Criação Imperfeita

Criação Imperfeita Marcelo Gleiser




Resenhas - Criação Imperfeita


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Wagner 01/10/2013

MATÉRIAS ESCURAS...

(...) existe aproximadamente seis vezes mais matéria escura do que matéria luminosa no Universo. O problema é que ninguém sabe do que esta matéria é feita (...)


Gleiser. Marcelo. A criação Imperfeita. Rio de Janeiro: Record, 2013.
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Mannu 05/10/2015

Gleiser não cumpre a promessa de não se aprofundar nos conceitos de física, a fim de facilitar a leitura para leigos (como é o meu caso), o que torna o livro maçante. Apesar de tê-lo abandonado, tomo para mim a culpa; e o recomendo aos que conhecem ciência e sejam capazes de compreender, e, sobretudo, apreciar as reflexões deixada pelo Marcelo no decorrer dos capítulos.
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Isa 14/03/2016

Espetacular!
Até agora não achei palavras para descrever o que eu realmente achei desse livro. Claro, sou apaixonada por ciência, astronomia, cosmo, mas esse livro superou as minhas expectativas. É de fato um livro técnico nos primeiros capítulos, o que pode apresentar algum grau de dificuldade para o público leigo (ou iniciantes que querem se aprofundar no que se diz respeito à cosmologia), porém ele é bem descritivo. Marcelo Gleiser faz uma viagem pela história da astronomia, desde os primórdios até como caminha o avanço científico da humanidade, deixando claro as nossas limitações quanto aos instrumentos observacionais. Recomendo a leitura para todos os apaixonados pelo Cosmos e acima de tudo a vida, esta que, por enquanto aparenta estar apenas ao NOSSO alcance, em nosso pequeno e grandioso lar celeste.
Darlley Brito 03/05/2016minha estante
Esta em minha lista entre as próximas leituras... expectativa


Isa 04/05/2016minha estante
Esse livro é sensacional, vale muito a pena lê-lo!




Shirlei.Stachin 26/06/2017

Criação Imperfeita
Neste livro, o autor desmonta um mito da ciência e da filosofia ocidentais - o de que a Natureza é regida pela perfeição. O autor contesta o discurso dos ateístas radicais, mostrando que a ciência não prova a inexistência de Deus.
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Kaique.Nunes 25/03/2019

Criação Imperfeita é uma obra de Marcelo Gleiser, onde o físico propõe uma nova estética para a ciência: a imperfeição, a assimetria do universo.

Durante a maior parte de sua carreira, Gleiser foi um verdadeiro crente na unificação das leis da física, vendo na teoria das cordas uma descrição mais profunda da natureza com um nível mais alto de elegância e simetria matemática. Ele agora rejeita a busca por uma teoria perfeita, comparando tal desejo como algo próximo a crença em Deus, apenas um substituto para os físicos.

No processo criativo na qual se desenvolve as teorias científicas, muitos cientistas exteriorizam sua estética, a contemplação pela simetria, descrevendo a realidade a partir de partículas supersimétricas, teorias altamente elegantes com cordas e a união das forças fundamentai da física. Porém, será a realidade assim? Ou a simetria somos nós que criamos?

Gleiser diz que estamos adorando a musa errada, e que deveríamos mudar nosso senso estético para ouvir melhor a realidade. A busca por uma teoria de tudo é fundamentalmente equivocada: desequilíbrio, assimetria e imperfeição são os motores da criação. O autor explora as maiores irregularidades que possibilitaram nossa existência. A primeira ainda no início do universo, a disparidade entre partíula-antipartícula, se elas fossem na mesma proporção, não existiríamos, pois, quando interagem transformasse em fótons, e com isso não haveria a construção de átomos para a vida, apenas dispersão desses fótons.

Outra importante irregularidade é a mutação genética, que possibilita através da seleção natural a diversidade de espécies. Sem a irregularidade, a pequena assimetria, nada seria como é. E o autor nos lembra que a beleza não é aquilo que é simétrico, pois se seu rosto fosse as duas metades iguais, geraria muito estranhamento. E pequenos detalhes como uma pinta em um lado do rosto, pode ser um charme, aquela pequena irregularidade.


site: https://www.instagram.com/kaiquekhan/
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Didi 18/07/2019

Bom livro.
Mostra que somos poeira das estrelas, muito fruto do acaso e do caos. Uma série de assimetrias e imperfeições - também -contribuíram para o surgimento da vida na terra.
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Isaah 14/03/2022

Mt bom, super me escrito, tudo explicado de uma maneira estremamente facil, exemplos, metaforas, explicaçoes detalhadas. Enfim... INCRIVEL
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Rangel 25/03/2011

