Resenhas - Tempo de Graça, Tempo de Dor

Arthur.Maciel 22/05/2022

Mediano
Não faz meu tipo de leitura, eu não recomendaria aos meus amigos, mais eu gostei, dei risada com as loucuras da Graça é Dor.

hillo_ 15/05/2022

O ar que você respira
Foi aqui, entre as linhas e palavras melodicamente escritas, sob o mar de harmonias e acordes bem ritmados; foi aqui, no conforto, na dor, na diversão, na curiosidade e descoberta; foi como eu descobri o que era um romance de formação.

Sempre fico emocionada ao terminar livros de gênero assim, então não foi surpresa quando meus olhos ficaram úmidos. O final não era surpresa, é o final que todos nós aguardamos, mas ler aquilo, ver que aquilo realmente aconteceu e ter a sensação de quando acontece, foi algo muito diferente do que apenas saber que é um final real.

O livro a todo momento me fez duvidar se aquilo era realmente uma ficção. A autora escreve de tal forma, sempre inserindo os acontecimentos nos meios históricos brasileiros, que eu sentia como se Sofia Salvador e o Bando da Lua Azul realmente tivessem existido e feito história na musica brasileira. Era tudo tão tátil que era difícil não se emocionar com a história, e por isso virou um dos meus livros favoritos.

E a amizade difícil de Graça e Dor... Bom, ainda era uma linda amizade, onde as duas se amavam e se admiravam independentemente de tudo. Uma não existia sem a outra e era difícil imaginar uma Graça sem uma Dor. Por isso o final dessa história é daquela maneira... Havia brigas, intrigas, inveja, raiva e mágoas guardadas, mas havia amor e afeto acima de tudo.

É uma história sobre amor e música, onde a música sempre estará viva nos corações de todos, mesmo quando as maiores figuras musicais se vão.

Um livro lindo que palavras não são capazes de descrever, apenas meu coração cheio de sentimentos e emoções. :)

milena 05/05/2022

Como será sentir a si mesmo escapulindo?
Esse livro foi uma descoberta incrível desse ano, eu só tinha comprado pq estava 7 reais e não da pra negar um livro barato vius. Então eu acabei lendo a sinopse e achei muito interessante, não imaginei que fosse um livro ambientado no Brasil na década de 30, fiquei ainda mais intrigada. Eu me apeguei de uma forma que não pensei que aconteceria.

As passagens de tempo apesar de não serem sinalizadas você consegue diferenciar rapidamente. Eu amava quando o livro ia pro presente e acontecia uma revelação e ficava COMO ISSO ACONTECEU.

Também gostei muito da criação das personagens elas são muito reais e não foram feitas pra agradar o leitor, as duas tiveram escolhas horrendas pelo amor de deus.

Eu realmente sinto que cresci junto com a Dor, ver aquela menina que ela era no engenho e depois fugindo junto com a Graça atrás de um sonho. Muitas coisas não deram certo, e ver como isso afetava Dolores foi muito triste, ela se mostrou uma personagem forte desde o início, e isso me fez ter um apego muito grande por ela.

A Graça foi uma personagem MUITO complicada. Ela era alguém que nitidamente precisava de ajuda deveriam ter providenciado um psicólogo pra ela. Ela teve um objetivo a vida toda, independe do que precisasse pra chegar lá, e principalmente independente de quem ela machucaria por aquilo. Mas é isso, a fama custou quem ela poderia ser, nunca deixou de ser a "patroinha".

Pedro 15/04/2022

Histórico, emocional e poético
Escrito em forma de memórias, conta as alegrias e o lado sombrio do relacionamento de duas mulheres que encontram na música, e às vezes uma na outra, o sentido da própria existência. O livro permite análises sobre amizade, competição, opressão, sexualidade feminina e principalmente sobre como as escolhas podem ditar o rumo das vidas envolvidas. Lindo romance, daqueles que você não quer largar, e que ao terminar lhe deixa orfão de uma boa escrita.

