Resenhas - Changeling

Ana Gouvêa 03/03/2024

Cheguei nesse livro sem esperar nada, nem a sinopse eu li. Só sabia que tinha uma criança trocada, e como adoro histórias com esse tema eu me joguei.
Tem muita coisa abordada aqui, desde depressão pós parto, xenofobia, racismo, a superexposição das crianças e até os caras que se acham os maiores pais do mundo só por levar a cria em um parque.
Eu simplesmente não consegui parar de ler até a última página.

Steh 10/01/2024

O que você está disposto a fazer pelo bem do seu filho?
Esse livro não é meu tipo de livro, está fora da minha zona de conforto. Mas quando li a sinopse dele no ano passsado fiquei curiosa, entao devidi colocar na meta de leitura desse ano.

Até praticamente a metade do livro eu estava perdida, não estava entendo onde tudo irira chegar, então percebi que esse livro não é apenas uma fantasia urbana. É um livro sobre maternidade/paternidade e tecnologia. Sobre crenças e preconceitos.

Quando percebi isso, parei de esperar fazer sentido, pq isso fazia sentido desde o início. 

Sofri com Apollo. Sofri por Emma. E então sofri pelo que a mãe dele teve que fazer.

Apesar de ter passado a maior parte do livro confusa, quando percebi o quanto tudo fazia sentido, passei a amar a leitura.

Gostei do final, acabou da forma exata que deveria.

Agatamhn 01/01/2024

A série do livro me incitou curiosidade sobre o livro e claro sobre o desfecho da historia.
É um livro muito bem contextualizado e intrigante, infelizmente com um final fraco.

Patty 25/12/2023

Changeling: Sombras de Nova York.


O que você faria pelo seu filho?

Apolo Kagwa é especialista em livros raros após ser abandonado por seu pai, encontrou um refúgio no meio dos livros e também uma fonte de conhecimento e renda em sua fase adulta. Apolo conhece Emma Valentine, uma bibliotecária e se encanta pela personalidade dela, insiste várias vezes em convites que ela recusa até que um dia ela aceita.

Após um período Emma vai morar no Brasil, lá ela conhece uma bruxa que lhe concede três desejos ao amarrar uma fita no seu braço a recomendação mais preciosa " Não Pode Cortar", é preciso deixar que a fita se rompa, só assim terás os desejos realizados. Emma retorna e se casa com Apolo logo em seguida ela engravida um bebê está a caminho, após o seu parto coisas estranhas começam acontecer coisas que Emma não consegue explicar e Apolo acredita se tratar apenas estresse pós-parto ou uma possível depressão.

No decorrer da leitura temos um plot twist de alugar um triplex na cabeça do leitor. que muda drasticamente o enredo conduzindo-nos a um ritmo de leitura frenético em busca de respostas para tudo o que está acontecendo. Emma e o seu filho Brian desaparecem. Agora Apolo precisa ir em busca do seu filho antes que seja tarde demais, lutando contra forças ocultas e a crueldade dos homens.

"Tão preocupado em ser o pai perfeito, nem percebeu quando seu filho foi roubado!"

"Changeling sombras de Nova York," é uma história fabulosa que nos insere em uma narrativa intensa na busca alucinante de um pai pelo seu filho onde ele vai precisar lidar com os seus piores temores e desvendar segredos ocultos que ele não imaginou que fossem tão perigosos.Uma narrativa repleta de camadas possuindo uma atmosfera de mistério e suspense que vai envolver o leitor do início até o desfecho magnífico dessa obra. Você não pode perder a oportunidade de conhecer essa história fascinante.

Por: Patty e Ka.

Lucas1429 20/12/2023

Uma história bem envolvente, com um caminho completamente inesperado que vai ganhando cada vez mais forma conforme o livro vai passando, não fui o maior fã desse outro caminho, porém os personagens e a escrita fizeram um ótimo contra ponto com o meu gosto, oque não fez com que essa parte que não me agradou tanto "estragasse" a leitura (mesmo que fosse muito difícil isso acontecer porque o livro é ótimo)

Karini.Couto 08/12/2023

Por Ka e Patty

O que você faria pelo seu filho? Pergunta complexa não é?

Apolo Kagwa é especialista em livros raros. Quando criança foi abandonado por seu pai, e encontrou um refúgio em meio aos livros, onde se tornou fonte de conhecimento e renda em sua fase adulta.