A Unidade na Imperfeição
O livro “Criação Imperfeita” (Cosmo, Vida e Código Oculto da Natureza) de Marcelo Gleiser, da Editora Record, Rio de Janeiro, 2010, que menciona sobre criação, religião, matéria – constituição, Deus, é dividido em cinco partes. O autor aborda a unidade de todas as coisas, em que a perspectiva científica da natureza, que ela é imperfeita, na qual, a busca é levar a ciência se tornar existencial, pois a vida não possa ser mero acidente, senão, nada faria sentido. “De um modo ou de outro, nossa presença aqui tem que ter uma razão de ser. A alternativa seria deprimente: qual o sentido da vida se ela tiver surgido acidentalmente num universo sem propósito?” Mas, se o ser humano é produto de acidente do universo, não se deve menosprezar a humanidade e o universo. O universo em si tem um conjunto de leis que explica toda a sua realidade, o qual possui no seu centro seu código oculto da natureza. A ciência em si coloca a humanidade como centro do cismo, num “humanocentrismo”, que faz o ser humano pensar, refletir e questionar o que é sobre o universo em que vive, dando significado à existência. A ciência moderna varia seu conhecimento do interior do núcleo atômico até às galáxias a bilhões de ano-luz de distância, o que faz a natureza ser relatada e descrita de forma de contemplação e perceber o quanto é rica das partículas elementares até às estruturas materiais mais complexas. Percebe-se que a natureza é mais criativa que o próprio ser humano. Enquanto o ser humano pensa, sendo produto ou não do acaso, ele e a consciência cósmica do universo, que reflete sobre si mesmo – então o cosmo tem um propósito e significado de gerar criaturas inteligentes, a verdade de refletir a razão de ele estar aqui. A trindade atual da criação moderna é o espaço, tempo e matéria, sem um criador que guie o ser e o devir de uma existência atemporal. “O universo surgiu por si mesmo, uma bolha de espaço vinda do vazio... a criação a partir do nada. Essa possibilidade nos parece implausível, já que tudo à nossa volta resulta de alguma coisa.” (...) “A causa que deu início a tudo, o primeiro elo da longa corrente causal que leva da criação do cosmo ao presente, é tradicionalmente conhecida como Causa Primeira”. “A Primeira Causa não pode ter uma causa; ela tem que ocorrer por si só. O desafio é como implementar essa misteriosa Primeira Causa, como dar sentido a algo que parece violar o bom-senso. Será que a ciência tem uma resposta? As religiões usam os deuses para resolver o dilema.” Para as teorias modernas da ciência, a origem seria num “Nada Quântico”, uma entidade de onde universos-bebês surgem do “multiverso” ou “megaverso”. O multiverso no caso é eterno, que dispensa a causa primeira, pois sua existência é atemporal, com flutuações de energia a partir do nada aleatoriamente, dando origem a pequenas bolhas de espaço, os universos-bebês. As flutuações desparecem quando se retorna à sopa quântica, o que buscam equilíbrio entre força da gravidade e energia armazenada no espaço. Isso seria em tese o universo a partir do nada. As teorias do multiverso propõem a existência do universo como resultado de uma bolha despreendida da sopa primordial, produto de flutuação energética aleatória por partículas ejetadas de núcleos radioativos. Aparentemente, seria origem da organização das estrelas em galáxias e constelações, que teriam originado planetas, corpos celestes, vida e ser humano, capaz de perguntar sobre sua própria origem. Contudo, tal visão científica oriunda dessa teoria quântica, realmente, aborda de forma eficaz a origem de todas as coisas? Qualquer versão científica que tenta abordar racionalmente o problema da Primeira Causa, precisa ser formulada de acordo com princípios e leis físicas, da energia conservada que é a matéria, a velocidade da luz e outras constantes e fundamentais da própria natureza, como valores corretos para garantir a viabilidade do universo. Contudo, o “nada quântico” não pode ser chamado exatamente de “nada absoluto”, porque se sabe que nada é criado algo do nada. Precisa-se, no mínimo, partículas materiais ou de energia, de instruções evidentes que proporcione as criações do universo. Caso contrário, o “decaimento do vácuo quântico”, “supecordas”, “espaço-tempo com dimensões extra”, “colisões de multibranas” – nenhuma dessas teorias científicas são capazes de serem empiricamente válidas. São suposições para qualificar a teoria científica da criação. “A ciência precisa de uma estrutura, de um arcabouço de leis e princípios, para funcionar”. Com exemplos de pontos de partida, os axiomas de teoremas matemáticos com suas afirmações aceitas, evidentes, apesar de não-demonstráveis, podem ser consideradas verdadeiras nas teorias físicas, com suas leis e princípios da natureza, que descrevem eficientemente os fenômenos naturais observáveis, portanto, válidas. Schopf disse: “Asserções extraordinárias necessitam de provas extraordinárias”. Teorias cosmológicas afirmam com segurança que o universo emergiu de uma sopa quente e densa de partículas elementares da matéria há menos de 14 bilhões de anos. Os detalhes deste parto cósmico ainda são desconhecidos, mas sabe-se que alguns minutos da existência do universo produziu os elementos químicos mais leves, e que explosões estelares forjaram e continuam forjando todos os demais elementos químicos, principalmente o carbono, nitrogênio, oxigênio, elementais, necessários e fundamentais para o surgimento da vida. O funcionamento do código genético pelas moléculas de DNA são imprenscindíveis pelo mecanismo responsável pela incrível diversidade de seres vivos, dos unicelulares aos multicelulares, de plantas e animais. Por incrível que pareça, seres multicelulares são acidentes imperfeitos da própria criação do universo, o que de certa forma o universo reflete sobre si mesmo, como ser humano é: limitado e até assimétrico. Em contra partida, “Somos a consciência do cosmo”. Ou seja, apesar de o ser humano não ser o ator principal e protagonista como as estrelas que forjam os elementos e a pluralidade da matéria do universo, é o ser humano que acumula conhecimento e busca a verdade de querer saber tudo e saber mais. A ciência é uma construção humana, que explica o mundo, o cosmo, que busca a verdade e até estabelece a verdade para uma visão de cosmo, mas sempre ela chega numa verdade parcial e relativa, nunca chega na Verdade Final ou absoluta. Muitos tentaram chegar a Verdade Final, em procurar descobrir o código oculto da natureza como: Pitágoras, Aristóteles, Kepler, Eistein, Planck, Pauli, Schrödinger, Heisenberg – que procuraram equacionar a perfeição e a beleza com a verdade. Surgiu da filosofia e passou para a ciência essa busca. A verdade eterna, a