regifreitas 19/06/2017
Na França medieval (ano 1347) tomada como pano de fundo, Andahazi cria um interessante romance sobre como se deu o processo de confecção e falsificação por trás do Santo Sudário (uma das relíquias religiosas mais controversas de todos os tempos) realizada por um nobre que desejava ardentemente a glória e o poder. No caminho do ambicioso Duque Geoffroy de Charny, sua filha Christine e o jovem monge Aurélio vivem uma tormentosa história de amor. Repleto de erotismo, e ao mesmo tempo de uma crítica contundente ao fanatismo religioso e à corrupção e às lutas políticas dentro da própria igreja, Andahazi aborda temas polêmicos, que podem incomodar os mais religiosos.
A obra tem seus problemas, principalmente na segunda metade, na qual abusa de algumas situações inverossímeis, na obviedade de algumas das suas escolhas, perdendo um pouco a sua força. Mesmo assim, é uma leitura recomendada, por trazer reflexões importantes sobre fé, amor, sexo e liberdade.