A Escrava Isaura

A Escrava Isaura Bernardo Guimarães




Resenhas - A escrava Isaura


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cherryliam 26/12/2023

A ''''''''''''''''Escrava'''''''''''''''' Isaura
Uau. Fazia um tempo que eu não lia um livro tão polêmico e que fosse digno de uma nota tão baixa ao meu olhar.
Ler este livro foi como ter alguém jogando cloro nos meu olhos a cada minuto, e não se preocupem que eu vou detalhar o porquê.
Introduzindo brevemente a narrativa, ''A Escrava Isaura'' é uma obra nacional de Bernardo Guimarães e se passa entre a época do regime escravocrata. Inicialmente somos apresentados a protagonista Isaura e somos informados sobre seu passado, a casa onde trabalha e as pessoas com quem convive.
Nisso descobrimos que Isaura é uma escrava branca, pois é resultado de uma miscigenação entre uma mulher preta que era escrava e um rapaz livre branco. É aqui que toda a polêmica do livro começa.
Isaura, por conta de sua cor privilegiada, não é tratada como uma escrava e sim acaba sendo ''adotada'' por sua senhora quando acaba de nascer e recebe uma boa educação e aprende todos os modos de uma senhora privilegiada.
O meu maior problema com esse livro é a mentira que ele tenta fazer você acreditar que é, Isaura sofre como escrava.
E não, ela não sofre como uma escrava. Enquanto Isaura estava dentro da casa de seus senhorios tocando piano e ajudando sua senhora a se vestir, as escravas pretas estavam em lavouras e senzalas sendo torturadas, estupradas, mal alimentadas e tratadas como animais.
Eu não vou dizer que Isaura não sofre, porque ela sofre sim, eu assumo. A cada página essa mulher é assediada e vítima de predadores sexuais, mas isso não muda o fato de que ela não sofreu nem um terço do que uma escrava preta.
Ao longo de todo esse livro Isaura é pintada como um anjo que infelizmente caiu nas garras da escravidão, mas todas as vezes em que alguém insinua isso a palavra branca sempre vem acompanhada, ou seja, dá a entender que Isaura só é merecedora de liberdade porque é branca e ''não merecia ser escrava'' porque gente de sua cor não foi feita para isso.
Ódio, nojo, repulsa, foi tudo que eu senti lendo essas atrocidades.
Esse livro só recebeu essas estrelas de minha parte porque eu não nego que gostei da escrita e achei a narrativa em si muito bem estruturada, além de que o livro possui uma quebra de quarta parede que achei muito bem feita e bem colocada.
Porém a história em si, me decepcionou e muito e me faz pensar que quem lê esse livro e não consegue enxergar o racismo forte que tem aqui precisa estudar mais e afinar o olhar para detectar essa situações, assim não vai espalhar por aí, como certas pessoas, que ''racismo não existe mais''.
Não recomendo nem que me paguem e me arrependo amargamente da leitura.
Eu te amo literatura nacional, mas com livros como este não tem como lhe defender.
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mazuchini 31/05/2023

A Escrava Isaura
Q livro incrível! tinha assistido a novela ?escrava mãe? com a minha mãe, e fiquei louca para ler o livro continuação. o final foi mto bom, mostra o egoísmo presente nas pessoas de uma forma louca ! o desenvolvimento da história é perfeito, mostra todos os detalhes e emoções, fazendo com que o leitor possa sentir a dor dos personagens.
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MargoRS2905 25/07/2022

Uma leitura fácil e bem dinâmica que você lê em poucos dias, com várias reviravoltas que te prendem ao longo do livro
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Gladstonier 03/07/2022