simetria e a beleza foram a aspiração mais nobre e idealizada do intelecto humano. Mas, a ciência mostra e demonstra que tal aspiração não é encontrada na natureza do universo. Hawking equiparou metaforicamente em “conhecer a mente de Deus”, no sentido que o ser humano se aproxima da solução da Teoria Final, objeto ainda inatingível, uma vez que tal convicção precisa evidência experimental e observacional. A Teoria Final tanto buscada é uma expressão intelectual de desejo espiritual de resgatar um Deus que a razão empírica afastou como Primeira Causa. A Teoria Final explicaria a origem do universo e tudo o mais, na busca da descrição unificada da natureza e por uma explicação da origem de todas as coisas, que convirjam na Primeira Causa da complexidade da criação do universo. Os unificadores dizem: “A essência da Natureza pode ser expressa através de certas leis e princípios físicos” – baseiam-se na teoria unificada dos campos, pela expressão simétrica da matemática oculta em tudo o que existe – o que é chamado da Teoria do Tudo, ou Teoria Final. Os religiosos dizem: “Apenas um ente sobrenatural pode transcender a realidade material para criá-la. Deus é a Primeira Causa e a Verdade Final”. São essas opções que procuram explicar a Teoria Final – uma religiosa e outra, científica. A unidade de todas as coisas durante milênios tem sido colocada como “mente de Deus”, de transcender os limites do meramente humanos, uma vez que não se encontra na vida humana a perfeição. O foco da perfeição divina precisa mudar, pois a nova visão científica coloca a natureza nas suas imperfeições. Até a vida enquanto existência é frágil, imperfeita, limitada, mas preciosa na realidade em que se vive. A humildade da verdadeira dimensão da existência é uma forma de ter uma nova visão sobre o cosmo. É o ser humano, raro no universo, que reflete sobre a existência pelo que se sabe e conhece. Por isso, a importância da preservação da vida. É preciso transcender as fronteiras do tempo, no sentido de não deixar concepções fantasiosas e imaginativas da realidade serem consideradas realidades pela própria humanidade, que é carregada de impressões fantasiosas da realidade por livros sagrados, mitos e contos fabulosos. A transição da concepção fantasiosa da realidade para a concepção da realidade, através da ciência, que fascina muitos primeiro pela ficção científica da literatura, cinema e televisão, para depois estudar livros científicos e observar a realidade de forma científica como ela é. É a partir da leitura dos livros científicos que começa se entender e desvendar os segredos mais íntimos do universo. Um bom livro é “A Evolução da Física” de Albert Eistein e Leopold Infeld. Do aparente caos do universo, percebe-se uma ordem racional, acessível à mente humana, pela expressão matemática dessa ordem, codificada dos fenômenos naturais. O mistério da natureza pode ser desvendado pela mente e intuição, que podem buscar o código oculto da natureza, de acordo com os anseios dos unificadores. Ressalta-se que minimizar a importância da fé na vida das pessoas é um erro. 71% dos norte-americanos responderam numa pesquisa de têm certeza absoluta em Deus, enquanto 21% criam sem ter certeza, 5% não acreditavam em nada e 3% não quiseram responder. Tal pesquisa demonstra que os Estados Unidos são uma das nações mais religiosas do mundo. No Brasil, Europa e Sudeste Asiático, o conceito de divindade sobrenatural equivale-se de forma comparativa aos Estados Unidos, mesmo com incríveis avanços científicos. Alguns países como os nórdicos europeus, República Tcheca, França, Vietnã, Japão, conta com aproximadamente 50% de agnósticos e ateus nas suas populações. Isso significa que as pessoas acreditam em Algo importante, mesmo que haja ausência de evidência. Nos últimos anos, a guerra entre ciência e religião tem polemizada pelos novos pensadores ateus. Richard Dawkins, Sam Harris, Daniel Dennett e Cristopher Hitchens – o grupo conhecido “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” – que tomaram uma ofensiva taxativa contra as crenças religiosas, colocando-os como espécie de ilusão ou delírio, uma loucura coletiva que causa caos ao mundo e à civilização. Os quatro cavaleiros ateus pregam um ateísmo radical, usando retórica agressiva, inflamada e intolerante quanto o fundamentalismo religioso que se propõe a combater. Tal atitude radicalização mostra que o extremismo é uma péssima estratégia diplomática. Acusar as pessoas que acreditam em Deus de serem ignorantes, loucas ou estúpidas, não leva a nada. A verdade é que as provas empíricas não tem nada a ver com o poder da fé. As pessoas têm fé porque não aceitam a morte como fim definitivo da vida – deseja-se não ser esquecido, reverter ao nada, ou perder entes queridos. As pessoas que abraçam a fé procuram transcender os confins da matéria e do tempo. Ridicularizar essa necessidade humana da fé, como fazem os quatro cavaleiros do Apocalipse Ateu é demonstrar profunda ignorância e indiferença em relação a bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo que acreditam nesta Força Superior. Marx disse que a religião é o ópio do povo. Caso haja alguém que queira tirar a religião das pessoas como ópio, outro ópio é preciso ser oferecido. O ateísmo oferece algo que não vai funcionar baseado no apelo da lógica e razão da ciência. É preciso oferecer algo que tenha vestígio espiritual – algo que inspira profundamente uma ligação. Uma forma de inspirar essa ligação pode ser a Natureza, como celebração da vida. Há ateus e agnósticos que afirmam modo de pensar que não é incompatível com relação espiritual com a vida. Essa compatibilidade teria o ponto de partida no materialismo estrito do racionalismo científico. Reavaliar o lugar do ser humano na ordem natural das coisas, com seu devido papel de saber lidar com algo imprevisto, fora de controle ou compreensão, poderia levar a uma espiritualidade livre da fé sobrenatural. O fim da vida não é o fim da existência, e é possível ir além das rígidas limitações temporais impostas pelo materialismo. A ciência tem que ser repensada para ajudar e reconhecer seus limites, ser humanizada, relacionada coma cultura em que existe. A ciência reconhecer o mistério do universo é saber ser humilde, mas ter uma visão de mundo para transformar vidas humanas, no sentido de deslumbrar com o cosmo, reconhecer que o ser humano não está imune aos anseios e incertezas que fazem parte da vida. Não tem nada de errado em Eistein e Kepler sonharem com a Teoria Final, ou buscar pelas harmonias. Foram esses sonhos que motivaram novas teorias como de Steven Weinberg e Frank Wilczek fizessem novas descobertas. A idéia da diversidade do mundo existente na realidade se engloba