Polly 20/03/2024
O Retorno do Rei: foi difícil chegar ao final (#201)
Chegando ao final dessa aventura menos feliz do que eu esperava chegar. Para mim, há dois Tolkiens, um que nos conta a história dos hobbits, com um toque de bom humor e leveza (apesar dos pesares), e outro que nos conta as ações épicas dos homens e elfos. Adoro o primeiro Tolkien, ele é leve, assume uma narrativa com um tom infantil. O segundo me entedia, conta a história em tom épico e pitoresco, uma visão bem masculina da realidade, que não faz muito sentido pra mim. Talvez, eu só não seja o público alvo desse Tolkien. E tudo certo. Mas não tenho como negar que o Tolkien épico me faz revirar os olhos de tédio. Ah, isso não posso fazer.
Quase deixei de lado de vez o fim da história, pois o primeiro terço do livro é só descrição de batalha e de donzelas insubordinadas, que precisam ser coladas em seu lugar. Recomecei o livro uma vez mais, mas não adiantou muito. Descrição de batalhas faz meu cérebro funcionar como o meme do Jonh Travolta. Fico perdidinha, pois não tenho interesse. Então, só aceitei que não precisava absorver tudo e cheguei finalmente à parte que me interessava: Sam e Frodo. Embora eu tenha achado que Tolkien deu uma resolução rápida para a destruição do Um Anel, a narrativa a partir dali, fica bem mais agradável. Tolkien falando sobre hobbits é meu docinho de coco. A volta pra casa e a retomada do Condado é a cereja do bolo. Mesmo tendo cenas de batalhas, o tom da narrativa é diferente.
O final, tenho que dizer, não foi muito agradável para mim. Coitado de Frodo, merecia um final melhor. Enfim, Tolkien devia ter escrito muito mais sobre hobbits.