vertente marítima muito arraigada, sempre foram comuns as histórias e lendas de marinheiros, que, com o passar dos anos, foram substituídas pela devoção à Nossa Senhora, a virgem que zelava pelos homens do mar como se dos seus próprios filhos se tratasse. As próprias embarcações revelam essa preocupação, tendo, na sua grande maioria, nomes que se servem de Maria para proteção.

Outro aspecto fundamental é a ligação à terra, à agricultura, daí que os cultos agrários tenham perdurado tanto. Alguns deles consistem em regar as terras com urina de uma virgem, de modo que se tornem mais produtivas. Há quem decida ter relações sexuais diretamente na terra, para que cure a própria infertilidade, entre outros fatos populares. Espanha, Islândia ou Inglaterra, nações também com forte ligação ao mar, possuem, igualmente, muitas crendices relativas à vida marítima, sendo que, em Ibiza, os padres não eram autorizados a entrar nos barcos de pesca, pois os marinheiros confiavam mais nos deuses marinhos pré-cristãos, ao passo que, na Islândia, dá azar disparar contra uma ave marinha que acompanhe a embarcação.

Esses exemplos servem para ressalvar que, de algum modo, os mitos existem na medida da própria vivência de cada povo. Essas superstições existem porque, de algum modo, nascem de medos infundados ou não, que carecem de explicação lógica. A água, apesar da sua beleza cristalina, é uma força sem travão; quem nela se aventura, sabe os perigos que corre. O fogo, descoberto pelo homem, apesar da sua importância, causa destruição sem par. Os ventos fustigam tudo à sua volta. E assim por adiante. Todos esses elementos são temidos e nenhum deles pode ser evitado, apesar da evolução do conhecimento e da tecnologia como se tem visto em pleno século XXI. E, para além do mais, nota-se que, a cada ano que passa, as alterações climáticas mais vão surpreendendo a humanidade.

Portanto, desde sempre tivemos de enfrentar fenômenos que nos ultrapassam por completo, imprevisíveis. As lendas nascem de histórias passadas de geração em geração, e assim se criam também as superstições. Quem as inventa? Ninguém sabe. Com que propósito? Talvez de nos precaver contra algo. O medo irracional, por incrível que pareça, tem lógica. Há quem tema o escuro, outros fogem de répteis a sete pés, enfim, todos temos as nossas pequenas superstições.

O grande mal talvez resida em extrapolarmos demasiado a situação, tornando-nos vítimas dos nossos próprios medos, incapazes de sair da nossa própria concha, que usamos para nos proteger. Qual a ideia que o homem teve, então? Criar amuletos. Deste modo, seja com uma simples pata de coelho ou com uma minúscula ferradura, o ser humano sente-se bem mais protegido.

A religião criou a cruz, o crescente fértil ou o signo de Salomão não apenas para reconhecimento de todos, mas como sinal de uma proteção divina. Instintivamente, sabemos, num código internacional, ao ver qualquer um desses símbolos, que estamos entre pessoas de fé. Trazer a cruz de Cristo ao peito é sinônimo de descanso mental, e o seu portador sente-se protegido por uma entidade superior. A imagem de um santo de nossa devoção tem exatamente a mesma função. Muitos outros exemplos poderiam ser dados.

Acima de tudo, o que interessa, no caso das superstições, é que possamos acreditar que, independentemente do perigo que espreite por detrás de um mítico monstro marinho, de um dia aziago ou do vislumbre de qualquer objeto indesejado, existe alguém que contraria a “maldade” de tudo isso. O ser humano não passa, afinal de contas, de uma criança que anseia, a vida toda, por algo ou alguém que o proteja da mesma forma que o útero de sua mãe o fez durante a gestação.


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