O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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Vininini 23/11/2022

Não foi uma leitura muito proveitosa, é até difícil dizer algo a respeito da qualidade da obra.

O livro é muito exigente, além do vocabulário o autor faz muitas referências e analogias que eu não fui capaz de entender.

A edição é muito boa, cheia de ilustrações feitas pelo próprio autor e com muitas notas explicativas.
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joao.vitor. 10/11/2022

Clássico da literatura nacional
Minha leitura de "O Ateneu", originalmente publicado em 1888, do escritor Raul Pompeia (1863-1895), foi aquela publicada pela Editora Avenida em 2012. Não obstante contenha o texto integral, preservando o espírito de escrita pompeiana, esta edição deixa a desejar, posto que a fonte da letra é desconfortável para a leitura, e não há sequer informações adicionais sobre a biografia do autor e o contexto em que a obra foi publicada, requisitos mínimos que devem constar em uma edição de quaisquer obras clássicas, ao meu ver.

No que toca à história, talvez por conta da minha experiência inaugural com a escrita de Raul Pompeia, não achei-a muito fluida e um pouco cansativa. Ao narrar o processo de desenvolvimento do protagonista Sérgio enquanto presente no desafiante espaço do Ateneu, apresentam-se, amiúde, ponderações exaustivas sobre assuntos outros. Poderia ter sido um recurso interessante, se, com efeito, não me provocasse a dificuldade de melhor relacioná-los ao enredo e concentrar-me na história principal. Como exemplo, o narrador-personagem se empenha em tecer críticas ferrenhas aos costumes sociais e à religião. Creio que talvez um dos indícios para tal aversão seja a vivência pessoal de Pompeia no Colégio Abílio da Corte, instituição de ensino no Rio de Janeiro, e cuja representação se dá na figura do Colégio Ateneu. Em verdade, a prosa do livro evoca um quê memorialístico do autor.

Confesso que também não me apreciou a ideia de introduzir certos personagens, desenvolver brevemente os seus laços afetivos com o protagonista Sérgio, e quase abruptamente, desconstruir estas importantes relações de afeição, estima e companheirismo de outrora, relegando tais seres atuantes da história ao esquecimento. No entanto, a capacidade do autor de construir as particularidades próprias de cada personagem, sob viés fortemente irônico e crítico-social, é certamente primorosa.

Nesta senda, há outro elemento da obra que valorizo muito, qual seja, o debate acerca de
temáticas não recorrentes na literatura outrora vigente, a exemplo da corrupção do sistema educacional brasileiro e o despertar da orientação sexual homoafetiva entre os garotos. Reconheço a coragem e a importância do autor ao tratar sobre tais tópicos, pois espelham o retrato de uma sociedade profundamente conservadora e heteronormativa como a do Brasil em fins do século XIX.

Ademais, tive a impressão de que a linguagem da obra é ainda mais rebuscada do que a empregada por outros escritores do mesmo período (ou mesmo antes dele), alguns dos quais tive oportunidade de experienciar leituras.

Por fim, embora eu não tenha me conectado com a arte do escrever pompeiano e certas convicções a ela associadas, creio que a leitura de 'O Ateneu" seja muito válida. Tanto em face das múltiplas questões exploradas na obra, como a fim de a conhecermos melhor a literatura clássica brasileira, desconstruindo os estigmas a ela associados e valorizando a nossa cultura.
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Gabalis 03/11/2022

Alunos, mestres, prisioneiros do Ateneu.
O livro sustenta-se numa espécie de tríptico; perfilagem psicológica, descrição física e balanço moral. O Ateneu é contado a partir de um bufê destes três aspectos, o autor pega um pouco de cada elemento e com eles cria e rememora os personagens, eventos e locais do romance, associando ou ilustrando aqui e ali com fábulas, mitos, eventos e pessoas da história, tudo amarrado por uma linguagem rica, alternando entre descrições precisas e poéticas, sem ter a preocupação de manter-se em curso; o narrador tem a tendência, como é a tendência da memória, de devanear e escapulir para fora do seu objeto imediato. O leitor que está preocupado primeiramente com seguir aos aspectos concretos da narrativa (o que ciclano ou beltrano fez e a consequências de seu ato), vai acabar se frustrando com o estilo do Pompéia. Uma vez que se compreenda que o intento da obra é nos causar uma impressão literária dos três aspectos mencionados, através das impressões de um menino, agora adulto, sonhando sua infância, a leitura será muito mais satisfatória.

