Minha avó e seus mistérios

Minha avó e seus mistérios Frei Betto




Resenhas - Minha avo e seus mistérios


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Louise 11/03/2023

Conselhos de vó, certeiros e atemporais
O livro em si é uma memória do autor com sua vó, e ter ganhado esse livro, num primeiro momento foi bem difícil, por ter perdido a minha recentemente, mas Maria Zina, vó do Frei Betto em nada se parece com a minha, e talvez isso que seja tão brilhante. A leitura é doce, calma, que acalenta o coração como nada igual, é um livro que fala sobre afeto, carinho, e vivências despido de preconceitos e preceitos.
É um livro a ser saboreado e não lido de uma vez, trás calma, e com um pingo de nostalgia. É um livro que transporta a gente para um lugar afetivo. É uma leitura pra alma que recomendo a todos.
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Karoucruz 19/02/2023

Que livro doce!
Encantada com esse livro. Leitura leve, cheia de ricos conselhos. Eu indico muitooooo!

Amei a narrativa, a forma da escrita, e grande parte dos conselhos.

Livro tão bom que quando acabou eu fiquei: Oxe, já acabou? Sensacional!
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Valéria 02/09/2020

"Minha vó era toda estranhamentos. Mirava as coisas de soslaio com seus olhos turquesa. Dizia que a vida nao cabe na sintaxe, embola o raciocínio, e se embriaga quando despida de preconceitos e vestida de beleza. Falava sempre como quem sonha. Não um falar de palavras, mas de quem enxagua emoções, dependura ideias no varal da razão e deixa secar ao sol do saber. Um falar sussurrante, como se guardasse muitos segredos e atingisse nada saber. Um dia julguei seu silêncio resultado de tristeza. Ela reagiu: Tristeza nao é desalento da alma, é duende maligno que ataca ao encontrar aberta a porta do desgostar de si mesmo. Tristeza é quando a alma enruga. De tao apertadinha provoca dor. Mas se abanada pelo desapego, logo desgruda e o coração se infla do imponderável. Dor é uma coisa; sofrimento é outra. A dor tem cura quando a ela se imprime sentido. Sofrimento é dor carente de sentido; subverte a razão e embaralha a emoção."

Dona Zina me lembrou Schopenhauer, injustamente conhecido como filósofo do pessimismo e do sofrimento; vejo-o como o filosofo da verdade ao nos dizer que não podemos conhecer a essência das coisas em si, mas apenas a apreensão delas pelos sentidos e o jugo da vontade, de modo que vemos as coisas como nós somos e não como elas são. Ele diz que a "vontade" como um impulso biológico e irracional é a causa do sofrimento. Dona Zina simplificou ao colocar propósito; a dor como resultado da razão que entende os sentidos e o sofrimento como objeto da vontade.

Ah esses pequenos encontros de paz. ?
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