Larissa Vascore 13/07/2021
Aru Shah e a Canção da Morte - Roshani Chokshi
Aru Shah e a canção da morte é o segundo volume da Saga Pândavas e na minha opinião, é melhor que o primeiro.
O arco de Kamadeva, o deus do amor, foi roubado e as Pândavas estão sendo acusadas. Elas têm dez dias para provarem que são inocentes ou serão banidas do Outromundo e terão suas memórias apagadas. E Buu, seu mentor, está preso por suspeita de ser aliado de Sono, um demônio que quer destruir o mundo. Mas Aru e Mini não estarão sozinhas, Brynne e Aiden irão nessa missão com elas.
Logo no começo vemos a Aru muito mais orgulhosa de ser uma Pândava, no entanto ela fica completamente insegura quando Brynne, a terceira irmã Pândava, aparece.
Brynne ao contrário de Aru e Mini, treina no Outromundo há anos. E faz muito mais o estereótipo de uma heroína, entretanto, Brynne também tem seus fantasmas. Toda essa pose de durona dela é apenas uma fachada para esconder a fragilidade que possui pelo abandono da mãe e o preconceito por ter ascendência asura, uma espécie de demônio.
Já Aiden, além de ser o vizinho da frente da Aru, é o filho da famosa ex-apsara Malini. Ele sofre ao ver os pais se divorciando e se pergunta se para a mãe valeu a pena ter desistido do Outromundo para se casar com um mortal.
Sobre o desenvolvimento do livro, achei a Aru muito burra. Ela não percebeu coisas que estavam bem diante do nariz dela. E a tentativa de mostrar que tinha tanta intimidade com Mini quanto Brynne e Aiden tinham entre si, foi ridícula, isso só fez a Aru passar vergonha.
Durante a missão teve vários momentos em que um tentava mostrar ao outro que era melhor. Além de a culpa ser jogada de um para o outro. Apesar disso, também notei um bom desenvolvimento entre os personagens que de alguma forma se encaixaram e vieram a trabalhar em harmonia.
Os vilões desse livro são basicamente pessoas que sofreram injustiças e que não reagiram bem a isso. Takshaka quer vingança pela família que perdeu há milênios por culpa de Arjuna, que por acaso foi a encarnação de Aru no passado. Já Meenakshi sofreu várias injustiças, desde ter o marido assassinado pelo próprio irmão até receber a culpa por uma guerra.
Nessa parte fala de como as histórias sempre têm dois lados. O poema clássico hindu Ramayana chama Meenakshi de Surpanakha e a descreve como um demônio horrível, e com o passar do tempo ela começou a tomar a aparência com que foi descrita. Desesperada para voltar a sua verdadeira forma e mostrar a sua história, ela foi em busca do elixir da imortalidade, mesmo que para isso tivesse que destruir tudo em seu caminho.
Sinceramente, fiquei com pena da Meenakshi. Ninguém nunca quis ouvir o lado dela e apenas a julgaram. Quantos de nós podemos dizer que não tomaríamos medidas drásticas nessa situação?
Falando em histórias com dois lados... Quem poderia imaginar que Aiden também era um Pândava? Bem, não pelo sangue, mas pelo casamento. Sim, ele possui a alma da esposa dos cinco irmãos Pândavas, Draupadi. Mas eu acho que ele tem muito mais química com a Aru.
Bem, estou completamente ansiosa pelo próximo livro que infelizmente ainda não tem em português.
Bjinhos
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