Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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levy.franco.5 10/02/2021

Excelente
Retrata de forma fidedigna cultura canavieira na época dos engenhos após abolição da escravatura.
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Ana Karina 05/02/2021

Menino de engenho é um romance regionalista brasileiro, publicado em 1932. É a primeira obra de José Lins do Rego e teve uma ótima recepção pela crítica na época por retratar a decadência do Nordeste canaviano. Esse tipo de "denúncia" era praticamente uma novidade naquele tempo. É, portanto, um livro fundamental na história do moderno romance brasileiro.⠀

Faz parte do que mais tarde o autor vai denominar “ciclo da cana-de-açúcar”: Menino de engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934), O Moleque Ricardo (1935), Usina (1936).⠀

A obra narra a história de Carlinhos, que ao perder sua mãe de forma bastante trágica, muda-se para o engenho de seu avô materno. Nesse local, Carlinhos passa a sua infância e vai conhecendo o engenho, os trabalhadores, os negros escravos, as crendices locais e, através do olhar do protagonista, o autor leva-nos a conhecer a realidade social, política e econômica daquela região nordestina.⠀

O livro é curto, tem pouco mais de 150 páginas, e seu capítulos são narrados em primeira pessoa, fazendo o leitor se aproximar do personagem principal e compreender seus momentos de solidão.⠀

Gostei muito da leitura e pretendo continuar lendo a obra de Zé Lins!⠀

site: https://www.instagram.com/daliteratura/
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@apilhadathay 28/01/2021

Amo Zé Lins!
É uma honra e prazer revisitar uma obra tão significativa e gostosa de ler, para minha realização pessoal e também pelo @projetoleianordeste ! Do início do século XX para a eternidade, Zé Lins narra as memórias de Carlinhos, que perdeu a mãe muito novinho, assassinada pelo marido, pai do menino. O homem foi internado em um hospício e o pequeno, de 4 anos apenas, foi levado para morar com seu avô, no Engenho, onde amadureceu rápido demais, bem debaixo dos nossos olhos.

MENINO DE ENGENHO é o primeiro e mais importante livro do Ciclo da cana-de-açúcar, a magnum opus do autor natural de Pilar-PB. Por que ele é tão apaixonante? Pelo retrato que faz de sua época, como todo bom clássico; por nos possibilitar acompanhar a trajetória de uma criança que cresceu assombrada pelas consequências de ser filho de uma tragédia. Ele é simples e direto, não tenta ser rebuscado e ainda por cima, eu fiquei surpresa com quantas expressões e palavras eu desconhecia, mesmo sendo paraibana; glórias a Deus, existe um glossário no final desta edição.

Na narrativa, podemos sentir o desprendimento e a fugacidade da memória de uma criança que perdeu tudo: suas bases, seus pais, sua inocência e quase toda a sua infância. A estilística passa em segundo plano nesta narrativa, que é fluída, gostosa, quase nos faz sentir o cheiro de terra molhada e de grama recém-aparada, ouvir o ronco do rio Paraíba na cheia e ouvir a moagem da cana. Embora para nós, que moramos perto de uma das atuais usinas paraibanas, o odor do açúcar seja tão pungente que não nos desperta boas lembranças, rs.

Este livro é carregado, sobretudo, de humanidade. É um afago na alma, é poesia do interior em forma de prosa. Este é apenas o primeiro livro dos 5 que compõem o Ciclo, já comprei e vou ler todos os demais!

site: www.instagram.com/apilhadathay
Vanessa.Morais 02/04/2021minha estante
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Polliana 14/01/2021

menino de engenho
Menino de engenho
Autor: José Lins do Rego
Publicado em 1932
Menino de engenho é o livro de estreia do autor paraibano José Lins do rego, também é a obra inaugural do ciclo da cana-de-açúcar, narra a história do menino Carlinhos, que após ver a mãe ser assassinada pelo seu pai, é levado pelo tio Juca para morar com seu avô materno, o respeitado José Paulino, um rico dono de engenho, sua tia Maria se encarrega de seus cuidados.
Pelos olhos de Carlinhos acompanhamos a realidade do nordeste brasileiro, como a figura dos donos de engenhos era respeitada, assim como os cangaceiros, ao mesmo tempo acompanhamos a vida dos escravos pós-abolição, e como o regime de escravidão ainda se perpetuava; a condição da mulher também é relatada, tudo de forma sutil.
No engenho Santa Rosa, Carlinhos cresce ao lado dos primos e os filhos dos empregados, desfrutando da liberdade proporcionada pelo interior, a narrativa traça um panorama da situação social e política dos engenhos, a situação de servidão, e, depois a decadência com a chegada das usinas. Mesmo com vários temas incômodos como preconceito racial, trabalho infantil, fome, doenças, vícios, libertinagem e sexualização da mulher negra, a narrativa é leve, permeada pela solidão da orfandade.
Meu primeiro contato com a narrativa do autor, me encantei, ele consegue falar de temas incômodos de uma forma poética, impregnada de lirismo, uma grata descoberta, recomendo demais essa leitura, uma narrativa coloquial e riquíssima.
Li por indicação de @paradaliteraria.je, inclusive ele tem um blog muito bem organizado com várias resenhas, confiram.
Menino de engenho é um romance regionalista, da segunda fase do modernismo brasileiro.
#tourliterario #teindicoliteratura #vamosler #meninodeengenho #literaturanacional
1 d

site: https://www.instagram.com/p/CJ9QYTgjy_z/?utm_source=ig_web_copy_link
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Arthuzin 09/12/2020

