Cal 14/12/2010
BOAS LIÇÕES
Sabe quando você viaja e resolve trazer uma lembrança? Sei lá, camisa, boné, treco de decorar...enfim, são várias as opções... já colecionei essas coisas, mas de uns tempos para cá, tenho preferido trazer livros. Foi assim que comprei “Os Caminhos de Mandela: Lições de Vida, Amor e Coragem”.
Nele, a vida de Mandela é descrita sob a ótica do jornalista e editor da revista Time, Richard Stengel, contratado para auxiliar Mandela a escrever a autobiografia (Longo Caminho Para a Liberdade -1993). Presenciando o dia a dia do estimado líder político, Stengel parece ter aprendido muito com Mandela sobre a vida e tenta, de forma simples e direta, transmitir esse conhecimento.
Particularmente, não consigo ver a vida de forma tão estratégica, mas mesmo assim separei alguns trechos dos 15 capítulos. Embora o livro não tenha entrado para a galeria dos meus favoritos, já que é uma coisa meio auto-ajuda e confesso não ser muito fã do gênero, acredito que vale a leitura.
Coragem não é ausência de medo
A maioria das pessoas diria que Nelson Mandela personifica a coragem. Mas o próprio Mandela define a coragem como algo curioso. Ele não a vê como inata, ou um tipo de elixir que podemos beber, ou aprender de algum modo convencional. Ele a vê como a maneira que escolhemos ser. (...) Coragem não é ausência de medo (...) é aprender a superá-lo.
Seja ponderado
Perca o controle e você perderá a situação (...) Não se apresse, pense, analise, então, aja.
Lidere na Frente
Às vezes, liderar na frente é admitir que está errado – mesmo quando ninguém o está acusando de estar errado.
Lidere na Retaguarda
Liderança, em seu âmago, significa mover as pessoas em certa direção e a maneira de dizer isso não é necessariamente lançar-se à frente e dizer: sigam-me, mas possibilitando e empurrando os outros para que se movam à frente, à sua frente.
Represente o Papel
Mandela dizia que não se pode ser completamente aberto a respeito das próprias emoções. Sim, as emoções podem ser autênticas, e autenticidade é uma virtude moderna, mas pode-se ser autêntico sem ser desnecessariamente revelador.
Tenha um princípio essencial – todo o resto é tática
As condições, mais os princípios, determinam a estratégia. (...) quando as condições mudam, você deve mudar sua estratégia, e sua mente. Não é indecisão, é pragmatismo.
Veja o que há de bom nos outros
Mandela procura o positivo, o construtivo. Escolhe passar sobre o negativo. Faz isso por duas razões: porque instintivamente vê o que há de bom nas pessoas, e porque intelectualmente acredita que ver o que há de bom nos outros pode realmente torná-los melhor.
Conheça o seu inimigo
...e conquiste o coração dele.
Mantenha seus rivais por perto
Mandela sabia que não havia método infalível de antecipar os ataques dos seus rivais, mas acreditava que ao manter um rival debaixo de suas asas faria com que ele, ao menos, pensasse duas vezes. E então ficaria perto o suficiente para vê-lo se aproximar.
Saiba quando dizer não
Se você está demorando ou evitando dizer “não” porque é desagradável, melhor dizê-lo na hora e claramente. Você evitará problemas a longo prazo.
É um jogo demorado
Não devemos deixar a ilusão da urgência nos forçar a tomar decisões antes de estarmos prontos.
O amor faz a diferença
Durante toda a sua vida, no cálculo entre o amor e o dever, o dever quase sempre venceu. Há pouco espaço para o amor na vida de um revolucionário e de um prisioneiro. Mas Mandela nunca desistiu do amor, nem mesmo quando ele foi adiado ou inacessível. (...) Finalmente, aos oitenta anos encontrou o amor e a felicidade. Foi o final feliz que esteve buscando por meio século.
Desistir também é liderar
Em vários aspectos, o maior ato de liderança de Mandela foi a renúncia. Ele sabe que não vale a pena lutar por todos os problemas e que às vezes é melhor desistir.
Sempre ambos
Todo problema tem várias causas, não apenas uma.
Encontre sua própria horta
Os homens, ele dizia, podem ser cultivados como plantas.