O charme do enredo não vem propriamente dos fatos que se passam, muitos deles mundanos como hão de ser em sua maioria, mas no talento do autor de convergir em suas descrições aspectos físicos, psicológicos e morais dos habitantes do Ateneu, tudo feito a uma certa distância, essa causada pelo imenso gênio artístico do autor que no fundo, talvez não desse mesmo para essa vida. Um dos muitos exemplos disso, podemos ver na descrição de Cândido, um dos meninos envolvidos num escândalo, lá pelo meio do livro: “Cândido era um grande menino, beiçudo, louro, de olhos verdes e maneiras difíceis de condolências e enfado. Atravessou devagar a sala, dobrando a cabeça, cobrindo o rosto com a manga, castigado pela curiosidade pública.”

Tudo no Ateneu vem à vida desta maneira, criando um espaço fascinante e extremamente belo, lúgubre, onde os prisioneiros do Ateneu riem, choram, e aprendem a existir no mundo da melhor maneira que suas habilidades permitam. Muitas são as oportunidades para o leitor ceder às suas próprias divagações durante a narrativa, lembrando-se de suas próprias memórias de infância e talvez juntá-las em sonho com os corredores de um internato no fim do Império.

É uma pena muito grande que o autor tenha morrido tão jovem. Raul Pompéia, tivesse o tempo para amadurecer completamente como escritor, teria sido capaz de escrever algo da magnitude da obra Em busca do tempo perdido de Proust. Todos os elementos para tanto já se encontram no Ateneu. Bastava que vivesse um pouco mais para escrevê-lo. Quem sabe o que perdemos.
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AMANDA3038 02/11/2022

:)
li esse livro na biblioteca da escola, a princípio, foi para conseguir entender melhor a peça de teatro. é uma boa literatura nacional, particularmente, recomendo, mas lembrando-se sempre da época que fora escrito e do período que é ambientado.
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cariad 01/11/2022

o ateneu
esse é, definitivamente, um livro. um livro com muitas palavras. várias palavras, né? parece um livro mesmo.
Cazuz0 01/11/2022minha estante
Pelo seu perfil já vi q vai prestar Unicamp


cariad 01/11/2022minha estante
@study_anthony sim! kkkkk to fazendo maratona dos livros


Cazuz0 01/11/2022minha estante
Boa sorte. Eu vou prestar a Fuvest e não vou conseguir ler todos os livros




Juliana 30/10/2022

Ateneu
Mostra a vida de Sergio no internato e o amadurecimento do personagem da fase inicial para a maturidade com a vida amorosos, questões a ser tratadas na escola e outras.
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artistaDEshit 22/10/2022

Não sei muito bem como fazer essa resenha mas vamos lá... Ultimamente eu tô tentando ler mais clássicos nacionais e estou simplesmente apaixonada, os livros geralmente tem uma escrita difícil mas são muito bons, sobre o Ateneu em específico eu achei a leitura bem maçante pra se ler muito de uma vez, por isso eu li um capítulo por dia, no final fica claro que o livro é uma crônica narrada pelo Sérgio sobre seu período no Ateneu então durante o livro tiveram algumas coisas que não ficaram claras como quantos anos ele tinha, sobre quanto tempo se passa no livro, até os acontecimentos em si são narrados meio soltos, não é como um diário contando tudo mas conta os acontecimentos mais importantes, acho que tem ali críticas a sociedade da época e tal só que EU não entendi, vou precisar de dar uma analisada e reler pra entender alguns pontos ,mas a homossexualidade ficou clara pra mim, eu esperava um pouco mais desse livro, algo mais "rebelde"(?) por ser do Raul Pompeia mas gostei muito do livro.
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ViniBarcellos 21/10/2022

é legalzinho, mas me perdi em várias partes
- Gente, de onde surgiu esse plot?
- Um livro bem a frente de seu tempo por retratar relacionamentos homoafetivos em um colégio interno nos tempos do Brasil Império. De ínicio pensei que seria algo como Heartstopper, mas o foco aqui está em como o espaço influencia no comportamento do indivíduo e nas críticas à educação cívico-militar, à mercantilização do ensino e às relações de poder (escancaradas ou tácitas) dentro dessa escola. Consegui entrever pensamentos que lembram Paulo Freire e Michel Foucault.
- Lado ruim: lirismo excessivo dedicado a partes não essenciais do livro, dificultando a leitura para leitores médios, como eu
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Marcella.Audrea 24/09/2022

História muito boa
O livro foi escrito em uma época muito conturbada e dá pra ver todas as nuanças. A ganância, o egoísmo, o preconceito e a falsidade? tudo ali misturado. As vezes nem dá pra entender como certas coisas chegaram em certos pontos, a gente só tem que aceitar que são consequências de se viver num lugar deplorável como o Ateneu. A linguagem do Bilac não é fácil, diversos momentos me dava sono, mas a curiosidade para saber o desenrolar da história me empurrava pra frente com uma certa rapidez. Vou dar mais uma pesquisada pra ter certeza de que entendi corretamente algumas partes, de resto, satisfeita.
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Paulo 24/09/2022

