Aline Teodosio @leituras.da.aline 09/09/2023
Neste romance, acompanhamos o relato de uma jovem que foi julgada e condenada na inquisição por supostas práticas de bruxaria.
O romance publicado pela primeira vez no século XIX como se fosse um documento verídico do século XII, foi levado a sério durante muito tempo pela Igreja, até que seu autor resolveu revelar que era apenas ficção, sofrendo, assim, duras críticas e sendo condenado ao ostracismo.
Na verdade, o que temos nestas páginas são críticas ferrenhas à Igreja, onde o autor mostra como era fácil "fazer" uma bruxa valendo-se da fé, do medo e do misticismo. É considerado um romance maldito justamente por mostrar toda a corrupção que havia por trás daqueles que eram considerados os cidadãos justos e de bem. Os que julgavam eram os que mais tinham podridão a esconder. Qualquer semelhança com a realidade, não é mera coincidência.
Achei uma leitura interessante, porém, bastante enfadonha e nada fluida. Demorei séculos para concluir, mas por ser um livro raro de narrativa de bruxas que traz diversos fatos históricos do que realmente aconteceu na época, valeu a pena prosseguir até o final.