Infância

Infância Maksim Górki




Resenhas - Infância


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Alexandre.Amaral 07/04/2024

Profundo, sensível e emocionante. Esse foi o livro que percebi a maestria do autor em criar imagens fabulosas por meio das palavras, há cenas que poderia descrever com maestria, mesmo só o tendo lido uma vez. Sinto que estou tratando de ser gente desde que finalizei essa leitura.
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Mama 29/09/2023

Uma das melhores leituras de 2023
Que livro maravilhoso! Meu primeiro contato com a literatura russa já me arrebatou completamente. O livro me fez viver uma experiência que nunca tive, que é a vivência e a troca de experiência com uma avó e um avô. Chorei bastante ao longo do livro, a leitura é muito gostosa, apesar de trazer um sofrimento profundo. Amei!
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Wagner 19/03/2022

OS MISERICORDIOSOS

( …) Guardei por muito tempo o calendário eclesiástico do avô, com várias anotações do seu próprio punho, entre as quais, no dia de São Joaquim e de Santa Ana, havia está, em tinta rubra e letras retas “Livraram-nos de uma desgraça, os misericordiosos “.

In: GORKI, Maksin. infância. São Paulo: Abril, 2010. Pp 129.
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Nelise 20/01/2022

Muito bom!
Górki relata sua infância de uma maneira espetacular. É possível sentir sua raiva, sua tristeza, seu desamparo e suas pequenas alegrias. Referente a importância de se ler este livro destaco o olhar sensível no modo de escrever sobre a sua vivência enquanto criança e a abordagem sobre a violência física, verbal e psicológica praticada contra as mulheres, como a mãe e a avó. O livro transmite uma tristeza necessária para evidenciar a brutalidade sofrida por crianças ao redor de todo mundo.
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Felipe 30/06/2021

História muito triste
É muito penoso ler uma história como a infância de Gorki e saber que há milhares de pessoas que vivem de maneira semelhante à ele até hoje.
Crescer cercado de violência doméstica, psicológica, pobreza, doenças e desgraças causam em qualquer ser humano traumas que podem se arrastar por muitos anos.
Pretendo encerrar a trilogia para saber como foi a vida deste homem.
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Carol 18/09/2020

Que livro mais lindo! Não queria que acabasse ... Leksiei conta com a mais pura inocência e as mais simples palavras sua visão do seu mundo e da sua família. É tocante demais, a literatura russa é de um sentimentalismo encantador. Já quero ler as outras obras do autor!
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Mary Ann 16/07/2020

Perfeito é o nome dessa biografia poema! Não há como não se arrepender!
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Mari 18/01/2018

Triste realidade
Alguns anos atrás eu já tinha lido o livro "Infância" do autor brasileiro - que eu aprecio muito - Graciliano Ramos e ao saber que existia outro livro também intitulado infância eu fiquei curiosa para conhecer, já que ler sobre recordações dessa época de importância para qualquer ser humano me agrada muito e é um tema que eu acho que pode ser muito bem explorado e ter como resultado bons livros, sendo eles de muitas lembranças felizes ou dolorosas, como é o caso da infância do menino Aleksiei - Personagem utilizado pelo autor Maksim Górki para expressar a sua própria vida quando criança.
Esse livro autobiográfico apresenta um núcleo pequeno de personagens centrados no ambiente familiar de Aleksiei, sendo eles os tios que vivem se desentendendo, o casal de idosos, seu avô - um senhor de temperamento muito forte e agressivo e regido por pensamentos conservadores que agride fisicamente e psicologicamente o menino - ,sua avó - que é uma mulher submissa ás ordens do seu marido e que por isso acaba aceitando seu comportamento e é nela que o menino encontra um refúgio de carinho e ternura - e também a mãe de Aleksiei, que é como uma espécie de visitante na vida do filho por não estar presente nas horas em que ele mais precisa, ou seja, nos momentos de tristeza, solidão, carência, desamparo, incompreensão e dúvidas sobre o que ele vê e ouve dentro da casa onde mora.
É muito triste saber que infelizmente essa é a realidade familiar vivenciada por inúmeras crianças pelo mundo inteiro, onde ao invés de estar presente a união, o amor e o afeto no convívio familiar, o que se vê é a impaciência, a negligência e a ausência de proteção com elas.
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@garotadeleituras 24/06/2017

A inocência e a leveza ausentes na infância

“Eu me vejo na minha infância como uma colmeia, aonde várias pessoas simples, insignificantes, vinham, como abelhas, trazer o mel de seu conhecimento e das reflexões sobre a vida, enriquecendo generosamente o meu espírito cada um como podia. Muitas vezes acontecia de esse mel ser sujo e amargo, mas todo conhecimento era, mesmo assim, um mel”. (p. 161)

Infância é o primeiro livro de uma trilogia autobiográfica do aclamado autor russo Gorki. Representado pelo pequeno Aleksiei, que ainda na tenra idade perde o pai e pouco depois a mãe o abandona aos cuidados da família, deixando aos cuidados da carinhosa avó e o domínio opressivo avô. De fato o que o leitor encontrará desde as primeiras páginas é a visão infantil de um garoto sobre a visão do ambiente doméstico e o mundo que lhe rodeia, mas engana-se aquele que acredita que as linhas estarão impregnadas da leveza e inocência típica da idade. A família de Aleksiei é empobrecida (quem ler literatura russa sabe que pobreza é pobreza mesmo), sem estrutura alguma, inclusive emocional e caminha para a penúria completa conforme se aproxima das páginas finais. Sabe aquele ditado que “pior não pode ficar? Gorki está aqui para provar o contrário.
Aleksiei encontra na figura da avó alguém que o encorajava diante de tantas mazelas e desilusões; ele a definia como a pessoa mais chegada do seu coração, a amiga de toda a vida. O amor desinteressado da avó pela vida foi o combustível para tornar-lo resistente para suportar o ambiente difícil que o rodeava. E veja bem, essa senhora, meiga e carinhosa, que muito acreditava nos desígnios de Deus era a matriarca de uma família que vivia em guerra, pois seus dois filhos viviam brigando pela herança, apanhava do marido irascível, suportava as privações financeiras e ainda sim, contava bonitas estórias para acalentar o neto antes de dormir.