Apolo conhece Emma Valentine, uma bibliotecária deslumbrante e impotente, capaz de deixá-lo petrificado e sem ação. Ele se encanta pela personalidade dela e insiste várias vezes em convites que ela recusa, até que um dia aceita, mas o que parecia o começo, terá uma pausa, pois ela está com viagem marcada para o Brasil, sem um tempo certo para retornar. Ainda assim, eles se encantam um pelo outro, mas cada um segue sua vida.

Emma vai morar no Brasil, onde conhece uma "bruxa" que lhe concede três desejos ao amarrar uma fita em seu braço. A recomendação mais preciosa "Não Pode Cortar". É preciso deixar que a fita se rompa e só assim terá os desejos realizados.

Emma retorna e Apolo está a sua espera, o destino, a força do amor, ou sinais ocultos. Cada um vai pensar nessa parte de uma forma diferente... Eles se casam e logo em seguida engravidam. Tudo indo bem, até que após o parto coisas estranhas começam acontecer. Coisas que Emma não consegue explicar e Apolo acredita se tratar de estresse pós-parto ou uma possível depressão.

No decorrer da leitura temos um plot twist de alugar um triplex na cabeça do leitor, que muda drasticamente o enredo conduzindo-nos a um ritmo de leitura frenético, alucinante, em busca de respostas para tudo o que está acontecendo.

Emma e o seu filho Brian desaparecem e agora Apolo precisa ir em busca do seu filho antes que seja tarde demais, lutando contra forças ocultas e a crueldade dos homens.

"Tão preocupado em ser o pai perfeito, nem percebeu quando seu filho foi roubado!"

"Changeling Sombras de Nova York," é uma história fabulosa que nos insere em uma narrativa intensa na busca alucinante de um pai pelo seu filho, onde ele vai precisar lidar com os seus piores temores e desvendar segredos ocultos que ele não imaginou que fossem tão perigosos.

Uma narrativa repleta de camadas, com uma atmosfera de mistério e suspense que vai envolver o leitor do início até o desfecho.
Pensem naquele tipo de enredo que quando você pensa: "Entendi tudo!", na verdade vem mais e mais surpresas, te deixando boquiaberto e fascinado.

A melhor leitura desse ano e conta com adaptação que já assistimos.

site: https://instagram.com/alempaginas

Queria Estar Lendo 12/09/2023

Resenha: Changeling
Changeling: Sombras de Nova York é outro livro do autor Victor LaValle que explora terror e críticas sociais de maneira certeira. Enviado pela Editora Morro Branco em cortesia, essa história fala sobre uma família vivendo um pesadelo sem fim na cidade de Nova York.

Apollo Kagwa foi abandonado pelo pai muito novo, e encontrou refúgio nos livros. Ele criou uma revendedora de obras antigas e cresceu no mercado com as revendas. Um dia, em uma biblioteca, ele conhece Emma. Ela nega as aproximações de Apollo porque está prestes a viajar para o Brasil. Mas, quando volta, seus caminhos acabam se cruzando novamente; definitivamente, dessa vez.

O que poderia ser uma linda história de amor acaba se transformando em um pesadelo depois do nascimento do filho deles. Emma se torna distante, e coisas bizarras começam a acontecer.

Quando um acontecimento drástico vira a vida de Apollo de cabeça para baixo, ele precisa se infiltrar nas sombras da cidade para tentar resgatar sua família.

Changeling: Sombras de Nova York é um livro bem grande, com um ritmo peculiar que te fisga pelos cortes secos e pelo brilhantismo em construir a tensão. Você se sente confortável com o começo da história, até a primeira guinada que ela dá. Aí, de repente, assim como a vida do protagonista, tudo se transforma num pesadelo assustador.

O começo da história não é exatamente o começo da história de Apollo, propriamente dita, mas dos seus pais. E então dele. E então da família novamente. É sempre sobre família. Changeling trabalha muito a questão da paternidade e da maternidade, usando alegorias e a fantasia bizarra pra conversar sobre a "nova família".

A família que existe junto com as redes sociais, com a exposição excessiva, com as infinitas dicas de cuidados, do que fazer, do que não fazer. A família que se aterroriza pela quantidade de opiniões e de sugestões. A família que precisa ser perfeita, que precisa mostrar que é perfeita, que está sempre tentando provar que é perfeita.

Changeling: Sombras de Nova York é excelente em quase tudo que propõe. O único pecado do livro, para mim, foi o final. A partir do ato 5 deu uma escorregada, principalmente quando o elemento fantástico é de fato introduzido, acompanhando explicações e respostas para as perguntas que permeavam a trama.

"Era como se um olho brilhante se abrisse no apartamento escuro e, em seguida, se fechasse novamente."