Não é um dos meus preferidos, mas um que retrata a vida brasileira na época colonial, e que reflete no Brasil de hoje. O personagem principal passa por várias coisas muito cedo, o que infuencia na sua personalidade. Bem escrito.
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Valmor 19/11/2020

Realidade do sertão brasileiro
Nessa que foi a primeira obra de Zé Lins, ele retrata o período de sua infância vivido no engenho de seu avô. Com uma linguagem simples e diretao autor nos envolve como se estivéssemos vivendo junto a ele aquelas memórias. Retrata suas aventuras, descobertas sexuais precoces, limitações pela asma, a rotina do sertão, os laços entre as pessoas e a estrutura ainda forte do período escravocrata. Tudo de forma suave, agradável, lirica e permeada de regionalismo.
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Felipe 20/10/2020

O bom da literatura regionalista
No município paraibano de Pilar, nasceu em 1901 o escritor José Lins do Rêgo. À época, há pouco ocorrera a abolição da escravidão. Resquícios de uma sociedade escravista ainda repousavam sobre o solo brasileiro, embora somente a partir de 1930 a centralidade de sua participação na formação história do país tenha sido reconhecida. Naquele contexto, o mundo rural do Nordeste ainda era ligado às senzalas e ao mundo dos senhores de engenho.

Nesse cenário, José Lins do Rêgo lançou em 1932 “Menino de Engenho”, o seu romance de estreia. A recepção da crítica foi feita com entusiasmo e a primeira tiragem da obra, custeada pelo próprio autor e contanto com dois mil exemplares, foi rapidamente vendida no Rio de Janeiro. A obra é considerada a mais autêntica do autor e possui como inspiração as suas memórias acumuladas durante a infância enquanto viveu no engenho do seu avô materno.

Aos quatro anos de idade, Carlos perde a sua mãe. Ao acordar, o garoto se depara com várias pessoas no quarto dela. Entrando lá, a vê ensanguentada e logo é afastado do local. Foi o seu pai o responsável pela morte. Três dias após o incidente, Carlos é levado ao engenho de seu avô materno. Eis quando o enredo da história tem o seu início.

“Menino de Engenho” é narrado em primeira pessoa. A história possui um tom autobiográfico. Nela, vemos José Lins do Rêgo transformando a sua biografia em um romance. O autor desenvolve as memórias do narrador com uma riqueza de detalhes que lhe imprime grande força de realidade.

A sua escrita não exige grandes esforços para ser compreendida. A narrativa é bem agradável, eu diria. Passado e presente se intercalam sem que haja uma demarcação explicitada pelo autor, requerendo um maior grau de atenção do leitor para que ele não se perca quanto ao enredo. Além disso, acontecimentos narrados em um capítulo não necessariamente possuem relação com os de outros capítulos.

Por seguir a temática regionalista da Literatura brasileira, o romance de José Lins do Rêgo pode ser enquadrado na geração de 30. Contudo, “Menino de Engenho” possui características que o tornam singular perante outros livros de seu tempo. Enquanto a maioria escritores da geração de 30 enfatizaram a natureza em detrimento do homem, José Lins do Rêgo rompeu com essa tendência.
No seu primeiro romance, o interesse paisagista se perde e a natureza não apresenta apenas uma função decorativa, mas a de constituir o ambiente no qual os personagens se fixam. Ela opera como um testemunho atmosférico para a histórica, exercendo influência sobre o seu enredo.
Em “Menino de Engenho”, é possível notar a influência do contexto sócio-político sobre a construção do enredo. Ele se passa em um local ligado ao passado e à tradição escravista e tem o campo de cana-de-açúcar e a casa-grande como figuras essenciais ao curso da história. No século XVI, ocorreu a implantação da cultura da cana-de-açúcar e a dominação portuguesa fixou as suas raízes no brasil.

