Criação Imperfeita

Criação Imperfeita Marcelo Gleiser




Resenhas - Criação Imperfeita


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Samuel Santos 18/01/2024

Pensei que era uma coisa, mas...?
Comecei a ler o livro com muita expectativa pela ideia proposta, mas me decepcionei bastante ao longo da leitura. Penso que o autor se aventurou a afirmar algumas coisas além da sua área de conhecimento e se propôs a fazer um debate entre as ciências da natureza e a metafísica. O resultado deste embate foi muito desastroso, pois não houve espaço para o desenvolvimento dos argumentos de uma forma intelectualmente honesta e bem fundamentada.
Apesar da situação citada, é possível adquirir alguns conhecimentos de astronomia, física, indicações de biografias complementares, entre outras informações muito fascinantes para aqueles que têm curiosidade nesta área.
Por último, não pude deixar de comparar o livro com a outra obra do autor que já havia lido alguns anos atrás, Poeira das Estrelas, apesar de me esforçar para não fazer tal comparação, não consegui evitar a pergunta recorrente do que aconteceu com o desenvolvimento da ideia desta obra.
Fico bastante frustrado com o autor.
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Pedróviz 19/11/2023

Criação Imperfeita
Criação Imperfeita
PARTE 1- A UNIDADE DE TODAS AS COISAS
1. Criação
O autor contrapõe a noção de criação perfeita da Bíblia e o universo imperfeito em que vivemos. Para mim não foi consistente, pois creio que nesta questão de perfeição do mundo quem decide é o coração e não os sentidos, muito menos a ciência. De qualquer modo, nenhuma religião afirma que o mundo fora de um paraíso é perfeito e é para que o crente atinja novamente esse paraíso que as religiões servem.
Qual é  a  Primeira Causa e  a Verdade Final? Os Campos Unificados ou Deus?
O autor acredita, talvez, que ciência e crença religiosa sejam antagônicos. Uma pena. Este primeiro capítulo foi tanto cientificista  e encerrou melodramático.

2. Medo das trevas.
Ué... o autor, quando criança, à noite na sua cama, REZAVA para as criaturas imaginárias das sombras irem embora? Ele usou o verbo REZAR. Ué.
O capítulo é uma assertiva contra todas as formas de crença. Aparentemente o autor somente acredita no mensurável...
Entretanto, um bonito capítulo que aborda o sentimento do autor pela perda da mãe.

3. Transição
O jovem abandona a vida de morbidez e, entre os novos hábitos, começa a ficar atento para os fatos científicos, o que o faz começar (começar ?) a desconfiar da religião.
Livro que culpa a religião por atrocidases que foram cometidas em nome da religião.  Esquece o detalhe que tanto a religião como a ciência e o tão aclamado "progresso" são usados como fulcro para inúmeras iniquidades. Fui um pouco mais adiante na leitura e cheguei ao limite do suportável. O "autor" usa tantos lugares-comuns para defender sua falta de fé que chega a ser pueril. Culpou Deus, num livro, por permitir a morte da sua mãe! Culpou Deus pelos desastres naturais! Ora, perfeito era o Eden, e de lá fomos corridos por nossa ambição, nossa arrogância.

Convém salientar que o autor dá especial ênfase, nos seus ataques, ao cristianismo. Disso, concluo que devo incluir esta obra na categoria da apologética anticristã.

A obra prossegue em cansativas minúcias científicas para demonstrar que a vida foi resultado de um fenômeno epicurista (uso o termo epicurista para não dizer simplesmente "fenômeno do acaso". Contudo, essas "provas" parecem, para alguém dotado do dom da Fé, contrárias à própria Fé, segundo a qual algo complexo como um cérebro pensante não surge do acaso, assim como uma TV, um carro, um prédio. Bem, isto sequer é questão de fé; é algo lógico.

Talvez muitos cristãos caiam na tentação de usar argumentos científicos tentando provar a existência de Deus. O cristão deve saber que Deus não se prova, Deus se crê. E fé é um dom que não é dado a todos. Deus endurece corações por motivos que somente Ele conhece.
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maria.e.sousa.7 15/04/2023

Humildade refrescante
?A noção de que podemos construir uma teoria que explica tudo, uma ?Teoria Final? não faz sentido. Visto que nosso conhecimento do mundo natural é essencialmente delimitado pelos nossos instrumentos de medida e observação, nunca seremos capazes de medir tudo que existe. Mesmo que nosso horizonte cresça com o tempo, estaremos sempre cercados pela escuridão da nossa ignorância. Consequentemente, teorias finais jamais poderão ser conclusivas: pode sempre haver algo que nos escapou. Aceitar os limites da ciência é aceitar os limites do conhecimento humano, um passo fundamental em direção a uma nova postura de humildade perante a natureza?.

