O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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jubs05 22/02/2024

Amei
Tinha um certo preconceito com obras clássicas da literatura brasileira mas ao ler O cortiço, me senti envolvida na história e com os personagens!
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Mareufq 22/02/2024

?Confio nos meus dentes, e esses mesmo me mordem a língua.?
?E, naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.?

?Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.?

?A cabocla disse-lhe que se banhasse todos os dias e desse a beber ao seu homem, no café pela manhã, algumas gotas de águas de lavagem; e, se no fim de algum tempo, este regime não produzisse o desejado efeito, então cortasse um pouco dos cabelos do corpo, torrasse-os até os reduzir a pó e lhos ministrasse depois na comida.?

?Também cantou. E cada verso que vinha da sua boca de mulata era um arrulhar choroso de pomba no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia, enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de luxúria que penetrava até ao tutano com línguas finíssimas de cobra.?

?E devorava-a de beijos violentos, repetidos, quentes, que sufocavam a menina, enchendo-a de espanto e de um instintivo temor, cuja origem a pobrezinha, na sua simplicidade, não podia saber qual era. (?) Leonie fingia prestar-lhe atenção e nada mais fazia do que afagar-lhe a cintura, as coxas e o colo. Depois, como que distraidamente, começou a desabotoar-lhe o corpinho do vestido?.

?Não era a inteligência nem a razão o que lhe apontava o perigo, mas o instinto, o faro sutil e desconfiado de toda fêmea pelas outras, quando sente seu ninho exposto?.
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Pedro Henrique 22/02/2024

O livro começa e termina de uma forma muito inteligente, cíclica até, mas o melhor dele, ao meu ver, não foi o começo e nem o final, que são muito bons, mas sim os personagens, todos eles são muito bem aprofundados, mesmo sendo muitos personagens, Aluízio de Azevedo consegue dar uma certa complexidade à todos os moradores do Cortiço, ou pelo menos à maioria, cada um com os seus vícios e virtudes, mas todos fazendo parte de um corpo que não se altera: O Cortiço.
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Livinha 21/02/2024

"O Cortiço" é um clássico da literatura brasileira escrito por Aluísio Azevedo e publicado em 1890. O livro retrata de forma realista e crua a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX, explorando as relações sociais, as injustiças, as paixões e os conflitos que permeiam a vida dos moradores do local.

A história é sobre o cortiço de São Romão, um ambiente caótico e agitado onde diversas famílias e personagens de diferentes origens convivem em condições precárias. Através de uma narrativa envolvente e detalhada, Aluísio Azevedo descreve a rotina dos moradores, suas lutas diárias, seus dramas pessoais e suas relações complexas.

O autor cria um retrato vívido e realista da sociedade da época, abordando temas como a exploração dos trabalhadores, a marginalização dos mais pobres, a exploração sexual, a corrupção e a violência. Além disso, Aluísio Azevedo também explora questões como a ascensão social, a busca por poder e a luta pela sobrevivência em um ambiente hostil e desigual.

"O Cortiço" é uma obra-prima da literatura brasileira que mergulha nas profundezas da condição humana e da sociedade, revelando as contradições, os conflitos e as injustiças que marcam a vida dos mais vulneráveis. Uma leitura essencial para quem deseja compreender melhor a história e as complexidades da sociedade brasileira, bem como para os apreciadores de uma história intensa, realista e emocionante.
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jtreze 19/02/2024

Brutal e cru, como a escola literária a qual pertence pede que seja, ?O cortiço? é um retrato da formação do Brasil.
Situado no período colonial, somos transportados a um momento em que o determinismo espalhou suas raízes para além das ciências, influenciando a literatura.
Sendo base para a obra de Aluísio Azevedo, é o determinismo que guia o autor na criação de personagens estereotipadas, carentes de virtudes e construídas sobre uma visão abertamente racista.
O livro funciona como a fotografia de um movimento filosófico há muito rechaçado, mas possui um valor histórico grandioso, sendo com razão um dos grandes clássicos da literatura nacional.
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Hellen257 18/02/2024

Mais de um século depois, e a história continua sendo a mesma. Obrigada luizinho, por retratar tão bem os fatos narrados e as questões sociais da época. ??



