Feminismo materno

Feminismo materno Nathalia Fernandesn




Resenhas - Feminismo materno


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Geisalanis 31/12/2022

Em alguns momentos achei que não ia gostar do livro. Em muitos momentos me identifiquei 100%. Não concordo com todas as posições da autora mas acho o tema e a escrita muito relevantes. Ser mulher não é fácil. Ser mulher e mãe Tb não. Ser mulher, mãe e querer trabalhar ou estudar parece uma fórmula impossível. É sobre isso que trata o livro
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Mary Manzolli 15/09/2021

Necessário não só para as mães.
Nesta obra, Nathália Fernandes, relata sua experiência pessoal em equilibrar os pratinhos da maternidade e do trabalho, e sobre sua decisão de interromper sua carreira de quase 20 anos como jornalista, para se dedicar à educação da filha Sofia.

Com profundidade, dados e muita pesquisa, abre inúmeros questionamentos sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres, após a maternidade, em razão dos padrões inflexíveis de trabalho oferecidos pelo mercado, impedindo que se concilie carreira com o desenvolvimento da criança.

De forma honesta e bem fundamentada reflete sobre a realidade de uma sociedade que não pensa na profissional que decide exercer a maternidade. Sendo submetidas a um modelo de trabalho rígido e inflexível, criado por homens e para homens, pautados, na maior parte das vezes num trabalho presencial desnecessário e pouco produtivo, muitas mulheres altamente qualificadas têm abandonado seus postos de trabalho para poderem se dedicar aos filhos.

Nathália expõe a experiência positiva de outros países que possibilitam uma autonomia maior de trabalho para pessoas com filhos e demonstra como os modelos atuais estão ultrapassados e são pouco rentáveis para as empresas em se tratando de produtividade e geração de negócios.

Um assunto muito complexo que não envolve apenas a decisão da mulher de deixar a profissão, mas também os impactos financeiros e de auto estima, além da carga psicológica em lidar com os julgamentos e imposições de uma sociedade que, enquanto oprime mulheres para que se encaixem em modelos de trabalho muitas vezes impossíveis para a realidade de uma mãe, também faz com que se sintam fracassadas quando se veem obrigadas a deixar de lado suas carreiras; e quando se sacrificam para se manterem no mercado de trabalho, na maioria das vezes, se veem usando dos privilégios de renda e classe para submeter outras mulheres/mães à situações semelhantes de afastamento de seus filhos, alimentando um circulo vicioso que, exige repensarmos e reagirmos, para que seja, finalmente, quebrado e uma nova realidade mais justa se instale.

Me senti muito representada pois assim como a autora, também venho de um contexto social permeado de privilégios de cor, renda, classe e acesso a educação, que me moldaram e me influenciaram por toda a vida, a ser bem sucedida, a ter uma carreira, um bom emprego e independência financeira e, ainda assim a minha ascensão profissional foi, drasticamente, interrompida após o nascimento da minha filha, e muito por questões de oportunidades em que, nesta realidade de mãe que quer estar pertinho da cria, eu não mais cabia.

Leitura indicada não apenas para as mulheres mães, mas também para as mulheres amigas de mulheres mães, para homens companheiros de mulheres mães, homens e mulheres colegas de trabalho de mulheres mães, homens e mulheres chefes de mulheres mães.

Instagram: @marymanzolli
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