Trago essa citação para dizer que foi uma grata surpresa ler Marcelo Gleiser e perceber a humildade na sua escrita, no seu pensamento, na sua ciência.

Quando penso em várias correntes científicas que vemos no mundo atual, os próprios cientistas, que se arvoram de ?deuses? - olha só que ironia! - e que destronam ou espinafram tudo que não merece o rótulo de ?ciência? como querem eles - como se não o fato de um saber não ser ciência o invalidasse completamente - é alentador ler Gleiser com sua postura tão humilde, reconhecendo os limites que a ciência - também - tem.

A ciência, obviamente, é importantíssima e necessária, indiscutivelmente essencial, porém, existem outros saberes não científicos que podem ser tão essenciais à vida, às relações e à existência quanto a ciência acadêmica. Marcelo Gleiser traz um sopro de frescor ao reconhecer esses limites e chamar a academia ?à Terra?, ao trazer essa humildade de um cientista que reconhece o seu papel e o seu lugar, alertando seus pares para a hubris potencial que paira entre nós quando nos achamos acima do bem e do mal, e mais importante do que tudo o mais ao redor.

Mesmo nas partes mais técnicas ele consegue traduzir conceitos complexos por meio de metáforas que tornam tudo mais claro e compreensível.

E o chamado à responsabilidade com a vida, frágil e rara, e com o planeta foi uma finalização perfeita!
Gostei demais!

Clube de leitura INEF/2023
5/5
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Cris.Aguiar 03/03/2023

Excelente
Apesar do tema estar ligado à astronomia e física, o pensamento por trás da ciência revela como pensamos nós, pessoas fora dos cálculos e experimentações.
E traz na descoberta das (possíveis) origens da vida, reflexões para nós e nossa futura geração.
O livro é instigante, cheio de bons conhecimentos, achei a escrita fácil e fluída.

RECOMENDO!

Clube de Leitura: INEF (isto não é filosofia) Fev/mar 2023
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Julia.Miquelini 15/02/2023

Criação imperfeita
Uma viagem ao mundo da física, as nossas questões elementares: como surgiu a vida? Etc.. de maneira didática e muito divertida.
Um viva a todas as assimetrias que nos fizeram estar aqui!
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Aurea25 17/01/2023

Muito bom
Gleiser como sempre didático e gentil. Ele aborda questões complexas de uma forma muito simples. Não concordo com todas as opiniões dele, mas ele explica todos os lados das questões antes de se posicionar. Muito gostoso de ler
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Izabella.Raposo 20/11/2022

O livro que me motivou à cursar física
Marcelo Gleiser mostra que a física é sim para todos através deste livro.

Com uma linguagem acessível, Marcelo explora diversos mistérios e teorias da física de forma quase poética. As premissas deste título são belíssimas: a ciência não prova a inexistência de Deus (seja lá qual for) e a natureza é regida pelas suas assimetrias.

Recomendo principalmente aos leigos que se interessam nos mistérios do universo.
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Isaah 14/03/2022

Mt bom, super me escrito, tudo explicado de uma maneira estremamente facil, exemplos, metaforas, explicaçoes detalhadas. Enfim... INCRIVEL
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Pamylla.Souza 27/05/2021

Somos imperfeitos
Criação Imperfeita é uma obra instigante do Astrofísico Marcelo Gleiser, que permite ao leitor, mesmo que leigo, entender e apreciar alguns dos mistérios que cercam o surgimento do Universo, da Terra e da vida em nosso planeta. A discussão vai além do científico e adentra o espaço da filosofia e mesmo da poesia.
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Didi 18/07/2019

Bom livro.
Mostra que somos poeira das estrelas, muito fruto do acaso e do caos. Uma série de assimetrias e imperfeições - também -contribuíram para o surgimento da vida na terra.
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Kaique.Nunes 25/03/2019

Criação Imperfeita é uma obra de Marcelo Gleiser, onde o físico propõe uma nova estética para a ciência: a imperfeição, a assimetria do universo.