nas raízes da fé monoteísta, em que existe apenas um Deus e esse Deus criou tudo o que existe. Até nas religiões politeístas, há identificação de um deu ou princípio divino dominante, como Zeus da Grécia Antiga; Brahma, como essência de todas as coisas dos hindus – todos com concepções de um deus central. A essência do Deus transcendental único parte da realidade única e divina. Na Grécia Antiga, por volta de 600 a.C., houve uma transição de pensamento de buscar a noção da unidade de todas as coisas que se apropriou do intelecto ocidental, que influenciou depois a origem da filosofia. Diógenes Laerte (200 d.C.) atribui a Tales de Mileto o primeiro pronunciamento científico cosmológico: “Tudo é feito de uma única substância.” Tales defendia a unificação da matéria, uma vez que o mundo natural existe oriundo da própria matéria revertente. A essência material do mundo provavelmente se transforma e se adapta sem perder sua identidade. A realidade material flui em forma, mas não em essência. Essa é a noção-chave da unidade material por trás da diversidade das coisas, apesar das variações da substância primordial. Tales acreditou que tal substância primordial era a água. Anaximenes achou que era o ar. Isso foi decorrente do pensamento iônico. Pitágoras deixou um legado a respeito do mundo natural descrito através das relações matemáticas que expressam forma racional da perfeição e simetria da própria natureza. Para Pitágoras, a natureza é construída a partir dos princípios simétricos que traduzem a ordem fundamental que existe por trás de todas as coisas. Essencialmente, tal teoria pitagórica corresponde hoje, coincidentemente, com as teorias da unificação da física moderna. Para encontrar o código oculto da natureza, é necessário ir além das aparências e buscar relações numéricas e geométricas, as leis matemáticas que descrevem a realidade. É através da razão que se pode encontrar a verdadeira essência da realidade. E essa essência está fundamentada na matemáticas, com suas formas geométricas, relações e proporções. Patão, por exemplo, exemplificou que o círculo é único perfeito que existe na imaginação. O mundo real, na verdade, é o mundo pensado e não olhado. Platão, Espseusipo, Xenócrtes, Plotino, renascentistas, procuraram construir um elo matemático na experiência mística de Deus – o que muitos tentaram descobrir o código oculto da natureza. Ao contrário dos iônicos, os pitagóricos vêem a essência da natureza nos números e relações e não na unificação da matéria. É a Pitágoras, que se deve as descobertas dos sons harmônicos, números inteiros, que transcendem a realidade humana. O ideal platônico de uma ordem cósmica inspirou Copérnico conceber o universo de beleza sublime e extrema simplicidade de forma circular, o que ensejou a teoria heliocêntrica. Kepler tentou unificar todo o cosmo sob uma única estrutura, o “Mysterium”, modelo de sistema solar composto de 5 sólidos geométricos arranjados um dentro do outro, com esferas separado cada um deles. Ele acreditava que tal mapa era a expressão geométrica da mente de Deus, ou seja, da Criação. Kepler sugeriu que o sol pode mover os planetas a sua volta, através de forças que mantém o cosmo coeso. Copérnico disse: “deduzir a forma do Universo e as simetrias de suas partes”. Kepler quis desvendar o código oculto da natureza, logo de Deus. Kepler acreditava que o ser humano precisa usar a razão em compreender a geometria do universo, utilizada por Deus na criação. Kepler, de certa forma, apresentou na sua época a Teoria Final de uma versão concreta da estrutura do universo, baseado em proporções geométricas em ordem, simétricas de proporções perfeitas. Kepler teve sucesso na sua busca, não na demonstração perfeita da realidade. É devido a Kepler as descobertas dos movimentos planetários em torno do Sol e as primeiras leis matemáticas da astronomia moderna, pois foi ele que propôs a origem da força magnéticas entre os astros de forma elíptica, ou seja, uma realidade imperfeita e assimétrica. Penzias e Wilson provaram que o cosmo é como um imenso forno de micro-ondas, repleto de radiação, verdadeiro fóssil da teoria do Big Bang pelas leis físicas em descrições matemáticas. A expansão cósmica implica uma direção de tempo, um senso de passado e futuro, que proporciona explicar a origem da matéria relacionada como a vida, produto da assimetria do código oculto da natureza. Weinberg, em 1979, publicou seu trabalho na teoria da unificação das forças eletromagnéticas e nuclear fraca, duas das quatro forças conhecida da natureza (força nuclear forte e gravidade). A noção física do macro-cosmo muito grande (Universo) com a de muito pequeno (partículas elementares da matéria) – interligadas. Eistein, em 1905, afirmou que luz é uma radiação eletromagnética que não precisa de meio material para se propagar, portanto, que seu propaga no espaço vazio. Magnetismo é eletricidade em movimento. Faraday descobriu a relação entre magnetismo e eletricidade em 1831 – os campos vão se reforçando mutuamente, criando um onda eletromagnética, oscilação conjunta de campo elétrico e magnético. Faraday expressou sua busca da unidade da Natureza em Deus, como metáfora para a ordem matemática oculta da natureza, fundamento da busca moderna pela unificação. O eletromagnetismo é um arquétipo de duas forças como manifestação de uma só. A estrutura da matéria, quando mais estudada, mais se descobre fenômenos sobre sua origem. Maxwell descobriu equações sobre a luz e sua velocidade no vácuo em 300 mil km/s, como constante da natureza, não como explicar, mas medir. Eistein, na sua teoria da relatividade, afirmava que as leis da natureza são as mesmas para os observadores viajando a velocidades constantes, e afirmou que a velocidade da luz não se altera. Dirac, em 1931, provou matematicamente que monopolos magnéticos são compatíveis com a mecânica quântica. Há vários raios eletromagnéticos invisíveis ao olho humano, como ondas de rádio, telefones celulares, micro-ondas de satélites, radiação infravermelha. Weinberg descobriu que o universo está banhado por radiação, o que é um fóssil da infância cósmica, e que a luz visível é “éter” que conecta cada ponto do universo em relação a outro ponto. Hubble, em 1929, mostrou que as galáxias se afastam uma das outras com velocidades que aumentam em proporção direta com as distâncias, portanto, o universo está em expansão. O espaço não é rígido, é elástico, capaz de esticar e encolher como fosse um ‘balão de borracha’. A ciência eficiente abrange muito bem em explicar a natureza, mas nas lacunas do conhecimento, Deus foi considerado o responsável pela origem de todas as coisas, como pensaram Voltaire, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Deus