Daiane 02/04/2022

Um livro de formação escrito de forma nada linear. Mesmo assim, você consegue entender completamente a história. Saber o que realmente era do passado mais passado e de um passado mais recente.
A história destas duas mulheres, Maria das Dores e Maria das Graças, que no começo são meninas, te envolve. A amizade e o amor entre elas, é algo intrigante. Quem domina a relação? Quem sente inveja? Quem faz mal a outra? Quem ama de verdade. A cada fase da vida de ambas, a cada momento, uma se torna a amiga "má". E ao mesmo tempo, ambas não conseguem sobreviver sem a outra.
Uma palavra resumiria o livro: entrelaçadas!

Michelle Lima de Souza 23/03/2022

Não gostei
Achei confuso, repetitivo
Gostei de já te falado o que acontece com a Graça logo no início, pois já li com o enredo formado..

Andressa 19/03/2022

Amores e Música
Maria das Dores foi abandonada pela mãe e criada por Nena no grande engenho do Riacho Doce, em Pernambuco. Ela cresceu em meio a um ambiente de constante repressão e aprendendo desde cedo os dissabores da vida. Já Maria das Graças, filha de Sr. Pimentel, o dono dos canaviais que circundavam a casa grande, é um espírito travesso que, desde muito pequeno, sempre soube usar a língua afiada e a presença marcante a seu favor.

Quando Sr. Pimentel encontra um pretendente para se casar com a jovem filha, as meninas se unem para fugir para o Rio de Janeiro e perseguir o sonho de cantar pelos palcos cariocas. Dor, que sempre foi rebaixada e ignorada, tem, pela primeira vez na vida, a chance de se tornar dona de seu próprio destino, e não vai deixar que a sorte escolha seu caminho. "Todos queriam que eu acreditasse nisso. Queriam que eu virasse aquela Jega. Eu jamais daria a eles esse gosto."

Mas é Graça quem se destaca e caminha triunfante pelos caminhos que a amiga abriu com tanta dedicação. “Estar ao lado dela fazia a pessoa se sentir parte de uma grande aventura, um destino cheio de significado e propósito. Sua beleza não era uma característica física. Era uma influência sob a qual se caía (...).”

As músicas são de Dor. As letras e sons que domam corações são todos dela. Mas o sorriso que encanta a multidão, o molejo que fisga o público e, acima de tudo, a voz que dá vida às músicas sempre foram de Graça. Ela rouba a cena, sem dó alguma - e muito menos piedade - da amiga.

Queria ler mais sobre os momentos iniciais das garotas no Rio, sobre os desafios de tentar se encontrar em uma vizinhança efervescente como a Lapa, e sobre os acertos e erros de duas jovens descobrindo sua sexualidade. Esses foram os breves e melhores momentos da história!

A referência a Carmem Miranda está exposta em todas as páginas do livro na persona de Graça, mas gostaria muito de ter entendido as motivações e as dificuldades dessa personagem que parecia passar por cima de tudo e de todos para ter o que queria - o centro do palco.

Enquanto lia "Tempo de graça, tempo de dor" foi justamente esse o sentimento que me preenchia: como pode uma amizade consumir tanto de quem somos, a ponto de nos anularmos para cedermos espaço a ela?

Iasmin Morais 16/03/2022

Breves impressões
De forma despretensiosa comecei a ler esse livro e foi tão surpreendente que tenho certeza que não esquecerei a história de Graça e Dor. Essa dualidade entre o título do livro e as duas personagens principais mostraram a verdade existente na personalidade de ambas. Gostei demais da escrita e da trama cheia de questionamentos.

vivianne 08/03/2022

Romances de formação sempre me deixa triste ao acabar.
Acompanhar essas duas foi por vezes muito angustiante, revoltante pela época, pelo tratamento que Das dores e tantos outros empregados as diferentes áreas recebiam. Ora pelo egoísmo de uma, ora pelo da outra. Gostei do que se narra do entorno e em como a autora descreve tudo ao redor. A amizade de Graça e Das dores passou por muita coisa e Graça conseguiu o que queria até às últimas linhas.

oliviaghetti 06/03/2022

Leitura deliciosa
Este livro foi uma agradabilíssima surpresa!
Ele fala de amizade, de amor, de racismo, de xenofobia, de samba? tem vários aspectos históricos e é uma completa viagem no tempo enquanto o estamos lendo!
Muitíssimo bem escrito, com personagens muito bem construídos, com acontecimentos bem amarrados.
Não há excessos, não há nada fora do lugar.
Eu ia lendo e querendo saber mais, mas ao mesmo tempo, eu tinha pena em pensar que uma hora a leitura terminaria.
?Que livro bom!?, foi a frase que eu sempre falava quando parava minha leitura.
Recomendadíssimo!!!