Durante a maior parte de sua carreira, Gleiser foi um verdadeiro crente na unificação das leis da física, vendo na teoria das cordas uma descrição mais profunda da natureza com um nível mais alto de elegância e simetria matemática. Ele agora rejeita a busca por uma teoria perfeita, comparando tal desejo como algo próximo a crença em Deus, apenas um substituto para os físicos.

No processo criativo na qual se desenvolve as teorias científicas, muitos cientistas exteriorizam sua estética, a contemplação pela simetria, descrevendo a realidade a partir de partículas supersimétricas, teorias altamente elegantes com cordas e a união das forças fundamentai da física. Porém, será a realidade assim? Ou a simetria somos nós que criamos?

Gleiser diz que estamos adorando a musa errada, e que deveríamos mudar nosso senso estético para ouvir melhor a realidade. A busca por uma teoria de tudo é fundamentalmente equivocada: desequilíbrio, assimetria e imperfeição são os motores da criação. O autor explora as maiores irregularidades que possibilitaram nossa existência. A primeira ainda no início do universo, a disparidade entre partíula-antipartícula, se elas fossem na mesma proporção, não existiríamos, pois, quando interagem transformasse em fótons, e com isso não haveria a construção de átomos para a vida, apenas dispersão desses fótons.

Outra importante irregularidade é a mutação genética, que possibilita através da seleção natural a diversidade de espécies. Sem a irregularidade, a pequena assimetria, nada seria como é. E o autor nos lembra que a beleza não é aquilo que é simétrico, pois se seu rosto fosse as duas metades iguais, geraria muito estranhamento. E pequenos detalhes como uma pinta em um lado do rosto, pode ser um charme, aquela pequena irregularidade.


site: https://www.instagram.com/kaiquekhan/
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Shirlei.Stachin 26/06/2017

Criação Imperfeita
Neste livro, o autor desmonta um mito da ciência e da filosofia ocidentais - o de que a Natureza é regida pela perfeição. O autor contesta o discurso dos ateístas radicais, mostrando que a ciência não prova a inexistência de Deus.
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Isa 14/03/2016

Espetacular!
Até agora não achei palavras para descrever o que eu realmente achei desse livro. Claro, sou apaixonada por ciência, astronomia, cosmo, mas esse livro superou as minhas expectativas. É de fato um livro técnico nos primeiros capítulos, o que pode apresentar algum grau de dificuldade para o público leigo (ou iniciantes que querem se aprofundar no que se diz respeito à cosmologia), porém ele é bem descritivo. Marcelo Gleiser faz uma viagem pela história da astronomia, desde os primórdios até como caminha o avanço científico da humanidade, deixando claro as nossas limitações quanto aos instrumentos observacionais. Recomendo a leitura para todos os apaixonados pelo Cosmos e acima de tudo a vida, esta que, por enquanto aparenta estar apenas ao NOSSO alcance, em nosso pequeno e grandioso lar celeste.
Darlley Brito 03/05/2016minha estante
Esta em minha lista entre as próximas leituras... expectativa


Isa 04/05/2016minha estante
Esse livro é sensacional, vale muito a pena lê-lo!




Mannu 05/10/2015

Gleiser não cumpre a promessa de não se aprofundar nos conceitos de física, a fim de facilitar a leitura para leigos (como é o meu caso), o que torna o livro maçante. Apesar de tê-lo abandonado, tomo para mim a culpa; e o recomendo aos que conhecem ciência e sejam capazes de compreender, e, sobretudo, apreciar as reflexões deixada pelo Marcelo no decorrer dos capítulos.
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Elton 08/01/2014

Da formação do universo, passando pelo mundo das partículas subatômicas, pela quiralidade das biomoléculas e as inconstâncias da evolução biológica, a assimetria impera. Ela gera desequilíbrio, desequilíbrio gera transformação, transformação gera realização, a emergência da estrutura.

De forma brilhante Marcelo Gleiser expõe a história da ciência e a busca por uma teoria bela e única, capaz de explicar tudo. Ele, argumenta que a busca por esta não passa de ilusão criada por mentes provindas de séculos de cultura monoteísta.

O belo não é simétrico, o universo não foi feito para nós. Nem ao menos a vida existe pelo fato do universo ser propicio a ela. Somos todos acidentes, o início do cosmos, a formação da vida e sua evolução.
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