Resenhas - O Ateneu

manô 28/12/2023

Honestamente? li por ser uma leitura obrigatória da escola, mas me peguei gostando mais do que achei que fosse gostar. realmente te deixa presa naquela história.

HULK AGIOTAAA 11/12/2023

O Ateneu
Embora seja, em um primeiro momento, apenas um livro de recordações acerca das memórias estabelecidas em um internato, O Ateneu, nas entrelinhas, esconde muito de subjetividade, que não pode ser apreciado em uma leitura desatenta. Um exemplo são as icônicas figuras desenhadas pelo próprio Raul Pompeia, que chamam atenção para momentos importantes da obra, não como meras ilustrações, mas flashs de eventos que foram, são ou vão ser discutidos no decorrer da obra, no qual, uma boa memória é capaz de perceber o quão bem são intrincados tais momentos.
O Ateneu é uma obra abrangente, de escrita densa, mas que não jorra em enumerações, embora haja alguns momentos, que merece ser destrinchada, estudada o peso de cada palavra, para se perceber o quão rica e elaborada é.

Salim 01/12/2023

Microcosmo
Reli na verdade uma adaptação curtinha, feita por Selma Rutzen, que acabou me relembrando da obra integral.

Longe de formar um cidadão, o Ateneu está mais para deformar e representa, através da escrita crítica de Raul Pompeia, um microcosmo da vida brasileira no período final do Império.

Juliene 13/11/2023

?
A história se passa em um internato, é uma lembrança do personagem principal, que viveu nesse ambiente hostil e pouco infantil quando criança. Desvela diferenças sociais, dramas sofridos pelos alunos, abuso de autoridades? Vale a pena, mas também é uma escrita que pode assustar, um pouco mais difícil de ler, mas nada que paciência e boa vontade não ajudem.

Maria Clara 12/11/2023

Resposta do Raul Pompéia.
Para mim, sabendo o pouco que sei da escassa biografia do Raul Pompéia, O Ateneu é uma resposta para o professor que estragou a vida acadêmica de Pompéia.

E que resposta! Se tornou um dos grandes clássicos brasileiros, ao lado de Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Cortiço e entre outros.

O Ateneu é um reflexo da sociedade do final do século XIX, devo parabenizar a coragem de Pompéia por escrever um romance homossexual, essa coragem é para poucos se levarmos o contexto da época.

Gostei bastante da obra, não tive dificuldades com a escrita rebuscada, que para mim era uma forma de Raul jogar na cara desse professor que adiou sua graduação, o quanto ele domina o português, usando palavras que talvez um erudito da língua portuguesa desconheça.

Entretanto, para mim faltou algo a mais no Ateneu, não sei o que dizer do que é esse algo, mais é esse algo que me impede de dar 5 estrelas.

Annyele3 05/11/2023

Meu erro foi ler o quadrinhos antes do livro original.
Achei a história muito interessante, gostei da crítica social do livro. Entretanto, a linguagem da hq nao é chamativa e também não gostei do etilo de desenho.

Hey_Guga 03/11/2023

A ficção é exuberante, mas a escrita.. a arte de Pompéia.
Valem-me umas cousas que neste livro me fizeram refletir, e embora anseio elencá-las devo, antes, aplaudir a escrita deste autor. Quanta potência! Quanto furor!
A pena de Pompéia não descansa senão para compilar os mais variados sinônimos de palavras que sequer acredito o próprio português conheça. Não me confundam, não refiro a sua prosa, nem sua poesia, sua arte ou expressão, mas puramente seu saber da escrita. "Sua capital das palavras."

Nem por isso a obra somente deita sob a magnificência de um conhecedor da ortografia. A opulenta e vertiginosa caracterização do Ateneu, um diafragma da escolaridade do século XIX-XX, não poupa o leitor de esgotar o espírito do pensamento reflexivo e introspectivo.

"A arte além de inútil é imoral", esta frase, ditada em um dos muitos trechos reflexivos do autor.... Quão linda é a inutilidade e a imoralidade do que temos de mais caro! Que subversão gostosa dos pensamentos mundanos!

