Ninissa 15/06/2021
Maria Julia Paes da Silva, autora do livro ?Comunicação tem remédio?, traz uma abordagem prática de como a linguagem atua na qualidade do atendimento e na compreensão das particularidades de cada paciente, explanando sobre as diferentes formas que a linguagem se expressa e os benefícios por ela atribuído, muitas vezes agindo como um acolhimento ou até mesmo remédio da situação. Isto posto, ela divide a linguagem verbal e não verbal.
Em síntese a linguagem verbal é a que faz uso de palavras para se expressar, e está dividida em duas vertentes:
? Linguagem verbal e escrita: como o próprio nome já expõe, ela faz uso de palavras e é identificada no ambiente hospitalar pelos prontuários do paciente. Nesse tipo, há pouca eficiência em se transparecer comoção, visto que os sentimentos e emoções são facilmente filtrados e, de acordo com o documento, é necessário que se faça uso de uma linguagem mais formal e oficial, não podendo, muitas vezes, utilizar outros tipos de pontuações gráficas que possam transparecer essa pessoalidade.
? Linguagem verbal e oral: ao contrário da verbal e escrita, nessa linguagem é mais fácil de se identificar emoções pois é possível mudar a entoação da voz para trazer esse sentimento. Além disso, ela é mais imediata e não permite que o emissor tenha como fazer um filtro mais elaborado, proporcionando uma experiência mais sincera.
Já a linguagem não verbal não faz uso de palavras, mas sim de gestos e ações, que podem vir do corpo, da expressão facial, do distanciamento, dos sons que saem da boca etc. Ou seja, ela se divide em:
? Cinésica: inclui gestos, olhar, movimentos corporais e postura.
? Paralinguagem: tangencia o vocabulário utilizado durante a fala. Trata-se, por exemplo, do tom de voz adotado, das pausas feitas durante a fala, da entonação presente na pronúncia de determinadas palavras.
? Tacêsica: relacionada ao toque ou tato.
? Proxêmica: uso do espaço de comunicação. Dentre todos os tipos de linguagem expostos, vale ressaltar que eles não atuam sozinhos, mas sim em conjunto e por isso é tão importante a compreensão, para que haja uma melhora na comunicação, tanto entre os pacientes com os profissionais da saúde, tanto entre a própria equipe.
Portanto, o que Júlia transfere no livro se torna essencial para a qualidade do atendimento que nós como atuantes da área da saúde devemos dar aos pacientes, que estão fora da sua zona de conforto e muitas vezes não deixam transparecer suas intenções, dúvidas e questionamentos. Por isso, como aluna do curso de enfermagem, acredito que foi uma leitura de extrema essencialidade para cumprir a função ao qual fui designada, e para entender a situação como um todo e validando impressões que inicialmente a gente acha que não são tão relevantes e passam despercebidas.