Brilhante
Leitura um pouco difícil a princípio, já que a obra possui muitas palavras que entraram em desuso. Mas depois de poucas páginas se acostuma com essas palavras e a leitura se torna fluida. É uma obra impressionante para a época, mesmo numa sociedade onde a escravidão era normal, nota-se uma visão muito moderna sobre os direitos às liberdades individuais. Não gosto de me colocar como juiz de pessoas de outras épocas, visto que é muito raro alguém conseguir enxergar convenções sociais como injustas, ainda que sejam, talvez em 200 anos várias coisas normais hoje sejam consideradas desumanas, algumas com razão. Na obra há uma exaltação do fenótipo branco, o que o leitor deve se atentar para não reproduzí-lo, mas não critico o autor pelas razões expostas acima. A história é muito boa, é um romance curto, mas com altos e baixos interessantes. Uma história simples e por vezes óbvia, mas que mexe com a curiosidade e com as emoções do leitor. Recomendo muito a leitura. Uma obra abolicionista escrita numa sociedade escravocrata merece a devida atenção.
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Thali 19/03/2022

É uma leitura gostosa (apesar das palavras que não são do nosso cotidiano), mesmo conhecendo a história ela te cativa.
Da vontade de ler tudo em um único dia pra "acabar" logo com o sofrimento da coitada Isaura.
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Teresinha 06/01/2022

Fácil leitura
Essa versão da Escrava Isaura é mais leve e possui ótimos comentários do autor, o que acaba contribuindo para uma fácil interpretação e entendimento da história.
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Lucas.Augustinho 08/11/2021

Bom livro. Tranquilo de ler, mesmo com a linguagem coloquial normal para época que foi escrito. Vale a pena leitura.
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Giovanna1099 02/10/2021

A ESCRAVA ISAURA
Fechando minha meta com chave de ouro, um clássico da literatura brasileira, tratando de assuntos importantíssimos com aquele toque da história intrigante q eu gosto. Não é muito o meu estilo de leitura o romance histórico mas com certeza acho uma leitura valida e importante.
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JL Marcal 26/09/2021

Um clássico brasileiro
Gostei bastante de ler esse livro. Um livro que coloca você a questionar o quão ruim pode ser a escravidão. Uma boa leitura de um clássico brasileiro. Recomendo muito!!!!
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DeboraCatanante 22/09/2021

Talvez meu romance romântico brasileiro preferido
Quase todo mundo já ouviu a história da escrava branca que recebeu a educação de uma nobre.

Isaura nasceu do fruto do amor de sua mãe escrava com um português que era criado.
A dona da fazenda criou Isaura como sua filha, porém morreu antes de libertá-la e lhe deixar parte de sua fortuna. Com sua morte, Isaura saí do céu para inferno com Leôncio, filho e herdeiro da fazenda, que nutre uma paixão doentia pela escrava.

Apesar da idealização da mulher e do amor perfeito, gostei muito de um livro romântico trazer críticas à escravatura e à visão da sociedade da época.
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Miriam172 24/08/2021

Muito bom!
O livro não é nada enrolado, ao contrário... vai acontecendo uma coisa atrás da outra, sem parar, até chegar no final. Talvez fiquei com essa sensação porque antes desse, li O Guarani, que achei extremamente enrolado.
Em Escrava Isaura é o contrário, as coisas vão acontecendo sem delongas. Gostei bastante, principalmente porque várias vezes a gente fica sem saber como que o autor vai sair daquela situação e ele sai de uma maneira bem plausível!
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Mariana 04/08/2021