Faço menção, também, a uma outra de várias do autor: o pensar na utilidade de um internato preparatório para a vida - vida esta de amarguras e desencontros - pois este deveria ser o reflexo da sociedade ou a exata contradição, partindo para ser a referência que a sociedade precisa? Se por acaso o segundo caso, não deixaria, então, este de ser um internato "preparatório", já que respira sobre uma miragem e, portanto, a causa não coincidiria com o efeito?

Pude desfrutar bem desta obra, apesar de reconhecer minha clara inaptidão para tangenciar diversas partes do livro. Apesar de tudo, que português senhores!

(Gostei mas não é um Machado. Nem sonhe.)

florentinovitoria 02/11/2023

Minha maior conclusão: Raul Pompeia era uma poczona

Autores corajosos como este me inspiram, Raul não teve medo de colocar a cara a tapa e entregar um romance explicitamente gay em 1888.

Cofesso que chorei quando o protagonista recebeu flores e a analogia do amor com notas musicais foi o ponto alto do drama, também me arrancou lágrimas

Jackson 22/10/2023

Identidades reveladas
Foi difícil ler esse livro, afinal é o romance mais rebuscado e sofisticado da literatura brasileira.
Aqui vc acompanha Sérgio, um garoto de 11 anos que começou a estudar num colégio interno só para garotos e é desafiado o tempo todo pela devassidão que toma o lugar.
Abusos de toda ordem acontecem nessa escola, duas mortes e um incêndio mancham a imagem muito bem construída como uma grife de luxo do colégio de Aristarco, diretor da instituição, corrupto que pensava a educação como um produto mercadológico.

Difícil e sofisticado, um dos melhores livros que já li até hoje

JAlia372 12/10/2023

Um livro realista, um pouco difícil de ler, devido a época em que foi escrito, mas que no seu decorrer, é totalmente livre, aberto,exposto e que mostra a sociedade completamente em sua complexidade. Crescer não é fácil, e com certeza a melhor escolha a se fazer é não depender dos outros e ser protegido. O carinho e cuidado dos pais pode já não ser mais o mesmo, e a distância influi em tudo isso, mas é necessário ser forte. A escola não faz o aluno, mas pelo contrário, ele a faz, e se realmente nos questionarmos os meios, as ações das pessoas e sua personalidade e caráter, nunca iríamos nos submeter ao conhecimento naquele lugar, mas temos que nos formar enquanto sujeitos pensantes e autônomos e ir contra esses preceitos, e principalmente, não se corromper pelo ambiente em que vivemos. Complexo, mas nós faz identificarmos totalmente por mais que séculos após sua publicação. Todos deveriam ler essa obra.

@admiravel_leitura 29/09/2023

O Clássico da Literatura Brasileira mais difícil que tive a oportunidade de ler.
Esse é um livro composto por um contexto interessante e uma abordagem narrativa pertinente, sendo uma representação de um determinado período histórico. Sendo assim, a primeira coisa a se ter em mente ao iniciar essa leitura, é compreender que a obra foi escrita em 1888, década emblemática da história do Brasil, pois no ano seguinte a sua publicação, o Brasil transitou da monarquia para a república.

Dito isso, o primeiro ponto a se destacar nessa narrativa é a linguagem rebuscada e, até certo ponto, arcaica do autor, Raul Pompeia. Aqui temos uma escrita poética e um tanto melancólica, no entanto a escolha de palavras para retratar os pontos específicos da vida de Sérgio podem se tornar um grande empecilho para leitores atuais. Afinal, uma parcela dos termos utilizados no enredo não são mais empregados em nossa escrita ou linguagem atual.

Essa é a maior dificuldade em ler esse livro, mas esse mero detalhe não retira o brilho da história.

Em uma narrativa episódica acompanhamos uma trama focada em expor através de metáforas e analogias mazelas da nossa sociedade, evidenciando por meio da representação do colégio interno como as relações de poder, a hierarquia social, a corrupção e a moralidade se inseriam dentro de um cosmo social repleto de contradições.