Não sei se foi o ritmo, ou a quantidade de páginas que começou a pesar, mas pareceu que a história estagnou e acabou se arrastando em coisas que deveriam ter continuado frenéticas. Eu gostei do fim! Só não gostei de como ele chegou ali no ato final.

De resto, como eu disse, o livro tem um ritmo ótimo. O autor usa cortes bruscos para interromper momentos tensos, e também para simplesmente construir as cenas comuns. Você se acostuma ao jeito com que a narrativa é construída e, quando chega nos momentos de choque, passa por aquele momento de "eita" seguido pelo corte seco para a sequência. Pra mim, funcionou demais pra segurar a atenção.

Changeling: Sombras de Nova York acontece ao redor do Apollo. Ele é a peça principal da história, acompanhando de excelentes personagens coadjuvantes. Apollo, para mim, foi um péssimo personagem, e por isso tão bom para a história. Ele não é um cara legal, apesar de tentar muito. Não é um marido bom, apesar de se esforçar. A paternidade nele é quase desesperada, e torna o personagem muito interessante por isso.

"O que poderia se tornar? Sempre fora tão seguro - um homem dos livros, marido, pai -, mas nenhum daqueles papéis parecia lhe servir agora."

As provações dele são muito nítidas. Tem um arco de crescimento muito notável dele, como homem, marido e pai; quando chega no fim, é satisfatório perceber quem ele se tornou.

Os coadjuvantes servem à trama e ao protagonista muito bem. Mas alguns brilham mais que outros, e essa é com certeza a Emma. De longe a minha favorita na história, toda a melancolia e medo dela ajudam a construir a tensão e o medo em quem está lendo. Você não sabe o que está acontecendo com ela, mas sabe que é alguma coisa terrível.

A questão com o medo, aliás, é bem apresentada aqui. Não é um livro aterrorizante pelo elemento terror. É aterrorizante porque lida com o desconhecido. Com sombras que crescem em lugares que deveriam ser seguros. Com coisas terríveis acontecendo à famílias felizes.

"Cada ser humano é uma série de histórias; é bom quando alguém quer ouvir uma nova."

A edição da Morro Branco é linda demais. Eu adoro essa capa, os detalhes na diagramação com as árvores e os olhinhos sinistros espreitando por lá. Eu encontrei alguns errinhos de revisão no texto, mas nada que atrapalhe a leitura. E a tradução de Petê Rissatti tá ótima!

Changeling: Sombras de Nova York foi uma leitura tensa do começo ao fim. Trabalha o terror de ver coisas medonhas acontecendo com quem você mais ama, e também trabalha a determinação de enfrentar o mais desconhecido dos horrores para salvá-los.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2023/09/resenha-changeling-sombras-de-nova-york.html

Mutante Literário 02/09/2023

Fantasia no mundo real!
Taí um livro que eu não fazia ideia do que esperar. Conheço Victor Lavalle, li “A Balada de Black Tom”, e vi muitas pessoas que conheço e respeito falarem de “Changeling” e posso dizer tranquilamente que é sensacional, a melhor obra dele inclusive.

Não que “A Balada de Black Tom” seja de alguma forma ruim, mas aqui temos Lavalle criando seu mundo de forma mais livre e solta, é um livro muito maior, onde o autor foi construindo a narrativa com paciência. A obra certamente não tem pressa, mas isto eu digo da melhor forma possível, cada aspecto deste mundo e dos personagens vem sendo inserido gradativamente e isso faz com que quando coisas são reveladas ou quando atitudes vão sendo tomadas, tudo faz sentido e impacta o leitor.

Em Changeling, acompanhamos Apollo Kagwa, vendedor de livros raros em Nova Iorque que se vê inserido num conto de fadas à moda antiga, assustador, cruel e onde o “viveram felizes para sempre” nem sempre é uma certeza.

“A magia do mundo fora revelada. Todos os enganos tinham partido. Acreditar apenas no prático, no racional, no realista era uma espécie de glamour também. Mas ele não podia mais apreciar a ilusão de ordem. Os monstros só são reais quando os encontramos.” (p.416)

É impressionante como Lavalle conta uma história de fantasia de forma tão imersiva mas faz a gente manter os pés no chão, sabemos que estamos lendo sobre coisas mágicas mas ao mesmo tempo estamos lendo sobre problemas do mundo real, sobre maternidade, paternidade, preconceito, machismo, desigualdade social, discussões sobre o uso de tecnologias e redes sociais.