é no caso o “criador-relojoeiro” do cosmo e das leis que regem o comportamento dos objetos materiais nele contidos. O objetivo da ciência é estudar essas leis, com missão final de decifrar o código oculto da natureza. Laplace apresentou um modelo mecânico de expressão perfeita do universo-relógio, onde todos os detalhes da realidade podem ser deduzidos de um conjunto de equações matemáticas precisas – se uma Supermente soubesse a posição e a velocidade de todas as partículas do cosmo em um determinado instante, poderia prever o futuro de tudo o que existe, incluindo pessoas, detalhes, além da barreira temporal. A ciência seria o oráculo para tentar prever. Gamow propôs a existência da radiação cósmica num cenário de núcleos de elementos químicos forjados nos primeiros três minutos da Grande Explosão, que originou os átomos de hidrogênio. Hoyle teorizou que dos elementos leves (hidrogênio, hélio e lítio) e seus isótopos foram criados no Universo primordial – gerando todos os demais elementos químicos durante a morte das estrelas. O carbono, o oxigênio, o nitrogênio são decorrente do processo de fusão nuclear quando uma estrela sucumbe finalmente à sua própria gravidade e entra em colapso. 75% da matéria do universo é hidrogênio, 24% é de hélio, e 1% é dos demais elementos químicos da Tabela Periódica, como lítio, carbono, urânio. A química da vida é minoria absoluta. O modelo do Big Bang foi confirmado em várias observações astronômicas, o que em sua essência, está correto. O sol está a 8 minutos de distância da Terra. A estrela Alfa de Centauro está 4,37 anos-luz. E Andrômeda, vizinha da Via Láctea, está 2,5 milhões de anos-luz distante da Terra. O olhar para o espaço é olhar para o passado remoto. De acordo com o modelo do Big Bang, existe uma relação direta entre a expansão do universo e quantidade de matéria contida nele – uma atração gravitacional sobre si mesmo tão forte – resultado das propriedades da radiação cósmica de fundo, o que dá a entender que o universo tem quantidade total de matéria e energia equilibrada entre as geometrias aberta e fechada, numa perspectiva plana. Se o universo for totalmente fechado, ele pode entrar em colapso após certo período de expansão, retornando ao ponto de partida, exprimido como um Big Crunch. Com a geometria aberta, a expansão do universo seria indefinida. Num universo plano, matéria e energia têm quantidade bem especificada com uma densidade de energia crítica. Pelos resultados atuais, o universo visível é homogêneo e plano e, provavelmente, tem uma distância de 46 bilhões de anos-luz de toda a sua expansão. A radiação cósmica de fundo é extremamente homogênea de 2,73 graus acima do zero absoluto (2,725 Kelvin). O problema do universo plano é seu horizonte observável, que não se sabe se há uma distorção das leis da física. Guth, em 1981, trouxe a idéia da expansão extremamente rápida do universo, em que o espaço inflou com uma velocidade absurdamente grande, o que pode ser mais rápido do que a velocidade da luz, a expansão geométrica cósmica e homogeneidade da matéria – daí, a teoria da inflação cosmológica, o que pode resolver o problema do Big Bang. A expansão superluminal do espaço (mais rápida que a velocidade da luz) sobrepuja as limitações da causalidade sem violar qualquer lei da física. A tese da “navalha de Occam” só funciona como método de seleção entre diferentes alternativas, mas nunca deve ser usada para decidir se uma teoria está ou não correta. A última palavra é sempre da natureza. Contudo, a teoria da inflação não foi validada por completo. Eistein dizia que matéria e energia determinam a curvatura do espaço – o que pode resolver equações da teoria da relatividade em distribuições de matéria assimétricas. A Teoria da Grande Unificação foi teorizada em 1974 por Glashow e Georgi, que incorporam a gravidade nas interações das propriedades atômicas e subatômicas da matéria, que são as forças nucleares forte e fraca com o eletromagnetismo, mas que até agora não foram verificadas, que vê dificuldades a respeito da cosmologia inflacionária nesse contexto. Na nova cosmologia, a inflação não depende da teoria da unificação, o que pode constar que o cosmo precisa é de desequilíbrio e não da perfeição para ser explicado na sua expansão. “O modelo do Big Bang sofre de certas limitações, dentre elas a sua incapacidade de explicar por que o Universo é homogêneo e dotado de uma geometria plana: (...) o campo escalar responsável pela grande unificação seria o mesmo que geraria a expansão ultrarrápida da inflação, mostrando a profunda ligação entre a física das partículas elementares e o Universo primordial, ou seja, entre a física do muito pequeno e a do muito grande” – Guth – caso esteja correta tal proposição e confirmada, vai ser um passo decisivo em direção à Teoria Final. A matéria invisível é conhecida como matéria escura, que não pode ser composta de matéria comum (como estrelas, planetas e luas), mas não se sabe do que ela é feita, uma vez que não se constata prótons e elétrons. Uns mencionam que há falha na teoria da gravidade. A luz se distorce no espaço por uma lente gravitacional, que lhe proporciona distorção na sua propagação. Na distribuição da matéria nos aglomerados, a matéria escura é mais observada do que a matéria visível. Os miniburacos negros, estrelas de estado exótico da matéria, são estrelas feitas de campos escalares, conhecidas como estrelas de bósons. Pode ser que a que a matéria escura seja composta por tais miniburacos. A energia escura está em toda parte, presente em todo o espaço, uma entidade sem forma e de baixíssima densidade e sua presença afeta a expansão do universo. É uma espécie de campo escalar, como o campo de Higgs, que permeia todo o espaço – uma quintessência (Éter), no espaço vazio, com suas flutuações de energia a partir do “nada”, capaz de criar e destruir partículas continuamente. A matéria escura ocupa 73% da energia total do universo. A natureza se cria a partir do desequilíbrio. A razão pela simetria é sua beleza, mas na natureza não é bem assim, pelo que a ciência pode compreender a realidade. A energia escura, por exemplo, é um meio difuso que permeia todo o espaço de forma bizarra e até inesperada. Logo, a simetria não pode ser considerada um dogma para a natureza do universo. As simetrias na natureza são violadas, e tais violações têm conseqüências profundas para compreensão dos processos no mundo subatômico, o que serve também para a própria existência. Radiação sem massa que é o fóton cria partículas com massa, que é o elétron e o pósitron. Energia eletromagnética vira matéria – a seta das direções indica tanto da esquerda para direita e vice-versa, que quando colidem, formam fótons de raio