Ou seja, o próprio ateneu é utilizado como uma analogia a sociedade brasileira da época, sendo os adolescentes, que permaneciam encarcerados, uma representação efêmera dos adultos da época retratada.

Além disso, a obra também trata de temas pertinentes, como por exemplo a descoberta da sexualidade, a violência empregada no passado como forma de aprendizado e até mesmo questões pertinentes na nossa atualidade que não eram debatidas no século XIX, como a homossexualidade.

Embora tenha uma linguagem difícil e seja uma história não muito fácil de ser lida e compreendida, “O Ateneu” é um marco na nossa literatura clássica nacional e vale a pena ser conhecida.

site: https://www.instagram.com/admiravel_leitura/

LaAnna.Valentim 22/09/2023

Caótico, intenso, com um final que pertuba a mente.
Não sei se me conectei demais ao livro e aos personagens, mas o final me quebrou com o dito cujo incêndio e o silêncio de Aristarco, foi como... capaz de ouvir o silêncio.

É um baita livro, uma montanha russa de emoções, chega a ser elétrico um acontecimento atrás de outro. Pompeia também me fez dar muitas risadas com seu tom de ironia e os pensamentos de Sérgio.

Só um alerta para quem não tem muito costume com a linguagem mais antiga: é possível sentir um leve cansaço em alguns momentos com o detalhamento exacerbado das coisas ou dos sentimentos - Mas aqui eu me "autoacuso":

Minha capacidade de compreender tamanha complexidade em certos momentos é limitada, portanto para alguém como eu - que não tem muito costume de ler e é um pouco jovem demais -, é fácil se perder em vários momentos de reflexão do autor, por isso admito que em minha opinião achei uma leitura maçante em certos momentos, mas é uma opinião que pode ser mudada com a experiência do tempo.

Por isso concluo que ler O Ateneu é uma experiência, uma experiência que terei uma outra vez no futuro, quando tiver mais idade, para entender melhor intelectualmente e emocionalmente a obra de forma mais aprofundada, então essa minha leitura não foi exatamente um adeus, mas sim um te vejo em breve kkkkk

E se uma obra me faz admitir que eu não a apreciei por completo pelo momento em que eu a li, que me senti incompleta no final e que eu desejo revê-la daqui a alguns anos, ela é foda.

ultranfr 19/09/2023

Mais uma leitura de escola
Parece ser um livro interessante e com uma boa história, mas, infelizmente perdi aulas que foram feitas a leitura e acabei perdida sem compreender o livro e a sua história.

SaBCouto 16/09/2023

É clássico né
Vou começar com:
Só li por causa da Unicamp.
É um clássico, do tipo que nos contam toda a história nas aulas, mas digo mais, contaram tuuuuudo errado, viu. O livro é "difícil" escrita antiga, bem detalhado. Queria ter mais capacidade cognitiva pra entender melhor, pra ser sincera. É algo a ser relido algum dia, espero ter capacidade pra reler em um ano e ter uma experiência de leitura melhor. Fui acompanhando com resumo por capítulo pra ter a ideia geral antes de ler no livro, tive que reler diversas páginas pra conseguir entender e, admito a contragosto e já me julgando, pulei alguns monólogos com dissertações sobre arte e política (como ja mencionei enquanto atualizava o histórico de leitura). Li o final com pressa, esperando ansiosamente marcar com 100% e poder pegar algum thriller ou romancezinho bem bestinha e rápido e esquecer por algumas horas dessa história toda. ATÉ EU QUERIA TACAR FOGO NAQUELE COLÉGIO. Se não foi o Aristarco, ent fui eu (ou, ao menos, minha vontade de fazer isso acontecer)

spritedelrey 15/09/2023

O AUTOR??????
Livrão, viu?
Confesso que estranhei a escrita de primeira, mas pô? Raul Pompéia sabe demais!! Não vejo a hora de ler outro dele