Stefânea 11/03/2019
Ossos de Sépia foi publicado pela primeira vez em 1925, em Turim, pelo escritor italiano Eugenio Montale. Reunia poemas escritos por ele desde 1916, e logo no lançamento já se tornou um clássico, fazendo com que o autor fosse comparado com homens como Dante Alighieri. Ele adicionou seis peças em edições posteriores e em 1975 recebeu o Prêmio Nobel por essa obra, sendo elogiado pela academia por destacar a "singular continuidade introspectiva". Os poemas são escritos de forma impecável, e todos tem profunda ligação com a natureza, sendo essa sitada em quase todos. Apesar de serem pequenos, a compreensão é meio difícil, exige bastante interpretação e observação, além de, na minha opinião, um certo conhecimento acerca do contexto regional e histórico. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Mesmo nessa edição linda de capa dura acolchoada, a obra em si não me chamou atenção em nada. Achei os textos frios e chatos, não entendi alguns e simplesmente não senti conexão alguma com nenhum poema. Então me questionei muito como leitora, pois, como eu não estava gostando de uma obra tão renomada e elogiada? Será que o problema era eu? Acabei concluindo que NÃO. O problema NÃO ERA EU. Até porque não tem nada não gostar de um clássico.
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Conclui que leitura é identificação e identidade. Se uma obra não faz você relacionar algo de sua vida a ela, dificilmente a leitura vai para frente. Os clássicos tem que ter seu lugar de destaque, mas nem tudo que é bom para os grandes críticos é bom para mim.
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