Resenhas - Mulheres e Caça às Bruxas

déb 16/08/2020

Necessário!
Preciso ler urgentemente Calibã e a Bruxa!

Senti um misto de sentimentos desgastantes lendo esse livro, de fato, me senti exausta após a leitura.
A forma que ela nos explica como toda a violência à nós mulheres se perpetua, de formas diferentes, mas sempre com os mesmos objetivos. Nos silenciar. Nos parar. Nos domesticar.

Leitura extremamente necessária!

Chiara 13/03/2024

Interessante!
Mulheres e a caça as bruxas foi escrito com o intuito de simplificar a tese apresentada em outro livro da autora. O livro nos mostra fatos da caça as bruxas desde a antiguidade até os tempos atuais. A ideia da autora é realmente intrigante e interessante e eu pretendo ir atrás para saber mais sobre essa tese!

Poesia na Alma 03/04/2020

caça às bruxas, capitalismo e religião
Mulheres e caça às bruxas, de Silvia Federic, é o terceiro livro selecionado para o Projeto Leitura Feminista (criado pelos blogs Barda Literária e Poesia na Alma), em parceria com a Editora Boitempo. Dando continuidade ao livro Calibã e a bruxa, Federic apresenta a história da perseguição as bruxas e suas motivações e como isso ainda acontece na atualidade, principalmente em países como Congo, Quênia, Gana e Nigéria, Índia e as relações política, econômica e religiosa que financiam essa violência.

Nesse contexto, Silvia Federic desafia o óbvio quando busca as origens dessa perseguição as ‘servas do diabo’, questionando inclusive alguns estudiosos que enxergam o fenômeno como algo natural ou cultural. A nova caça às bruxas é carente de análises, bem como compreender sua história que privou as mulheres de seus conhecimentos básicos na medicina e as submeteu ao controle patriarcal e exploração do corpo feminino.

saiba mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/04/resenha-mulheres-e-caca-as-bruxas.html

Tatá 06/04/2023

Quanto mais eu penso que sei sobre o passado de nós mulheres, mais eu descubro que na realidade eu não sei de nada. Leitura esclarecedora, com certeza furou a bolha da qual eu estava presa.

Maryane 23/04/2021

Todas e todos deveriam ler
É um livro curtinho mas que tive que ir lendo aos pouquinhos pra digerir o conteúdo.

Sempre que se fala em caça às bruxas, só se fala da inquisição da Idade Média na Europa, enquanto é uma prática que existe até hoje, como em países do continente africano. Além disso, tem também o efeito que essa caça tatuou nas mulheres, durando também "indiretamente" até hoje. Vivemos num sistema que vê a mulher como meio de produção de trabalho, tanto em razão da reprodução como com a exploração de seus corpos. E mesmo com toda sua "utilidade", a mulher é desvalorizada pelo mesmo motivo. A união feminina incomoda, e a mulher isolada sozinha em casa fazendo trabalho doméstico não remunerado também. A mulher idosa também é um problema, é um fardo. E a mulher infeliz por ter sido expulsa de suas terras e jogada à pobreza é bruxa, traz má sorte, ninguém deve chegar perto. Não sei se um dia seremos capazes de sair dessas amarras, mas nem por isso temos que nos acomodar. Se eu, que não tenho minha vida literalmente caçada, sinto o peso do que é ser mulher (no seu sentido de construção social), fico imaginando a vida daquelas que são exiladas e torturadas por pura misoginia. É um mundo muito doido mesmo.
A união feminina é imprescindível, mas a questão é pertinente à todas as pessoas, independentemente de gênero, religião ou posicionamento político.

Só leiam, gente. É rapidinho, custa nadaaaa
(A resenha virou um desabafo)

Rê 21/09/2020

A obra é um complemento de "O Caliba e a Bruxa", que traz a tona razões pelas quais houve as famosas Caça as bruxas e como o fenômeno ainda acontece hoje em dia. Impressionante.

Rebeca 31/05/2023

Leitura essencial
Uma das melhores leituras que poderia fazer, tudo é exposto de forma muito clara. Acredito que esse livro deveria ser lido por todos que pudessem, tanto mulheres quanto homens, de forma a reconhecer os padrões nocivos e violentos que já aconteceram e que AINDA acontecem em nossa sociedade.

Grosman0 25/05/2023

Mulheres e a caça às mulheres
Mais uma vez a lógica de apropriação e acumulação do sistema capitalista está violentando o espaço e corpo das mulheres, neste livro, sobe um ponto de vista diferente do que eu já tinha lido mas que sempre esteve no meu imaginário desde pequena, as "bruxas".