Dissecar todos os elementos do que Lavalle trata nesta obra levaria muito mais tempo do que eu dediquei, mas a parte maravilhosa é que podemos simplesmente ler o livro, nos entreter e receber as reflexões do autor sobre os temas que ele discute no livro. Apollo precisa lutar contra criaturas mágicas, lidar com a descoberta de que existem coisas no mundo que ele não pode explicar e também lutar contra problemas que todos nós lidamos nos nossos dia a dia.

É particularmente tocante a forma como o livro fala sobre paternidade e sobre a forma como enxergamos a divisão social do trabalho doméstico, o que esperamos das mulheres dentro da nossa sociedade, a forma desproporcional como dividimos as tarefas e como nós homens muitas vezes acreditamos que merecemos mais reconhecimento, mais oportunidades, como sempre merecemos mais, mais e mais. É uma jornada bastante surpreendente que o livro nos leva,

“Eu não conseguia fazer aquilo por ser poderosa, fazia porque não tinha escolha. Eu precisava fazer aquilo sozinha. Mas agora não preciso fazer nada sozinha. Ao menos espero que não. Podemos ser mais fortes juntos, mas isso significa que você precisa ajudar. Consegue fazer isso? Quer fazer isso? (p.539)


O livro também levanta uma discussão muito interessante sobre o uso de tecnologias e das redes sociais, sobre certos riscos que corremos sem perceber, sobre exposição, sobre abrir nossas vidas na internet e perder o controle de quem entra nelas. Lavalle faz isso de forma gradativa, o tema faz parte da história desde cedo mas como os outros temas que o autor toca, ele sai da história para nos dar uma lição, ela simplesmente está lá, e quando percebemos lá na frente do que ele estava falando desde o princípio, tudo faz sentido.

“Por que se preocupar com bruxas se a internet conseguia conjurar coisas muito piores.” (p.256)

“Postar alguma coisa on-line é como deixar a porta aberta e dizer a qualquer criatura da noite que ela pode entrar.” (p.297)

Lembrando que, tudo isso acontece num cenário de fantasia, o livro não é alta fantasia, existe uma sutileza nos elementos fantásticos porém isso não quer dizer que eles não estejam lá ou que eles não sejam relevantes. Sem dúvida recomendo demais este livro e para aqueles que já leram o livro e procuram algo “parecido”, tem duas obras brasileiras que me lembraram um pouco, “Porém Bruxa” de Carol Chiovatto e “Serpentário” de Felipe Castilho.


site: https://www.instagram.com/mutanteliterario/?igshid=MzRlODBiNWFlZA%3D%3D

Cecilialbgg 31/01/2023

Prometeu muito e entregou pouco
O início do livro é maravilhoso, nos emerge na história de vida do personagem principal e fazem sentido, as demais partes parecem que não fazem sentido. (?)
Tudo fica muito confuso e desconexo, informações em excesso e sem relevância para a história.
O final não é ruim, porém, por misturar tão bem a realidade com a fantasia, ficam muitas questões em aberto. Não sei.
Não odiei, mas também não amei.

Vitor Reinaque 24/01/2023

Título Provisório #1
Li esse livro em duas etapas distintas, com intervalo de meses entre si.
Não sei bem o que dizer, gostei do livro, porém não consigo encontrar nada marcante nele. Há situações interessantes, bons personagens e uma boa escrita, mas às vezes se arrasta com diálogos muito longos e divagantes. Queria dar 3,5, mas não é possível.

