Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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Carolina 15/10/2023

Leitura acadêmica
Li para a aula de Fundamentos da Literatura Brasileira, e o professor colocou esse livro como leitura obrigatória. É muito interessante ver como o autor falou sobre o racismo e o trabalho escravo, criticando de uma forma discreta, visto que na época, foi algo a frente do seu tempo. Mostra o coronelismo, a criação das crianças no campo, e o papel materno na vida de uma pessoa que perdeu a mãe. Achei uma leitura muito importante que serve de base para entendermos muitas coisas presentes na literatura clássica nacional.
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Kauan.Henrique 10/10/2023

O livro apresenta diversas expressões nordestinas nas quais eu estou acostumado, o regionalismo é bem destacado, por eu ser recifense, eu curti demais, não tive problemas para entender, mas recomendo um dicionário por perto.
Além disso, existe uma evidência sobre o racismo pós abolição. A maneira de ver a população negra não mudou, continuaram dependentes de senhores de engenhos e sobretudo, recebiam punições de modo similar durante a escravatura, O livro deixa isso bem claro.
Tem temáticas pesadas que destacam muito bem o contexto da época, nada surreal, inclusive, nada tão distante assim, notei vários pontos com minha infância no interior nordestino.
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Maria3427 07/10/2023

Menino de engenho é a história de Carlos narrada pelos olhos da inocência da meninice. Em vários momentos senti pena do menino Carlos. O livro tem um dos começos mais difíceis e poéticos que já li.
Uma coisa interessante é que a obra não possui um ponto de ápice, são pequenos altos e baixos, exatamente como em nossas vidas comuns.
No fim, me deixou com muita vontade de uma continuação, saber que desdobramentos a vida deu para esse "menino danado, menino de engenho".
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Angeljica 04/10/2023

Incrível
Li esse livro bem rapidinho no tempo livre que tive no período da manhã durante dois dias e sinceramente achei uma leitura incrível. Vários momentos me deixaram surpresa, porque não esperava a informação que estava para receber mas a ambientação é simplesmente perfeita.
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Lucikelly.Oliveira 28/09/2023

De facil leitura
José Lins do Rego um escritor clássico paraibano que eu ainda não tinha lido e agora pretendo ler as demais obras. Menino de engenho é um excelente livro, de leitura fácil e fluída.
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Tice 21/09/2023

Menino de Engenho
Primeiro romance regional publicado por José Lins do Rego em 1932, anos após a Semana da Arte Moderna, o livro conta a história de Carlos que ainda criança viu sua mãe sendo assinada pelo marido, também pai do garoto e em seguida ser internado no hospício. Esse quadro conduziu Carlos à fazenda do avô materno. Tio Juca foi o encarregado de fazer essa ponte entre Cidade e Campo, levando Carlos à uma nova realidade de vida. Na fazenda, Carlos conhece familiares diversos e explora todos os espaços possíveis, mas, diariamente, dialogam com seus traumas e monstros do passado. Encontrou aconchego materno na tia Maria, mas a mão da disciplina cruel era com a tia Sinhazinha, uma senhora que administrava o Engenho no auge dos seus 60 anos. Os relatos abordam os hábitos e costumes de uma região do Pernambuco, Estado nordestino aonde houve grande concentração de negros escravos e suas respectivas consequências e estilo de sobrevivência.
É um livro curto, rápido de ser lido, que apresenta uma história rica e de boa discussão histórica.
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Layla.Ribeiro 19/09/2023

Em Salvador, novembro de 1937, durante o período do Estado Novo, testemunhamos um acontecimento de grande impacto na história do Brasil: a queima pública de 1694 livros considerados "propagandistas do credo vermelho", ocorrida nas proximidades do Elevador Lacerda. Dentre os autores mais atingidos, destacam-se Jorge Amado e José Lins do Rego, e entre as obras censuradas estava alguns exemplares de "Menino de Engenho", escrito pelo autor paraibano e publicado em 1932.
Esta obra retrata a transição da infância para a adolescência do protagonista o jovem Carlinhos, que, após o feminicídio de sua mãe, vai morar com seu avô paterno em um Engenho de Açúcar. Além disso, oferece uma representação realista da vida dos trabalhadores rurais pós a abolição da escravatura. O enredo é habilmente narrado sob a perspectiva do protagonista, que reside na casa-grande. O autor faz amplo uso da linguagem regional e popular, incorporando palavras e expressões que eram desconhecidas para mim, o que demandou um período para que eu me adaptasse ao ritmo da leitura.
"Menino de Engenho" é uma leitura enriquecedora que nos transporta para uma realidade brasileira única, permitindo-nos compreender as questões políticas e os costumes do início do século XX. Além disso, oferece espaço para reflexões sociológicas profundas. Esta obra é o primeiro volume da saga "Ciclo da Cana de Açúcar" e despertou em mim um grande interesse em continuar a série, pois José Lins do Rego se revela um notável romancista.
Após a leitura, pude compreender claramente o que tanto incomodou a ditadura varguista em relação a esta obra.
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Nine 18/09/2023

Carlinhos e suas peripécias skksks
Eu gostei do livro e uma leitura que vale a pena mais não e aquela indispensável, a história do Carlinhos e bem interessante de se acompanhar, toda a trajetória dele no engenho como retrata o luto dele pela mãe e por as pessoas que vai perdendo e bem legal de se ver, então acho que super vale apena ler
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victor.victor.victor 17/09/2023