gama. Matéria vira energia eletromagnética. A lei da conservação de energia é o que determina a direção. Portanto, existem na natureza inúmeras transformações das partículas da matéria nas leis de conservação e as ondas das energias. Outra forma que se observa a assimetria é que existe mais matéria do que antimatéria no universo, o que se percebe que o universo é decorrente de uma assimetria primordial na sua origem. Na matéria comum, as partículas estáveis são o próton, o elétron e o nêutron, mas os quarcks, léptons e suas interações tem simetrias e assimetrias físicas particulares surpreendentes. O modelo padrão das partículas elementares resume tudo o que se sabe sobre propriedades e interações dos componentes fundamentais da matéria. A teoria das supecordas é a mais viável atualmente para a descrição unificada das partículas que inclui gravidade, eletromagnetismo, forças nucleares forte e fraca. A Teoria Final tanto buscada tem desafio conceitual. Wilczeck disse: “a fé na possibilidade de unificação nos remete a um estado em que recusamos aceitar o que vemos... certamente, as aparências – ou melhor, nossa interpretação delas – devem estar nos enganando”. A crença na unificação contribui para distorção na percepção dos fatos, pois sempre haverá lacunas do conhecimento atual que não foram preenchidas, o que frustra o desejo da unificação das forças. O desequilíbrio e a imperfeição fazem parte da natureza e deve-se deixar a busca da perfeição final do universo. Uma natureza perfeita seria inerte, sem estruturas, o que parece contradizer o bom-senso. As diferenças das forças é o que desafia a teoria da unificação. O excesso de matéria do universo primordial é algo que aconteceu para gerá-lo, o que faz gerar outro modelo diferente da Teoria da Unificação. O modelo padrão está praticamente fora do equilíbrio térmico do universo. Higgs é o que dá massa a todas as partículas do universo, com exceção do fóton. A descrição da realidade é uma obra inacabada e a busca da descrição unificada do universo será sempre parcial, portanto, fora de alcance. Não é possível conceber a totalidade da Natureza. “É uma tentativa de encontrar Deus, mesmo que metaforicamente, através da lente da ciência.” A origem da vida na Terra se deve a um choque das estrelas que se findaram, criando a química da vida (carbono, nitrogênio, oxigênio, sódio, ferro), sendo o planeta com uma posição privilegiada, com condições de água líquida em abundância, o que permitiu a vida começar. A origem da vida é complexa e multifacetada, com característica de metabolismo e genética. Os aminoácidos do espaço interestelar são a matéria orgânica que propiciou a origem da vida. Os processos de reações bioquímicas ocorreram com vários átomos e moléculas, especificando-se principalmente na água com temperatura ideal. As técnicas da mecânica quântica são válidas para comportamento de átomos e íons simples, mas para átomos grandes e macromoléculas, as técnicas não funcionam. A célula é um reator químico, que absorve energia de alta qualidade do meio ambiente e devolve produtos de baixa utilidade. E vida cria mais vida por si só, do desequilíbrio que leva a mudanças ao surgimento de formas complexas que levam ao equilíbrio. Menciona-se que o RNA da célula é um replicador autossuficiente. Das macromoléculas orgânicas à reprodução celular, a vida seria impossível sem a perfeição. Pasteur descobriu que a vida só é possível ser construída a partir de pedaços assimétricos de compostos orgânicos e inorgânicos. Não há evidência de que a vida surgiu do nada. A vida vem da vida. A assimetria de certos compostos orgânicos ficou conhecida como quiralidade. A existência é devida ao processo de reprodução genética por causa das imperfeições, o que proporciona variações e mutações genéticas nos seres vivos, com seus cataclismos. Bernard Fontanelle disse: “Toda a filosofia baseia-ase em apenas duas coisas: curiosidade e visão limitada... O problema é que queremos saber do que podemos ver.” Busca-se conciliar respostas para grandes questões entre fé e razão, o que é limitado. A fé explica o que é natural decorrente do sobrenatural. Pela lente da razão, acredita-se que leis naturais são decorrentes e determinadas por leis imutáveis. E o método científico é o único caminho para obter essas leis, o que constitui o fundamento racional para a Natureza. John Wheeler perguntou: “Por que a existência?”, que impliciou que a resposta não é um simples “tudo é um mero acidente”. Paul Davies sugere um “Universo Acidente” ou “Universo Absurdo”, de que não existe um objetivo consciente por trás do que ocorre no universo. O ser humano é que desenvolve a capacidade de pensar e questionar sobre a vida. Os unificadores se posicionam que aceitar a natureza como acidente é desistir da relação mais profunda entre vida, mente e cosmo. Por isso que obviamente que existe um significado da existência, que talvez não tenha relação com o cosmo. O “Universo Absurdo” é um clara conotação negativa da difícil possibilidade de o universo não ter uma explicação final e que talvez a existência não seja justificada por um código oculto científico ou divino da natureza. Existir no cosmo sem objetivo é resultado de um plano misterioso e talvez raro, pois se foi ocasionado de forma inteligente, algo foi premeditado, planejado. Por ser raro, é precioso. Todas as demais teorias baseiam na noção de unidade de todas as coisas, o que vai de encontra a Teoria Final ou porque se vive num multiverso que tudo engloba, por ser o universo autoconsciente. A descrição unificada da realidade física é uma expressão racional de uma ciência “monoteísta”. Há uma necessidade de encontrar a conexão entre “quem somos” e “o mundo em que vivemos”. A busca da ligação entre o homem e o cosmo é de total importância. Talvez não tenha verdade final a ser descoberta. Se o universo é sem significado, o ser humano vai significá-lo na sua busca. O ser humano é uma criatura autoconsciente que precisa afirmar a vida numa criação proposital de um cosmo autoconsciente. A criatividade da natureza se expressa através da diversidade, e não da unidade por trás de tudo. “Deve haver vida por toda parte”. Do metafísico ao concreto, a mente humana criou a ciência, que não revela teoria fragmentada da Teoria Final inscrita na natureza, com avanços e evoluções lentos. E no universo é certo a vida nos vários mundos planetários. A vida existe e a busca por ela tem várias formas. O que se sabe é que o ser humano está sozinho no seu planeta no imenso universo. O projeto SETI busca vida extraterrestre. O certo é ter uma visão do ‘humnocentrismo’ para se considerar o propósito da humanidade.
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Bruno 18/04/2011