Fui pega de surpresa
Quando eu peguei esse livro para começar a ler fiquei um pouco preocupada, imaginei que provavelmente teria problemas para terminá-lo justamente pela temática abordada. Mas ainda fico surpresa em pensar em como me senti envolvida pela história escrita nessa livro e também sobre o que acontecia no Brasil quando ele foi lançado.
Tudo começa numa fazenda do Rio de Janeiro, onde Isaura mora. Por ser filha de uma mulher escravizada, ela acaba ficando presa naquele lugar como “propriedade” do dono da fazenda, que por sinal foi o grande causador da morte da mãe de Isaura, já que ele descobriu o romance dela com o feitor Miguel. Vale ressaltar que o comendador só tem essa implicância toda com a mãe de Isaura pois ela foi forte a se recusar aceitar que ele a abusasse.
Lembro que fiquei horrorizada de como a mulher do comendador vê Isaura recém nascida como um presente de deus para ela, isso foi logo depois que o marido mandou castigarem a mãe de Isaura causando sua morte. Ela simplesmente pega a menina e começa a tratá-la como uma “filha” que nunca tivera, dando-lhe oportunidades de aprender diversas coisas, mas nunca lhe dando a liberdade pois a queria para lhe fazer companhia em sua velhice.
O filho do casal, Leôncio, é um homem cruel. Em diversos momentos ele tenta “conquistar” Isaura, afirmando diversas vezes que ela fez ele sentir algo que nunca havia sentido antes. Aliás, todos os personagens masculinos se sentem assim por Isaura, que se ela aceitasse o amor deles eles poderiam lhe dar a liberdade.
Graças aos esforços de Miguel, eles fogem para Recife e tentam viver no anonimato, é óbvio que lá também teria outro personagem para se apaixonar pela Isaura: o Álvaro, moço bom, rico e abolicionista.
Acontecem mais algumas coisas, mas o mais importante que eu preciso destacar aqui é a época em que esse livro foi escrito: 1875. No Brasil já vinha acontecendo campanhas abolicionistas e apesar de no livro não ter abordado muito a respeito disso, fica claro que o grande herói da história era um abolicionista e que provavelmente deve ter gerado polêmica na época da publicação. Talvez seja por isso que a Isaura no livro tem a pele branca, para que as pessoas tivessem curiosidade em ler.
Não posso negar que tem muitas falas e situações desagradáveis, como a quantidade de vezes que a beleza de Isaura é ressaltada constantemente e em seguida sempre afirmavam que por isso ela deveria ser liberta, e como sempre falam o quanto ela teve sorte por ter aquele tom de pele, o que de fato faz a gente pensar que tudo que Isaura teve a oportunidade de ter provavelmente foi por ela ter a pele branca.
Alguns termos racistas, como “mulata”, sempre apareciam principalmente na hora de falar sobre a mãe de Isaura, o que era desconfortável. Obviamente teve muitos outros que não colocarei aqui. Falas da Malvina, do André, e de muitos outros que me deixarem indignada e inquieta.
Gostei do livro por me transportar para um Brasil que existiu anos atrás, me lembrando que a humanidade sempre foi desagradável como até hoje é. Acho uma leitura válida para quem se interessa pela literatura nacional, mas é necessário levar em conta que aborda um acontecimento real e que foi escrito numa época onde o abolicionismo ainda estava ganhando forças. Não podemos cobrar um posicionamento igual ao nosso, já que vivemos em épocas diferentes. Devemos cobrar de pessoas que vivem no atual Brasil, que elas aprendam a não repetir os erros de um passado desumano e cruel.


site: https://www.instagram.com/quandoanoitecaiblog/
Ana Luiza 06/08/2021minha estante
Ótima resenha :)


Mariana 06/08/2021minha estante
Obrigada ?




Luana 23/07/2021

Um marco do movimento abolicionista no Brasil!

A forma como o autor conta o agora e depois o desenrolar que se deu para chegar no agora me manteve 100% atenta no livro.
Fico muito impactada com como Isaura é humilde e inocente mesmo sendo elogiada e paparicada a todo momento, difícil de acreditar mas se explica por ela ter bem nítido que é uma escrava.
Acho muito engraçado como nos romances de época o mocinho e a mocinha se apaixonam só de se olhar kkkkkkkkk
Em nenhum momento eu esperava por esse final, já estava conformada com o pobre destino de Isaura.
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Sr. Alves 27/06/2021

A Escrava Isaura
No período da escravidão, uma pobre e indefesa escrava sofria injúrias por parte de seu senhor, essa era Isaura, uma moça de pele clara, lindas feições e bondoso coração, era mais uma vítima da cruel face da escravidão. Filha do bondoso feitor Miguel, Isaura era presa por Leôncio, que detinha sua posse, herdada de seus pais e este tentava a todo custo possuí-la. Em meio as torturas e pressões de Leôncio, Isaura não perde a bondade e o coração puros que lhe são características.

A Escrava Isaura é um romance de época, que possui uma linguagem clássica e coloquial, contudo, o enredo é interessante e traz desfechos inusitados. Particularmente, eu que vi a adaptação para novela, tive excelentes surpresas por parte do livro. O autor Bernardo Guimarães conseguiu deixar sua marca através do tempo.

Sr. Alves
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