Bom, mas
Os acontecimentos são interessantes, contando sobre o tempo que Sérgio passou dentro do Ateneu e as experiências que ele e seus colegas passaram lá dentro, algumas não muito saudáveis.
O que me incomoda nesse livro é como a linguagem usada é difícil. Uma página parece equivaler a 8 de tanta palavra difícil que usam.
Em vários momentos eu poderia ter realmente me emocionado com o acontecimento, mas, para mim, era praticamente impossível assimilar os acontecimentos numa velocidade em que isso fosse possível.
Enfim, se gosta de histórias baseada em relatos fortes e tem costume com esse tipo de linguagem, é uma leitura que vale muito a pena.
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misy 23/09/2022

a história é interessante, os temas foram polêmicos para a época (a abordagem da sexualidade - neste caso, de forma predominante, a homossexualidade), entretanto é uma escrita extremamente cansativa e difícil, repleta de metáforas, o que torna o livro, muitas vezes, desinteressante.

"Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez, se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo ? o funeral para sempre das horas."

com certeza foi uma leitura obrigatória de vestibular pra mim, pois não é o estilo que, geralmente, estou acostumada.
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lartriz 21/09/2022

Finalmente terminei!
Eu esperava odiar o livro por ser uma leitura muito cansativa e difícil, mas eu realmente gostei da história e personagens. Acredito que na época foi uma obra bem polêmica por expor a sensualidade feminina, a homossexualidade e a hipocrisia da burguesia (O Aristarco)
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enzopalacio 20/09/2022

?O Ateneu? é uma leitura interessante, mas um tanto difícil. A quantidade de metáforas, linguagem e o fato de a história não ser linear tornam a leitura menos fluida. Mesmo assim, o livro é interessantíssimo e pode ser considerado uma leitura essencial.
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aelinella 11/09/2022

Cara não sei nem como começar a descrever como foi ler o ateneu mas vou tentar

O livro não é ruim, longe disso, mas querendo ou não é uma história bem difícil de ler, tem um ritmo lento, pesado, cheia de metáforas e analogias que você tem que ler 10 vezes pra começar a entender

Mas falando dos personagens, o Sérgio é muito interessante como narrador, ele fala do ateneu com odio e ao mesmo tempo carinho, uma mistura de sentimentos que transparece em diversos momentos da história. Sempre achei mt legal o jeito irônico que ele fala do aristarco e até mesmo de outros alunos porque vc lembra que ele não é só um narrador, ele tava lá, são as memórias dele que você está lendo, então não dá pra ser imparcial kkkk

O aristarco é mt interessante tbm, o fato de que ele não consegue equilibrar entre ser um educador e um empresário, e até mesmo as emoções dele em relação à si mesmo são mt complexas e difíceis de entender. O cara sentiu inveja de sua própria estátua, tipo??? Essa cena é mt boa aliás

A história do Sérgio num contexto geral é bem interessante, bem escrita e existem vários momentos que te prendem a atenção no livro, como a cena da piscina que eu nunca vou esquecer, as mortes ao longo do livro, a cena chocante do refeitório e dos amantes condenados, entre outros diversos acontecimentos que tinham tudo pra fazer desse livro muito empolgante pra ler. Mas ele não é kkkkkk acho que parte disso se deve às quebras de história que aconteciam do nada, você tava lá lendo uma parte super interessante do Sérgio com o Bento Alves e pá, 10 páginas de questionamentos sobre a arte na sociedade tipo ???? Sem contexto nenhum

Além disso, senti que a falta de diálogos cansa mt a leitura tbm, mas isso é justificável pq sao as memórias dele né

Uma coisa que eu gostei bastante foram os questionamentos sobre a homossexualidade presente em vários meninos no ateneu, achei mt incrível um livro do sec XIX abordar isso.

A jornada de amadurecimento do Sérgio tbm é bem interessante, como ele foi de um menino pequenino que precisava da proteção dos outros até se tornar um "homem" vendo sua infância acabar junto com o incêndio do colégio. Algumas partes como essa foram bem emocionantes

Num contexto geral é um livro bom, mas não é minha melhor experiência de leitura lkkk talvez um dia eu leia novamente, pode ser que com o tempo minha opinião sobre ele mude

P.s queria mt saber q fim levou d ema
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Mikael_13 11/09/2022

Sinceramente, só li esse livro por obrigações universitárias. Achei a história muito pedante e monótona. Nos momentos em que achei que estava gostando, surgia um monólogo descritivo enorme sobre coisas trivias. Parafraseando a grande Isabela Boscov: "Eu queria gostar muito dele, mas eu percebi que eu estava me esforçando e não estava obtendo nenhum resultado".
Beatriz 11/09/2022minha estante
Kkkkk tortura psicológica




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