Criação imperfeita
http://brunoacpc.wordpress.com/2011/04/18/livro-criao-imperfeita/
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MK 30/01/2011

Do sentido da falta de sentido
Descontando a extrema dificuldade de intuir (entender não consegui) muitas coisas porque meu conhecimento em física não é suficiente, o livro é uma oportunidade e tanto de pensar na inutilidade de ficar buscando sentindo para a existência. E isso é, talvez, o que fica de mais relevante da leitura.
Lamentei apenas que quando o livro vai chegando ao final, ele parece cair no mesmo equívoco que ele aponta em tantos pesquisadores, de interpretar os dados de pesquisa disponíveis de maneira a convencer o leitor de que a sua corrente é que está no rumo correto e ainda usa ainda (por mais acertada que seja sua preocupação) para chamar os leitores à sua responsabilidade ambiental. Compreendo e até concordo, mas achei que isso faz o livro perder pontos porque parece um pouco subestimar o leitor... De qualquer modo, é um livro bárbaro, que desmistifica o conceito de perfeição, mantendo o valor impressionante da vida humana sob outra perspectiva.
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Nando 01/01/2011

Argumentaçao Imperfeita
Marcelo Gleiser parece que lamentavelmente entra na onda ateísta de Richard Dawkins e outros, só que de maneira dissimulada, tentando, em uma argumentaçao imperfeita, mostrar que as assimetrias que encontramos na natureza indicam a impossibilidade de se achar uma teoria unificadora (ou teoria do Tudo) e por isso poderiamos prescindir de explicaçoes sobrenaturais para a criaçao do universo. Parece que o Dr. Gleiser nao compreende definitivamente que DEUS está acima das questoes de simetrias e assimetrias. A leitura do livro é arrastada do meio para o fim devido a espiral de argumentaçao do Dr. Gleiser, em cada capitulo, que começava na assimetria e de forma velada terminava numa negaçao de DEUS. Comprei este livro pois tinha gostado de um outro livro dele (A Dança do Universo) mas me decepcionei.
Luis Brudna 10/01/2011minha estante
Gleiser não tenta fazer nenhuma ´negação de Deus´, mas sim uma negação do uso da ideia de simetria e perfeição nas tentativas de entendimento do Universo.