Gaby 05/03/2022

Tempo de graça, tempo de dor.
Só tenho uma coisa a dizer sobre esse livro; infelizmente a Graça nunca deixou de ser a Patroinha. E dessa minha frase, vocês podem interpretar da maneira que acharem cabível.

Só Paula 04/03/2022

maravilhoso!
Escrito pela autora nacional - Frances de Pontes Peebles - , o livro tem alguns panos de fundo princiais, conforme a época da história: Recife, Rio de Janeiro, Los Angeles. Se passa desde a década de 1930 até a velhice da narradora (amo livros assim, com muitos anos e desenvolvimento das personagens!) contando a história de Maria das Graças e Maria das Dores, narrada por esta, alternando entre presente e acontecimentos futuros.

As meninas são muito diferentes: Graça é filha do senhor do engenho, mimada e acostumada a ter tudo o que quer, enquanto das Dores é simples e trabalha na cozinha do engenho.

Ainda crianças, descobrem um amor comum pela música, que vai permear e moldar toda a história de "Tempo de Graça, tempo de Dor", com uma amizade muito forte e profunda, mas nem sempre saudável.

Achei um livro maravilhoso, que me lembrou muito "Os sete maridos de Evelyn Hugo" (no Brasil), tanto pelos sonhos das personagens quanto pela profundidade destas e a riqueza com a qual o leitor é inserido na história.

"Na vida existem incontáveis primeiras vezes e um número ainda maior de últimas vezes. As primeiras vezes são fáceis de reconhecer: quando nunca experimentou uma coisa - um beijo, um estilo de música, um lugar, uma bebida, uma comida - , a gente sabe exatamente que está encontrando aquilo pela primeira vez. Mas as últimas? As últimas vezes quase sempre nos surpreendem. Só depois de terem desaparecido percebemos que nunca mais teremos aquele momento, aquela pessoa ou aquela experiência."

InfinitaTBR- Jana 17/02/2022

Mais uma autora brasileira para eu amar.??
Uma história envolvente de amizade, rivalidade e música. ?Tempo de graça, tempo de dor? é um convite ao Brasil que ouvia rádio e viu nascer o samba. O livro conta como a menina pobre e a filha do patrão saíram de um engenho no interior de Pernambuco e foram parar em Hollywood. Mas essa trajetória foi longa e cheia de pedras no caminho. E que caminho delicioso de acompanhar.

? ?

A amizade de Dor e Graça me trouxe à memória as inesquecíveis Lila e Lenu da Série Napolitana. É uma amizade repleta de amor e mágoas, cumplicidade e abusos.

Frances de Pontes Peebles (@chiquinhapeebles ) usou como pano de fundo da narrativa um período bem turbulento da história do Brasil, que começou na década de 1930 no governo de Getúlio Vargas. Porém, são muitos os temas abordados pela autora, que retratam a cultura e a mentalidade do Brasil naquela época: patriarcalismo, xenofobia, a boemia e a cultura popular nos bairros pobres do Rio de Janeiro, homossexualidade, racismo e muito mais.

O livro é repleto de personagens e lugares fascinantes, e de temas que permanecem atuais. Além disso, a escrita de Frances foi um arrebatamento para mim.

Muitas pessoas que leram ?Daisy Jones & The Six?, de Taylor Jenkins Reid, ficaram desejosas de ouvir as músicas da banda. Isso não aconteceu comigo, mas ?Tempo de graça, tempo de dor? me fez ouvir Carmem Miranda e aí a experiência foi completa. ?

História belíssima, livro apaixonante. Fiquei até triste quando o livro acabou. Recomendo fortemente a leitura.