resenhasdajulia 18/02/2021
BTK
Dennis Lynn Rader estava acima de qualquer suspeita: era pai de família, presidente da congregação local e escoteiro. Porém, ao longo de trinta anos, assassinou 10 pessoas.
BTK, nome escolhido pelo próprio, era a sigla que representava seu modus operandi (bind, torture, kill - amarrar, torturar, matar), além de cortar a linha telefônica das casas, para que as vítimas ficassem incomunicáveis. Se não bastasse isso, após o crime, ele sempre guardava lembranças, como fotografias dos corpos.
Localmente, os crimes eram reportados pelo jornal Eagle e pela rede de TV KAKE. E é com base nos artigos publicados pelo Eagle, escritos entre o primeiro crime, em 1974, até o fim do julgamento, que o livro foi escrito.
Além de falar dos crimes e das vítimas do serial killer, os autores retratam o dia a dia dos policiais envolvidos com a força tarefa para prender BTK. E também relatam o clima na redação do jornal, que recebeu diversas cartas do assassino.
Em relação aos policiais, o livro foca mais em Ken Landwehr, o chefe do departamento de homicídios na época da prisão de Dennis. Além disso, traz a repercussão midiática que o caso teve, deixando de ser uma série de homicídios na cidade de Wichita, no Kansas, e tomando uma dimensão nacional e internacional.
BTK brincava com a polícia e a imprensa, e foi pego justamente por conta de seu narcisismo exacerbado. O desejo de ser lembrado e permanecer em evidência fez com que ele entrasse em contato com a polícia diversas vezes, porém, na última, cometeu um deslize ao trocar as cartas escritas em papel por um disquete, que foi rastreado, levando os policiais até a igreja na qual ele era presidente, o que culminou em sua prisão, em 2005.
Foi muito interessante conhecer mais sobre a história do BTK!