Marcelo 13/10/2011minha estante
Ainda estou no começo do livro, comecei hoje, mas posso dizer com segurança que religião não é a praia do autor. Acho interessante ele expor a história dele e opiniões pessoais, mas algumas afirmações sobre a história das religiões são extremamente reducionistas, imprecisas, para não dizer incorretas. Afirmar que todas as regiliões são de alguma forma monoteístas, por ter alguma escala de poder em seus panteões com uma deidade dominante equivale a dizer que a Teoria Unificada são as Leis de Newton, por "prevalecer" sobre as outras teorias - o que é um absurdo completo! Fora insinuar que a religião não é racional e tem como único valor o consolo às dores do mundo. Ele deveria deixar o tema para Karen Armstrong, que brilhantemente discorre sobre o tema em "Uma História de Deus". Caso o autor tivesse lido tal obra, certamente se surpreenderia com afirmações aparentemente ateístas da autora. Mesmos assim é um livro que continuarei lendo para ver o que vai dar. Até agora uma leitura interessante.




professora jane 17/09/2010

Criação Imperfeita
Excelente este livro do Marcelo. Muito didático principalmente para pessoas comuns que não entendem nada de física. Após a leitura a pessoa fica propensa a querer saber mais sobre o código oculto da natureza!
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Arrieiro 21/11/2010minha estante
Código oculto, que não existe, certo? (risos)

Acho este um dos pontos mais interessantes do livro - classificar a eterna busca pela equação perfeita, a explicação do "tudo", um tipo de religião: dogmática e tendenciosa. Afinal, quem se sentiria seguro em viver em um mundo imperfeito e inexplicável?

Abraços

Boa leitura.




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