Ps: A pobi da Piedade e da Bertoleza. ?
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Bruna3810 18/02/2024

A obra naturalista de Aluísio Azevedo, publicada em 1890, apresenta um recorte do povo brasileiro, mais especificamente a classe social mais carente de recursos, que na época, em sua maioria, habitavam cortiços, que se resumem em conjuntos de habitações simples, decadentes e precárias.

Fazendo jus às características da escola literária a que pertence, o livro explora o lado mais animalesco da sociedade, a representando como larvas que se proliferam em meio ao que é podre. Os intímos pecados humanos são instigados e desenvolvidos nos personagens, contribuindo para suas respectivas decadências ao longo da narrativa.

Aluísio precisou de apenas poucas frases ao apresentar os personagens, para já nos despertar empatia e afinidade a eles, tendo em vista que nos identificamos com as situações "brasileirísticas" abordadas.

Ótima leitura, de acontecimentos incontroláveis e imprevisíveis, que constantemente estimula nosso pensamento crítico acerca das decisões tomadas pelas "larvas de laboratório" manipuladas pelo escritor.
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Bia Franzoi 18/02/2024

Bom
Ouvi o audiolivro e acabou não sendo uma experiência muito boa, pois, como cita muitas personagens, eu acabava me perdendo um pouco.

É bastante caótico, e, com certeza, essa era a proposta.

Mas chegou um momento em que eu nem ligava mais para as histórias individuais, já que muitas delas nem eram aprofundadas, e estava só seguindo para saber o desfecho da história de Romão e Bertoleza.

Gosto desse tipo de livro, talvez não tenha lido em um momento bom.
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Bia Fontes 17/02/2024

Espelho do mundo
Se você procura um conto de fadas perfeito e um mundo ilusório, não recomendo esse livro.
Nessa obra, Azevedo traz um verdadeiro reflexo da sociedade e do mundo em si (principalmente do Brasil), onde meninas acabam por cair no mundo da prostituição, o trabalhador honesto pode se corromper em qualquer momento, a mulher traída é a que mais sofre e aquele que passa por cima dos outros e se utiliza de métodos sujos acaba chegando no topo sem merecer. Tudo isso por conta da influência do ambiente em que vivem e das suas vivências.
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Marcelle.Paganini 16/02/2024

Um clássico que tem seu lugar
Aprendi muito e me diverti com esse livro. Também fiquei muito desconfortável. Uma salada de emoções para um livro só.

Fiquei também com a sensação de que gostaria de acompanhar mais. Mas ele acaba. Só acaba. Como quem para de falar e sai.

A descrição inicial, detalhada e caricata, dos personagens no início (que inclusive pode desencorajar alguns leitores a prosseguir) ajuda a acompanhar tantas histórias se entrelaçando.

Me lembrou as novelas dos anos 90. Muitas fofocas, encontros e desencontros de vizinhos e costumes da época. Muito colonialismo. Escravidão. A desvalorização da pessoa negra. A invisibilidade da pessoa não binária. Mulheres descartáveis, mulheres mercadorias, o surto daquele século em busca de casamento.

Muita sensualidade selvagem e crua. Violências animalescas. E um povo que apesar de não ter muito, era alegre em sua rotina em busca do simples viver.

Tudo sutil, superficial para os dias de hoje, mas provavelmente chocantes para a época que foi escrito.
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Felipe1503 14/02/2024

Retrato do Brasil
"O cortiço" é uma oportunidade de ver um retrato do Brasil que infelizmente em alguns aspectos continuam atuais
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Larissa.Brito 13/02/2024

Haja estômago
É um bom livro, porém, naturalista que é, possui traços animalescos, cruéis e nojentos. O desenrolar da história prende o leitor e, incrivelmente, o autor consegue desenvolver varios focos narrativos.
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