Malone Morre

Malone Morre Samuel Beckett




Resenhas - Malone morre


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Sílvia 25/04/2019

Viva Beckett
Acho que é a terceira obra do autor que eu tenho o privilégio de ler. Esse é um artista da palavra que faz com que eu me sinta inepta na compreensão do que estou lendo. Comecei o livro achando que estava entendendo alguma coisa, passei a ter certeza de que não estava entendendo nada, voltei a pensar que tinha pego o fio da meada e, no final, compreendi que só sei que nada sei. Bechett é um mestre nisso, ou seja, trazer humildade e tirando a venda que temos nos olhos. Afinal, o maior pecado de toda a história da humanidade é pensar que sabe o que está acontecendo, achar que compreende o seu ambiente ou o seu próximo.
Na obra, temos um senhor, será que Malone é o nome dele?, internado? preso? retido? transformado em rato de laboratório? prisioneiro de guerra??, enfim temos uma pessoa em uma ambiente confinado. Pouquíssimas posses estão junto com o personagem, entre elas uma espécie de bengala, um toco de grafite, um caderno de primário. Enquanto narra seu dia a dia na clínica? prisão? hospital? ambulatório? glassbox?, o homem vai intercalando histórias de outras pessoas? de vidas passadas? de sonhos? de possessões?.
Interessante, perturbador, original, preocupante, revelador. Recomendo a toda pessoa que lê e que tem interesse em perceber que até hoje não sabemos se somo ou não somos.
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Nayonara 10/11/2020

Ruim
Achei o livro muito chato, a ausência de capítulos dificultou ainda mais a leitura, a história se arrastou mt e eu quase não consegui ler até o final, não conseguiu me prender
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Matheus.Rocha 19/12/2018

Abandonei
Não gosto de abandonar livros, mas, neste, fui obrigado. Li-o até pouco mais da metade e o livro não conseguiu me prender hora nenhuma, interesse zero... Estava achando a história chata e muito confusa. Ademais, faltaram aos editores da Folha explicar e direcionar o leitor durante a leitura do texto.
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Erika 08/11/2018

Claustrofóbico
Fica claro que no fim resta nada... só histórias.
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Milton.Strassacappa 06/05/2018

Malone morre – Samuel Beckett
Beckett é mais conhecido por sua peça “Esperando Godot”, no entanto ele produziu diversos textos incríveis, como é o caso de Malone morre. O livro fala de um homem, no fim da vida, naquele momento entre a velhice extrema e a morte, quando as rugas já estão todas lá e não há tempo para novas.

Novo, esta é ma palavra que sumiu do vocabulário de Malone já tem algum tempo, ele se encontra em uma espécie de sanatório, onde vive cada dia a espera do último. Ele decide escrever sobre um homem. Que pode ou não ser ele, faz um inventário de seus poucos bens, que nada mais é que as tralhas que o rodeia.

Tralhas que o rodeia; não seria este o fim de todos nós consumistas, quando o tempo que nos resta oferece apenas a dádiva da espera?
Malone morre é um texto não linear, as cenas se misturam no tempo, no espaço da mente de um moribundo.

Ao final ele morre, não há spoiler sobre isso, mas antes do fim Malone se apresenta a nos leitores, conhecemos sua amante, tão morta quanto ele, seu enfermeiro carcereiro, uma espécie de barqueiro do rio Estige, esperando suas moedas para levar o corpo ao seu destino.

Não há dia ou noite na vida de Malone, só o que se vê por uma janela, que leva sua imaginação. E é isso, o que resta, uns poucos pensamentos e uma janela, as pernas, o corpo, foram primeiro, pularam do barco e o deixou para afundar.

C'est la vie mon ami. Malone te leva às cortinas que se fecham para todos, não há um próximo espetáculo.

Tire a poeira dos ombros. Reverencie seu público, e dirija-se à ribalta.

O espetáculo acabou.

Samuel Beckett, leia...


site: http://www.kbook.com.br/quem-escreve/malone-morre-samuel-beckett
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Sparr 23/07/2022

Não é um livro fácil, mas também não é complexo
Em primeiro lugar, gostaria de entender por que a Folha destacou esse livro como algo individual, se ele é parte de uma trilogia? Mesmo que possam ser lidos individualmente, talvez a experiência de leitura fosse outra...

O que torna este um livro "difícil" - e não sei se a palavra definiria o que realmente tenho a dizer - são os sentimentos do dito Malone. Dito, porque é incerto que esse seja realmente o seu nome.

A situação de estar acamado, vendo os dias se acabarem em um cubículo, remoendo e revivendo situações passadas discursos passados, eu conheço bem. Acredito que qualquer pessoa que tenha passado por uma doença por mais tempo do que gostaria, terá certa identificação, mas ela se encerra aqui. As percepções de Malone sobre tudo o que viveu são densas, mas revelam uma personalidade mais adoecida que a sua condição física.

Malone não reconhece seus erros, tem muito a dizer sobre os defeitos de outros. Isso cansa o leitor em um grau que, porraaaaaaaaa.

O livro segue em fluxo de consciência, não é tão fácil acompanhar, mas também não é complexo. Quando você se permite lembrará situação de Malone, você se permite ser conduzido do jeito que história vier. Ao final, somos os nossos próprios fantasmas. Somos as nossas máscaras e nos conduzimos, vez ou outra, aos nossos finais.
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