Morte de um dissidente

Morte de um dissidente Alex Goldfarb...




Resenhas - Morte de um dissidente


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Felipe Novaes 20/02/2022

Digno de um livro de Tom Clancy
O livro é um relato instigante dos eventos que resultaram na morte do ex-KGB Alexander Litvinenko. Para contar os detalhes da trama, como num livro de John Le Carré ou Tom Clancy, Goldfarb nos leva de volta à dissolução do império soviético, passando pela guerra na Chechênia, até o início dos anos 2000, com um Putin já empossado, com a missão de recuperar o moral de um povo e de um país humilhados (onde já vimos uma história parecida com essa, hein?).

O resumo da história é o seguinte. O fim da URSS acabou com a opressão, deu fim boa ditadores sanguinários e nos campos de trabalhos forçados, mas a democratização de um estado toralitario de 70 anos de idade não ocorre sem trauma. A privatização se deu de maneira caótica, criando magnatas do capital privado que disputavam a compra de estatais junto com figurões comunistas (até mesmo membros da KGB). Nesse contexto, surge o judeu milionário Boris Berezovski, que sofreu várias tentativas de assassinato. Boris tem papel central na história de Alex, assim como na de Putin. Ele é a figura que interliga os dois, como você perceberá apreciando esse livro incrível.

No meio disso, estoura a guerra na Chechênia, que luta para se manter livre dos tentáculos russos. Litvinenko descobre uma verdade terrível em meio a esse conflito. A denúncia para seus superiores só traz à superfície um esquema de corrupção mais podre ainda, envolvendo o algo escalão do governo russo, especialmente Putin. A partir daí a vida do agente nunca mais será a mesma, nem a sua bem a de sua família.

Esse livro não é apenas uma boa história de ação, intriga política e espionagem. É também uma revelação do ethos russo, de um país que nunca foi uma democracia legítima e que provavelmente não o será tão cedo, seja por seu ethos, seja pelos grilhões de poderosos como o então presidente Putin, que não é exatamente um comunista ou um fascista, mas um autocrata interessado em transformar o aparato estatal num membro de seu próprio corpo, motivado pela recuperação do orgulho nacional.
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Hyori 05/02/2024

A morte de um Dissidente
Livro mto legal e bem dinâmico por incrível que pareça
Claro que trata da política sob o ponto de vista de um inimigo de Putin
Política é política, não dá p levar nada falado por nenhum dos lados como verdade absoluta
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Evy 02/01/2018

Uma biografia revoltante de como funciona a política na Rússia
Não vou me ater à vida e morte de Litvinenko, para isso sugiro a leitura do livro, que traz além de detalhes dos últimos meses de vida de Alexander Litvinenko um pouco sobre o magnata russo Boris Berezovsky e da jornalista Anna Politkovskaia ambos mortos em circunstâncias suspeitas e tem como principal suspeito do assassinato o presidente Vladimir Putin.

Um breve relato...
"Alexander Litvinenko foi um agente da FSB (antiga KGB) que foi hospitalizado em 1º de novembro de 2006, falecendo três semanas depois devido à contaminação por Polônio-210, um isótopo radiativo altamente tóxico. Ferrenho opositor de seus superiores, principalmente do presidente Vladimir Putin, Litvinenko fez graves denuncias ao governo de Putin, como os supostos atentados a bomba realizada pela FSB com o intuito de justificar a invasão militar na Chechênia que resultou na Segunda Guerra Chechena."

Como em todo país comunista, socialista ou que viva sobre um regime de ditadura, oposição ao governo não é bem visto, e o Putin nem era presidente quando Litvinenko denunciou os abusos da FSB à imprensa. Lembro-me de ver a matéria no Jornal Nacional, um Litvinenko pálido e moribundo em seu leito de morte acusando o então presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, de ter orquestrado sua tentativa de assassinato, além de ter forjado os atentados a bomba a Moscou que levaram a Segunda Guerra Chechena e do assassinato da jornalista Anna Politkovskaia. Sasha (como era chamado pelos amigos e familiares) colaborava com o MI-6, Agência Britânica de Inteligência, esclarecendo os pontos obscuros da guerra chechena, os misteriosos assassinatos de opositores políticos e de jornalistas críticos ao governo de Putin.
Em 21 janeiro 2016 o relatório de apuração britânico, disse ser provável que Putin tenha dado o aval ao envenenamento de Litvinenko, em parte por "antagonismo" pessoal entre os dois. O relatório também pediu a extradição de Andrei Lugovoi, um ex-guarda-costas do Kremlin, acusado de envenenar Litvinenko. A extradição foi negada pelo Kremlin.
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Carlos.Eduardo 03/05/2018

A morte de um ex-agente da KGB
O livro narra histórias terrivelmente assustadoras que vão desde a supressão de liberdades individuais em território nacional, até o suposto assassinato político de Sacha em território estrangeiro. É importante observar sempre que o texto foi escrito de acordo com um ponto de vista bem específico da atual história política da Rússia, e Boris Berezovsky, um dos oligarcas que teve papel fundamental em toda situação, permanece com um histórico de vida muito controvertido em diversos aspectos de todos os incidentes narrados.
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Gabi 26/02/2020

Ascenção de Putin
Além de narrar os dias que antecederam a morte de Sasha, o livro dá um panorama muito legal sobre a ascenção de Vladimir Putin - inclusive quem o ajudou a chegar ao poder.
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RNA 25/05/2023

Para entender melhor o serviço secreto russo
Ótimo livro, muito interessante a vida do dissidente russo ex KGB, passando pelo periodo da Rússia pós URSS até chegar ao governo Putin, o que mais me impactou foi os metodos de "cancelamento" que o FSB usa contra seus inimigos.
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