Silvia Federici faz um "resumo" de outra obra sua mais extensa, O calibã e a Bruxa, e nos apresenta como o período de acumulação primitiva do capitalismo expulsou muitas mulheres chefes de famílias de suas terras comunitárias. A revolta e luta natural dessas mulheres fez com que os burgueses que queriam se apropriar dessas terras as demonizassem e criou-se séculos de violências que reverberam até hoje, seja na idade média na Europa ou nos dias atuais na África.

É uma leitura fácil, alguns termos que eu não conhecia foram facilmente compreendidos com uma pesquisa no Google. Recomendo muito e meu deus como eu amo a biblioteca da minha faculdade. Livro de graça e com acesso é bom demais.

Caroline.Prado 30/11/2020

"A violência contra as mulheres não desapareceu com o fim das caças às bruxas e a abolição da escravidão. Pelo contrário, foi normalizada"

Vi 28/04/2020

Leitura simples e objetiva. Silvia é muito querida e direta ao apontar suas críticas e reflexões a respeito das misoginias e aos massacres direcionados às mulheres em nome do avanço do capitalismo.
Interessante pensar que para a consolidação deste novo sistema político, econômico e social (no que diz respeito à Idade Média) o corpo feminino tornou-se campo privilegiado neste processo.
As críticas à academia também são interessantes: onde estão pesquisadores feministas para pensar questões de gênero e raça em espaços de profunda vulnerabilidade? Será que a academia consegue pensar tais questões a partir de suposições evolucionistas e positivistas? (o murro no positivismoh)
Por fim, uma reflexão: é possível considerar um alívio, uma felicidade, um bem-estar social sem a interseccionalidade nos estudos feministas?

Taci.Souza 27/03/2024

Um livro cirúrgico, uma leitura necessária. Silvia Federici faz um resgate histórico da perseguição às mulheres ao longo das eras e, de forma precisa, estabelece um paralelo com a atualidade, chamando a nossa atenção para a caça às bruxas da era moderna.

Mulheres não foram feitas para a submissão, servidão, exploração, apropriação, anulação. Fomos colocadas nesses lugares e condicionadas a esses papéis. As eras passam, o mundo muda, mas as mulheres continuam sendo caçadas, julgadas, culpabilizadas, desacreditadas, maltratadas, silenciadas, assassinadas.

O movimento feminista alcançou e tem alcançado muitas conquistas ao longo do tempo. As custas do sofrimento, da luta e do sacrifício de muitas mulheres, estamos conquistando mais espaço, mais voz. No entanto, a luta é árdua e permanente, pois a perspectiva de um mundo onde igualdade de oportunidades e o respeito prevaleçam, ainda é etérea.

Livros como esse, são peças fundamentais nesse processo de conhecer a nossa história e arrancar o véu do conformismo. Através desse tipo de leitura, somos chamados a olhar a realidade para além das nossas fronteiras, e nos dar conta de que, embora tenhamos avançado muito, ainda existem lugares no mundo que parecem ter parado na idade das trevas, especialmente no que diz respeito a forma como as mulheres são vistas e tratadas.

hiniamaria 04/01/2021

Ok
Bom, faz refletir bastante e relacionar situações que antes não conseguiria imaginar possíveis, mas a leitura muitas vezes foi repetitiva e difícil de entender.

maria 07/10/2023

A sexualidade feminina foi historicamente representada como perigo social, ameaça à disciplina do trabalho, poder sobre as outras pessoas e obstáculo à manutenção das hierarquias sociais e às relações de classe.

audiobook: ?????

Leituras di Macondo 08/07/2021

Que emprece el matriarcado
O livro é uma versão mais acessível do já clássico feminista Calibã e a bruxa. Federici escreve aqui os pontos cruciais de sua obra de referência em artigos de fácil acesso e compreensão para nos elucidar questões históricas, antropológicas e com forte cerveja econômica de como mulheres independentes sexual, civil e financeiramente veem sendo mortas (sempre com algum requinte de crueldade) pelo patriarcado.

Uma leitura necessária para entendermos que matar bruxas pode até ter uma maquiagem tosca de religião, mas é essencialmente a legitimidade do poder masculino e a sempre presente "mão invisível" do capital os verdadeiros algozes da liberdade e independência femininas.

Cris 26/11/2023

Achei esse livro uma boa introdução ao pensamento de Silvia Federici e também a questão da caça às bruxas.