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler resenhas nos mesmos moldes, siga-nos no instagram: @literaturaemanalise

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2020/10/resenha-menino-de-engenho-jose-lins-do.html
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Edmar.Candeia 08/10/2020

Clássico
Clássico da literatura nacional, talvez por conhecer alguns dos lugares citados me identifiquei muito.
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Ikaelle 29/09/2020

Memórias do menino de engenho
Primeira obra de José Lins do Rego que explorou a realidade social, política e econômica do ciclo do açúcar. O livro retrata a vida de um menino que, dos 4 aos 12 anos de idade, foi morar em um engenho paraibano. Lá, ele vivenciou diversas experiências de um sistema patriarcal, no qual a precariedade dos diretos sociais, a escravidão, a sexualidade das mulheres negras são temas recorrentes, além das secas e enchentes de um lugar que marcou infância de um menino.
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Dbarbosa 16/09/2020

Menino de engenho, menino perdido...
Sou suspeito para falar dessa obra: meus avós maternos nasceram no Engenho Juá, Nazaré da Mata, Pernambuco, e a infância de seus filhos foi em outros engenhos da zona da mata; portanto, ler esse livro é ler a história deles ? não a da casa grande, mas a dos herdeiros da senzala ? e, consequentemente, a minha. Me senti tão familiarizado que prescindi do glossário, porquanto "aceiro", " partido (de cana)", "eito" e outras belas palavras que formam a tela pintada por Lins Do Rego são, desde de pequeno, parte do meu vocabulário. Conquanto a suspeição, não é ela que faz desse livro a grande obra que é (claro que não!): o livro é grande porque grande é a nossa história! Grande a tal ponto que um pequeno recorte dela, quando feito por um grande escritor, torna-se memorável. Menino de Engenho é a perfeita união de ficção e realidade, fundidas por uma memória inoxidável; é o começo da decadência dos engenhos de cana do nordeste e ascenção das usinas , e todos os seus resultados: políticos, econômicos, sociais, culturais.
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alanpereira 05/09/2020

Menino de Engenho é um livro de memórias do autor, o que é percebido pelo tom pessoal presente durante toda a narrativa.
A personagem principal, depois de um acontecimento trágico,vai morar no engenho de seu avó materno, onde vive experiências diferentes daquelas que a cidade grande, o Recife, poderia lhe proporcionar. O texto retrata as descobertas, tristezas e alegrias vividas pelo autor.
É um leitura bem leve e cativante, o livro é de fácil entendimento e pode ser lido rapidamente.
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emmanuelqueiroz 28/08/2020

Que alegria reencontrar o Menino de Engenho! Estive com ele na adolescência, na juventude e agora!!!
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kiki.marino 26/08/2020

Menino de Engenho
Primeira obra escrita de José Lins do Rêgo ,ele escreveu num tom nostálgico,unindo ficção com lembranças de sua vivência na infância ,por isso tem uma escrita simples mas bem contada. Poderia ser considerado "jovem adulto",já que narra a infância e a madurez precoce de Carlinhos,no interior de Pernambuco, do tempo dos engenhos de açúcar, que caminha pra decadência.
Se tornou uma leitura incômoda desde o começo, pois há momentos de ternura,alegrias de criança, mas ensombreada pela realidade das pessoas que vivem e moram nessa região, de crimes,paixões, vícios,pobreza extrema, estruturas sociais e patriarcais que apagam as vozes das mulheres, ao feminicidio.Da exploração humana,da mulher negra como "objeto sensual", até do machismo predatório sexual que "mancha" a infância de Carlinhos. Sua vida é no fundo triste, de traumas e memórias nunca esquecidas de sua querida mãe. De chegadas e partidas, abandonos.
Ainda assim é a visão de uma criança branca privilegiada ,fadado a repetir os costumes e tradições dos seus antecedentes,senhores de engenho.
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Laiz 26/08/2020

- me lembrou momentos da minha infância na casa do meu avô em que minha avó fazia rapadura num tacho de cobre e colocava nas forminhas de madeira e eu consigo sentir até o cheiro escrevendo isso agora
- livro curto que faz comparação com o ateneu, que eu li na escola
- fala sobre relações trabalhistas de pessoas negras no pós-abolição, algo que eu vi no história do brasil nação vol. 2
- fala sobre a criação violenta de meninos: o protagonista é criticado por chorar pela morte da mãe, homem que é homem não expressa sentimentos, aparentemente ele é apalpado por uma professora excessivamente carinhosa, iniciação sexual com animais (eca!!!!! luisa mel!!!), ele CONTRAI SIFILIS COM 12 ANOS DE IDADE e todo mundo ri e fala nossa como é viril, além disso insinua que tenta se satisfazer com tudo inclusive outra criança e quase apanha do pai da mesma por isso??????? eu fiquei horrorizada
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Bianca Martins 20/08/2020

Leitura rápida, mas cativante
O autor escreve de uma maneira cativante.
Reler este clássico depois de adulta me fez enxergar outras questões da narrativa, principalmente as que envolvem a escravatura e o após 13 de maio.
O livro é bem curto e eu gostaria de poder ler mais detalhes, mais história.
Foi uma boa leitura nos tempos de escola e continuou sendo depois de 20 anos.
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