A Relíquia

A Relíquia Eça de Queiroz
Marcatti




Resenhas - A Relíquia


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Aa 21/09/2017

Que maçada!
Que Eça é excelente escritor não há dúvida; qualquer mérito literário que queira-se dar ao homem é justificada pelo peso da obra, e A Relíquia entra para a lista, talvez como a maior façanha do escritor. Longo e extremamente descritivo (como o resto da obra de Eça), tem também seus prazeres, e inclusive bastante comicidade.

Isso não escusa de modo algum, no entanto, aquela lenga-lenga anti-clerical de boa parte dos realistas, com o ranço iluminista (que não verdade é obscurantista) de ataque à fé tradicional do povo. Eça crê-se conhecer melhor a religião que São Tomás de Aquino, e o mesmo fazem vários de seus contemporâneos. Felizmente essa praga não veio com força para o Brasil, com o realismo triunfal do Machadão, onde apenas o pedante acha erros.

Quero ver como será agora, com A Relíquia como literatura obrigatória da Fuvest: como será que os jovens, cada vez mais dedicados neste ressurgimento repentino da fé cristã, impulsionada pelo evangelicalismo, reagirão a uma obra que pode ser tomada como ofensiva por muitos? Ao menos teremos debates interessantes na sala de aula, para aqueles que ousarem ler algo além do resumo.
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Tecocesar 23/05/2017

Excelente
Acho que tudo mundo já conheceu alguém como o Raposão, protagonista da trama. Alguém que finge ser o que não é para ter benefícios. Isso me lembra muito um colega evangélico que era diretor de secretária em uma vara aqui de Fortaleza-CE. O juiz era católico e devoto de Maria. Antes de começar os trabalhos da vara o juiz fazia com que todos dessem as mãos e rezassem uma ave Maria. Meu colega era quem puxava a reza. Ele nunca me disse, mas sempre o imaginei sendo o que cerrava os olhos mais fortemente, ou o que apertava as mãos mais firmemente. Raposão é uma dessas figuras. Sempre se mostrando quem não é para obter o apreço de sua tia e garantir parte da herança. Confesso que no meio do livro há uma estória paralela que achei chata no começo, mas porque não entendi direito. Essa mesma estória têm um fecho brilhante. Enfim, um ótimo livro que me faz pensar sobre onde chegariam todos os "Raposões" que eu conheço se tomassem a mesma atitude do protagonista.
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Kleber Rafael 31/10/2016

Primeiro livro que li do Eça, confesso que fiquei decepcionado. O livro começa bem interessante e o personagem do "Raposão" logo no inicio da história já se torna cativante, e cai na graça do leitor... Mas a partir do momento da viagem a Jerusalém, e a imaginação do personagem achando que está vivendo na mesma época de Jesus Cristo acabam tornando o livro altamente cansativo. Arrastei com a leitura para conseguir chegar até o final, e por surpresa o final foi muito bom. Apesar da decepção com esse livro, ainda assim quero ler o Crime do Padre Amaro do mesmo autor. A Relíquia tem uma legião de adoradores. Eu não recomendaria, mas se você tiver paciência e persistência de uma chance.
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Roberto Petrúcio 14/10/2016

Sátira e devoção
Bom livro do genial Eça, mas não se compara a "Os Maias", "O primo Basílio" e "o Crime do padre Amaro". Começa extremamente satírico, condenando a beatice caturra. Depois, imaginariamente, o narrador vive a época de Jesus Cristo, e descreve Sua Paixão.
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Mad28 01/08/2015

A Relíquia - Resenha
Eu esperava muito deste livro e fui completamente dececionada.
O livro gira em torno de Teodorico Raposo, que vive com a sua tia, uma mulher irritante e demasiado devota que considera tudo pecado.
Mas pior do que a tia, é o Teodorico, que é tão manipulador que se torna desprezível. Pois ele passa o livro todo a dizer que a tia nunca mais morre e que ele está muito ansioso que isso aconteça, mas em frente à tia ele quase que parece um padre.
Além disto, ele apaixona-se depressa de mais, e quando se apaixona parece que não vê mais nada nem ninguém à frente.
O livro no geral não tem uma história que realmente vicie ou faça uma pessoa querer saber mais, na verdade, é uma história bastante chata e eu arrastei o livro imenso tempo.
Gostei sim do final, mas o resto do livro foi muito mau.
Sendo que eu já li os Maias do mesmo autor, neste livro ele parece um autor mais envelhecido e mais aborrecido, não há tanta ação, é um livro que arrasta muito.
Não é um livro que eu realmente recomendaria, mas imensa gente adora o livro, então podem sempre lhe dar uma chance.
Resenha completa e frases/quotes no site a seguir

site: http://presa-nas-palavras.blogspot.pt/2015/08/a-reliquia-resenha.html
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Luciano Luíz 09/08/2014

A RELÍQUIA é um bom livro.
Na verdade, chega a ser ótimo.
Não sou fã de EÇA DE QUEIRÓS, mas este título tem narrativa e enredo genial.

Apenas o meio da estória, se torna um tanto chato, mas depois, volta ao normal.

A religiosidade exposta de uma maneira divertida e inteligente.
Fazendo o protagonista passar por uma experiência e tanto.

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Mirian 05/06/2014

A Relíquia
Com uma insuspeita verve satírica, A Relíquia é um dos mais importantes romances do escritor português Eça de Queiroz. Realista do final do século XIX, Queiroz foi um dos mais importantes escritores da língua portuguesa, autor de livros como Os Maias e O Crime do Padre Amaro. Em A Relíquia (publicado originalmente no jornal brasileiro Gazeta de Notícias, em 1887 - há 120 anos), Queiroz une ironia a um profundo anticlericalismo para criticar o exacerbado catolicismo português. Clássico de literatura colegial, A Relíquia também está na lista de inúmeros vestibulares, da Unicamp à Universidade Federal do Maranhão.