Livro simples, um pouco imemorável. Mas tem boas descrições, é despretensioso e pode funcionar como um "livro confortável". O ciclo narrativo (se é que podemos chamar assim) do Carlinhos é bem decepcionante: no começo ele é uma criança ingênua que vê tudo com seu olhar idealizado. No final ele é um ...... enfim, melhor nem comentar.
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karol535 27/08/2023

Difícil
Não sei se foi porque me decepcionei com o programa de disciplina de Infantojuvenil, ou se foi porque eu não gostei mesmo do livro, mas foi bem complicada a leitura. O professor vendeu o livro como memorialista (e até tem umas partes assim), mas isso só vem à tona mesmo da metade pro final do livro. Me incomodou muito essa distância do personagem principal sobre a sua própria história. Tiveram partes (expressões do Nordeste) que eu até grifei por lembrança, mas me incomodou as muitas temáticas pesadas e violência assim quase normalizada... sei lá... não me marcou não.
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Isa 26/08/2023

José Lins do Rego, grande nome da segunda geração modernista e expoente do regionalismo, traz neste livro pelo olhos ingênuos de um menino a realidade vivida nos engenhos. Livro muito bom, vale muito a pena a leitura!
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Elizabeth 26/08/2023

Historia
Sempre bom lembrarmos da histórias que querem que desapareça para o pobre não saber quem são os vilões.
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Luizgustavo 19/08/2023

Privilegiado de engenho.
Eu tinha outra visão deste livro, pra mim contaria a história de um menino negro q vivia no engenho e tudo mais, não de um menino mimado priveligiado neto de escravocrata q mantém o seu império colonial, herença das capitanias hereditárias. Livro curto, história bobinha, prometeu muito e não entregou nada, não recomendo a leitura, pode ser efeito da edição péssima q eu li tbm, mas o resumo é esse um feudalismo tupiniquim, vc tem o rei q é o coronel e as bases da pirâmide os vassalos e escravos e etc.
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Araí 07/08/2023

Uma beleza simples
Um livro sutil, leve e ao mesmo tempo triste. Uma leitura calma e fluida. Um belo clássico da literatura brasileira.
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Marcelo217 07/08/2023

Uma surpresa boa
Quando se fala em José Lins do Rêgo, é unânime entre as pessoas mencionarem a trilogia do ciclo da decadência da cana-de-açúcar. Após reler O Ateneu, finalmente me dei uma chance e confesso que não esperava uma leitura tão boa como a que eu fiz.

O livro traz aspectos autobiográficos, uma autoficção que acredito vir em grande parte do relato de sua memória (assim como acontece no livro de Raul Pompeia, grande influência do autor). A semelhança na temática se aproxima muito de Rachel de Queiroz ou Graciliano Ramos (consegui ver um pouco de Vidas Secas, O Quinze e São Bernardo no texto do José Lins). Ao contar sobre a vida no Engenho Santa Rosa, o autor compartilha a vivência regionalista nordestina. Carlos, neto do dono do Engenho, vive a primeira infância sob os cuidados dos tios e avô, que é um convite para o leitor adentrar na vida rural simples do início do século XX.

Diferente de suas inspirações e semelhantes, José Lins do Rêgo apresenta uma escrita muito objetiva, sem descrições elaboradas e com um rico vocabulário regional. Com uma cronologia simples e espontânea, é contada a história de maneira muito orgânica. O autor mistura sentimentos memorialistas a uma descrição de uma época onde os coronéis mandavam e os negros, mesmo libertos, ainda reproduziam a dinâmica escravista. O autor mostra aspectos do patriarcalismo, tirania, religiosidade e esquemas ideológicos de forma balanceada e às vezes imparcial. A vida interiorana da época apresentava uma sistemática muito própria e a sua constituição e relevância são descritas de maneira muito real.

Sob a pele de Carlos, o autor desenvolve uma personagem simples que cresce rodeado na dinâmica e na cultura rural. As descrições apresentam uma reflexão madura sobre os acontecimentos vividos pelo menino. É interessante os aspectos melancólicos como gatilhos para a vida desprendida da moral, onde Carlos muda através do abandono (primeiro dos pais e segundo da tia Maria). É retratado o amadurecimento precoce pelas influências do meio, do seu tio Juca e do primo Silvino. O amor ingênuo com a prima Maria Clara, a iniciação sexual com a Negra Luisa e a primeira mulher, Zefa Cajá.

Através das memórias dispostas em capítulos, o autor compartilha sua vivência com traços do tradicionalismo nos costumes, o dualismo na postura dos senhores (avô e tios), o servilismo dos empregados e a dinâmica coletiva nas fazendas. Ele descreve de uma forma simples direta aspectos da cultura popular (lendas, sobrenatural), religiosidade (trazida como uma prática elitizada e a falta dela no ambiente rural) e comportamentos normalizados pelos indivíduos (violência, justiça popular, infidelidade, pedofilia, zoofilia, etc.)

José Lins do Rêgo, nesse livro, inicia a jornada de Carlos que me deu muita curiosidade para seguir a leitura dos outros dois volumes. Mesmo não se tratando de uma escrita extraordinária ou de uma temática inédita, o que faz do livro uma boa leitura é o relato simples, a linguagem polida, descritiva na medida certa e a capacidade imersiva do relato nos transportar para a representação do momento histórico da vida ficcionada do autor.
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