Paulote 02/01/2023

Thriller que começa bem e acaba se perdendo num realismo mágico ridículo e desnecessário
Sem querer me colocar na posição de um "Troll" aqui no Skoob, cujos integrantes têm sempre contribuições inestimáveis às minhas escolhas, desculpem todos aqueles que deram mais de 2 estrelas para esse livro. Usei o ridículo termo "Troll" porque, quem leu e quem vier se aventurar a ler, desavisado como eu, irá se deparar com um enorme Troll no terço final desse livro.
Primeiramente, não posso culpar as demais resenhas positivas por minha escolha, já que escolhi o autor, e consequentemente esse livro, por ter gostado muito de um Conto do Victor Lavalle no livro "O Projeto Decamerão: 29 histórias da Pandemia" da Editora Rocco, de onde pincei o referido autor, pelo conto "Reconhecimento" do qual gostei bastante, e talvez esse tenha sido o problema, achei que um bom contista deveria ser, também, um bom romancista...
Não que CHANGELING seja de todo não aproveitável. Devo confessar, primeiro, que eu sabia que o livro me reservava um final com toques de realismo fantástico, e, também, que o final talvez não fosse tão bom como a primeira metade do livro.
Mas, pelas resenhas que li, inclusive todas que aqui constam, esse seria apenas um problema menor, apenas um livro cujo final não agradou a alguns...e eu poderia conviver com isso.
Para não me alongar muito, é verdade que até cerca de 40% do e-book eu estava bastante interessado na estória, inclusive na parte sobrenatural pela qual até esperava numa boa. Não sou marinheiro de primeira viagem, li Cem Anos de Solidão do García Marques em 1975. Sou roqueiro até hoje, tenho 66 anos e fui bastante ativo na geração flower-power nos anos 70.
Mas, não, não mesmo, de jeito nenhum....esse autor, a partir da segunda metade do livro enlouquece a personagem principal, o que leva o marido, o personagem principal, a uma verdadeira busca frenética passando por bruxa/bruxaria (até aí até dava pra encarar) e, PASMEM, um enorme TROLL, saído diretamente da literatura folclórica nórdica, com tudo que tem direito. Sim, porque, como vi na internet, essas criaturas míticas vivem entre mil e 12 mil anos, são malvados, grotescos, estúpidos, se alimentam de carvão, têm rabos como animais, orelhas e nariz enormes e andam com roupas esfarrapadas. Pois é, se fosse o folclore brasileiro poderia ser o Bicho-Papão, a Cuca e outros, né?
Eu, com meus 66 anos tendo que aturar umas duzentas páginas finais com um Troll ridículo só para chegar ao final do livro. Quase abandonei.
E, por favor, se alguém souber, me digam: por que Victor Lavalle, autor americano criado no Queens, por sua mãe imigrante ugandense, foi buscar elementos de realismo mágico na cultura nórdica? Por que usou até a fita baiana do Senhor do Bonfim nesse livro ridículo que poderia ter sido bom em tais elementos...talvez se tivesse pesquisado mais e utilizado o folclore de Uganda tivesse acertado.
Enfim, não é a utilização de elementos folclóricos sobrenaturais que me desagradou. Afinal li, no começo de 2022 o excelente livro "Nossa Parte de Noite" de Mariana Enriquez, autora argentina (portenha) que mistura questões sociais e políticas latentes da América Latina ao um horror sobrenatural de qualidade. Fica aqui a dica. Mas precisa de nervos fortes e confesso que fiquei um tanto assustado por uma semana após ter lido esse livro.
Já do romance objeto de minha resenha não posso dizer o mesmo. O autor se perdeu na segunda metade do livro, principalmente no terço final, graças à infeliz escolha de Trolls.
Por fim, que fique claro que minha intenção ao escrever esta resenha não é "trollar" o debate e as opiniões sobre o livro, mas apenas fornecer uma opinião um tanto diferente da maioria acima já que uma opinião negativa mas esclarecedora sobre o livro, mesmo que seja um spoiler, pode evitar decepções como a que tive ao ler esse livro.

Henrique.Nahal 18/09/2022

Um conto de fadas moderno
Um dos personagens diz, lá pelo meio do livro, isso aqui: "Um conto de fadas ruim tem uma moral extremamente simples. Um bom conto de fadas diz a verdade."
Achei essa a base do livro, que conseguiu unir magias antigas e seres mitológicos com redes sociais e iPads (até o Starbucks faz uma ponta no livro!). O autor fala de paternidade/maternidade, privilégio branco e racismo bem encaixados num conto de fadas moderno e sombrio. Muito bom!

Marcos 27/07/2022

A forma e a essência
Fiquei preso pela escrita de Lavalle e nem tanto pelo o que estava escrito. O autor consegue com a estrutura em pequenos capítulos nos prender e sempre querer ler o próximo. Ao final a história não achei tão impactante, mas a escrita sim. Comprei o outro livro do autor.

Zé Guilherme 07/02/2022

A definição de sentimentos mistos.
Changeling é uma obra que facilmente desafia nossas percepções sobre gêneros literários. Pode ser um drama familiar, uma fantasia sombria ou até mesmo um horror, mas infelizmente o LaValle não sustenta bem nenhuma das suas tentativas. Adorei os personagens e a primeira metade do livro é incrível. No entanto, a segunda e o desfecho deixam muito a desejar.

Um bom livro que facilmente poderia ser um ótimo livro, mas não decolou. É isso.

Hamilton* 27/10/2021

Quanto a esse livro, o que posso dizer. Tenho que ressaltar que fiquei maravilhado com a maneira com que o auto mesclou a magia com o mundo do real, gosto dos personagens, e do fato de que ninguém esta lá apenas para fazer pano de fundo, gosto das diversas referencias aos contos de fada. Em geral gostei do livro