O Autor:
Há 30 anos desenhando HQs, o paulistano Marcatti é um dos mais respeitados artistas do quadrinho underground no Brasil. Em sua adaptação para A Relíquia, Marcatti (autor de Mariposa, pela Conrad) mantém seu extraordinário traço cômico-sarcástico, abandonado um pouco os temas escatológicos para produzir uma fiel versão da obra de Eça, trazendo para os quadrinhos todas as características da Portugal do século XIX, do fervor religioso à arquitetura lusitana - dando vida a uma colaboração inusitada que atravessa os tempos, complementando a ironia e o sotaque português de Queiroz com o talento e o humor perspicaz do quadrinista.
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Freignan 23/04/2014

a relíquia de Eça de Queiróz é um clássico da literatura portuguesa do século XIX. conta a história de Teodorico um jovem que foi criado por sua tia Patrocínio, uma mulher idosa religiosíssima e muito rigorosa. ele se forma consegue estudar no em Lisboa mas ao voltar vive como um sangue-suga da sua tia.para conseguir uma parte na herança começa a fingir que é um grande devoto de Jesus e das suas confrarias. mas ao sair dos seus compromissos religiosos passava a frequentar um bordel e lá se apaixona por uma rapariga. mas ao descobrir que também foi traído decide empreender uma viagem à terra santa com o intuito de encontrar novas raparigas durante a viagem nas cidades em que passar, e de subir de escalão na estima da sua tia.
Ao chegar no Egito conhece outra rapariga e se apaixona por ela, ao se despedir ela lhe dá uma camisola como presente de recordação e a guarda com todo afinco. também durante essa viagem conhece um grande doutor chamado Topsius, que está também em peregrinação à cidade santa com uma caravana de estudos. será como se fosse o seu mestre que irá lhe esclarecendo as coisas durante toda a viagem.
ao chegar na Terra santa, o enredo da história passa a ser contada como na época de Jesus, mas precisamente durante o seu julgamento e condenação. os personagens dessa história passam a acompanhar passo a passo o desenrolar da história.
Ao final de tudo, como se fosse um sonho eles voltam à sua época de origem e findam a sua viagem com a coleta de algumas relíquias, para dessa forma, conquistar a confiança e o respeito da sua tia. para relíquia escolhe uma "coroa de espinhos" de Jesus. ao voltar sente-se confiante com o presente e com isso iria conseguir toda a herança da sua tia, mas por ironia do destino troca a caixa dos presentes, e ao descobrir toda a sua trama sua tia que não suportava rabo de saia o expulsa de sua casa.
Por fim,passa a morar na rua, e como sustento temporário passa a vender as relíquias trazidas da terra santa. mas eram tantas que aos poucos foram sendo desvalorizada.
Ao ficar na pior, acaba encontrando um velho amigo, que lhe oferece um emprego no cartório de seu pai. a partir daí sua vida começa a melhorar,se estrutura e até se casa.
Esse romance põe em cheque a tradição daquela época, por que meio que faz uma crítica ao modo de pensar e aos seus paradigmas. ótima leitura!!
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Fecancio 03/03/2014

Bom
Não é o melhor livro do autor mas é bem interessante
Rouse Marx 13/05/2015minha estante
Ótima resenha!!!




Sebastian 17/11/2013

Bom...
O livro poderia ser um conto, talvez, no máximo, uma novela. As aventuras de Teodorico e sua missão de agradar à sua "querida" tia Titi, de quem espera receber a herança, são divertidas.

No entanto, assim como fez Victor Hugo em "Trabalhadores do mar", o Livro tem seu "miolo" narrando a viagem de Teodorico a Jerusalém, e que ocupa mais da metade do romance.

Bem escrito, como não podia deixar de ser, com um rico vocabulário, mas com o terceiro e quarto capítulos (o livro tem cinco) um pouco cansativos, retomando seu ritmo no final.

Por isso avalio em três estrelas.
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Egídio Pizarro 30/10/2012

A história é ótima - menos na parte da peregrinação do Teodorico. Ali foi muito sacal e eu não via a hora de terminar o livro para partir pra outro.

Ainda bem que continuei, porque quando o enredo "continua", volta a ser um livro muito bom.
Cristiano 22/11/2013minha estante
Estou nessa parte e também dei uma parada,pois está muito maçante a leitura.




Pereira 28/08/2012

Céu e Inferno
Consiguimos enganar alguém durante certo tempo, mas não conseguimos enganar todo mundo durante o tempo todo. De acordo com esse provérbio baseia-se essa estória fascinante criada por Eça de Queiroz. Querendo tornar-se rico através de uma futura herança, o protagonista embrenha-se em uma odisseia religiosa através de Jerusalém e Egito, tentando agradar sua carola tia. Como todo ser humano, durante sua jornada, depara-se com a situação mais crítica no caminho de um homem: sexo. Tenta corrigir o erro com outro: mentira. Consegue fazer uma viagem maravilhosa e uma chegada triunfal. Entretanto o desenrolar da estória não é tão favorável para a personagem principal. Assim como "O Crime do Padre Amaro", tem como pano de fundo o mundo religioso que é tão presente em Portugal. Não é uma estória tão trágica, mas é muito dinâmica e verossímil. Apesar de ter pernas curtas, a mentira pode atravessar continentes.
Marta Skoober 23/02/2013minha estante
Sugestiva e instigante a sua resenha. Muito bom!




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