Geane.Gouvea 31/12/2020
Uma identificação particular.
Aquele momento em que ao conhecer sobre a vida de uma santa, se depara com algo em comum, e que me desestruturou, me abalou por completo e fiquei sem chão, que foi a viagem do meu pai, da sua terrinha amada Ceará, para o céu. Catarina também rezou a Deus pela saúde de seu pai, como fiz, e senti nessa despedida, minha alma doer.
Faço destaque, para este trecho do livro: (Cap VII, pág 107) "...Ajoelhada diante do leito, Catarina implorava a seu Esposo que restaurasse a saúde do pai. Entretanto, ouviu em sua alma que a peregrinação de Tiago na terra havia chegado ao fim, e que seria melhor que morresse agora. A partir das conversas que teve a sós com o pai, ficou convencida de que ele, ao morrer, se livraria de todas as preocupações mundanas e estaria feliz em trocar a vida terrena pela vida celestial."
Catarina, tão humana e com os olhos e o coração fitos em Deus, realço sua persistência (enfrentou a família que tinha para ela o desejo de casamento, como era costume da época, em que convenceu o pai, devido os seus momentos elevados de oração, ganhando o direito de decisão sobre seu futuro), entrega, amor (em uma visão, Jesus colocou um anel de noivado em seu dedo e pediu que ela dedicasse sua vida à renovação da Igreja), confiança (mesmo de saúde frágil, recebeu nas mãos, nos pés e no coração as chagas, os estigmas da paixão de Jesus Cristo). Era analfabeta, (só veio a aprender a ler mais tarde, por milagre de Deus, mas com muita fama de grande sabedoria), teve peste (que não a impediu de cuidar dos doentes e dos pobres).
Confesso ser suspeita, porque amei do início ao fim, essa leitura detalhada de sua vida, mas mesmo assim, recomendo, pois edifica, impacta, converte e apaixona.