Jô 16/04/2024
A história é narrada em primeira pessoa por Bree, que é uma narradora muito melhor do que Bella. Ela é uma garota muito jovem que passou por diversos problemas familiares, sendo abusada fisicamente pelo pai e tendo que fugir para não correr o risco de ser espancada até a morte. Bree teve experiências muito traumatizantes, até ser encontrada por Riley (o amante de Victoria, a vampira sedenta por vingança contra Bella e os Cullen). A garota, que passava fome nas ruas, ficou encantada com um homem tão charmoso, estonteante e sedutor, e aceitou na mesma hora quando ele lhe ofereceu comida. Depois desse encontro, Bree foi levada à Victoria (tratada nesse livro apenas por ela) e sentiu toda a dor e agonia da transformação em vampira. Todos esses acontecimentos fazem de Bree uma personagem muito mais comedida, desconfiada e verossímil do que Bella. Entretanto, alguns clichês se repetem: ela é a garota que se esconde e não quer chamar a atenção e, ainda assim, consegue um amigo e também um pretendente.
O livro não é dividido em capítulos, o que eu achei um pouco cansativo. Há alguns anos (leia-se: desde que entrei na faculdade e passei a ter mil textos pra ler e trabalhos pra fazer) que eu não consigo mais parar e devorar um livro de uma vez só. A história não é muito envolvente, mas é interessante e se encaixa muito bem nos acontecimentos de Eclipse, explicando inclusive alguns fatos sobre os Volturi (sério, eles conseguem ser ainda mais desprezíveis) e também mostrando todo o caráter e bondade de Carlisle e Esme. É uma pena que o destino de Bree não tenha sido um pouco melhor, porque mesmo sabendo o final da vampira foi impossível não torcer para que ela tomasse decisões diferentes ao longo da trama para evitar seu desfecho trágico. Para quem gosta da saga Crepúsculo ou da escrita da Stephenie Meyer, considero A Breve Segunda Vida de Bree Tanner uma boa pedida, pois é um livro curto e fácil de ser lido. Foi uma sensação muito bacana poder viver novamente um pedaço dessa história. ?