“Havia muita coisa interessante em casa, muita coisa engraçada, mas às vezes uma tristeza irreversível me sufocava. como se algo opressivo me enchesse de todo, e durante muito tempo eu tinha a impressão de viver num fosso escuro e fundo, sem visão, sem audição e sem nenhum outro sentido, cego e semimorto... (p.141)

Aleksiei conta com vividos detalhes sentimentais, a primeira surra, o desagrado do avô e seus métodos de ensino, o coração desbotado e ferido sempre que sua avó era vítima de agressão, sua curiosidade pelas pessoas estranhas e o que lhe rodeava, suas primeiras amizades, suas carências maternas, as conversas interessantes com sua vozinha, suas percepções de Deus através da relação dos avós com a divindade, suas estripulias e os castigos advindos das suas maquinações, seu aprendizado e dificuldades na escola, a morte da mãe após um matrimônio infeliz, a miséria que o obrigou a catar lixo para comprar comida e como muitas vezes foi xingado pelos colegas e inclusive alguns professores porque não tinha determinado livro. Aleksiei era uma criança prematuramente embrutecida pela vida, que via nas travessuras uma forma de extravasar suas inquietudes, e na maioria das vezes pagava caro por tal comportamento. O conjunto de fatores que o rodeava (miséria humana e social) foi responsável por esculpir uma visão desbotada, conforme ele mesmo afirmou:

"O vivo e palpitante arco-íris daqueles sentimentos apelidados de amor se desbotava na minha alma, inflamavam-se com frequência cada vez maior as tóxicas fagulhas azuis da raiva contra tudo, um sentimento de desgosto pesado ardia em fogo brando no coração, a consciência da solidão em meio a todo aquele absurdo cinzento e sem vida." (p.260)

Se muitas vezes, a marginalização, a vida ruim e o desespero o acompanhou, Aleksiei se sobressaiu com a melhor arma possível, encontrando motivos para rir de toda desgraça. O jovem Gorki muito cedo percebeu a maldade que existia ao redor; a tristeza e a desgraça são coadjuvantes ativos na narrativa. "Infância" me recordou duas outras leituras: Grandes esperanças (Charles Dickens) com seu orfão Pip e “Os malavoglia” do Giovanni Verga, com seus protagonistas já vencidos pela vida. Muito impressiona a tenacidade da criança para avaliar pessoas e coisas em meio a tanta desgraça; o mias na narrativa é o modo truculento das relações humanas muito mais que a pobreza em si, sendo impossível não refletir como tudo isso influenciou o Gorki adulto. Apesar de ser uma leitura extremamente triste, entrou fácil para a lista de melhores livros da vida. E mesmo na última linha, o leitor não encontrará móvitos para sorrir:

" -Bem Leksiei, você não é medalha para ficar pendurado no meu pescoço, aqui não tem lugar para você, então vá ganhar o seu pão e ser gente... E eu fui ser gente." (p.292)

Leitura indispensável!
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jota 23/01/2017

Apanhando e escrevendo...
Além do narrador Aleksiei (que é o próprio Gorki), os personagens mais destacados deste volume são os avós maternos do menino, que o criaram. Ele é órfão apenas de pai, a mãe o abandonou desde muito pequeno. O avô é um velho quase sempre encolerizado, que bate em crianças e até na mulher. A avó analfabeta é carinhosa, conta histórias, cuida de Aleksiei como se fosse seu filho.

A infância de todo mundo, mesmo dos pobres, tem certos momentos de alegria mas a de Aleksiei é impregnada de uma grande tristeza que atravessa o livro do início ao fim. Se por um lado uma vez ele se encanta com um passarinho de penas vermelhas brincando na neve, por outro presencia constantes brigas entre seus familiares, quase sempre em conflito até por pequenas coisas sem grande valor.

A seguir um dos trechos que mais me chamaram a atenção, por resumir muita coisa do que se lê em Infância: "Muito mais tarde compreendi que os russos, em razão da indigência e da penúria de sua vida, em geral adoram distrair-se com a própria desgraça, brincam com ela como crianças e raramente se envergonham de ser infelizes. Na monotonia interminável dos dias úteis, até a desgraça é um feriado, e até um incêndio é uma distração; num rosto vazio, até um arranhão é um enfeite..."

Os sofrimentos do pequeno Aleksiei formaram farto material para que Gorki escrevesse uma de suas melhores obras, mas os meninos de seu tempo apanhavam demais, por qualquer motivo e apenas ele virou escritor, os outros não. Essa constatação me faz crer que Infância seja um dos livros mais tristes que já li, sem derramar uma lágrima sequer.

Lido entre 09 e 22/01/2017.
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Julia.Derengoski 04/09/2015

Poeticidade seca e trágica
Nesse livro narra-se a história de Aleksei Maksimovich Peshkov, um menino russo, órfão de pai, "abandonado" pela mãe e criado por avós rudes e analfabetos na cidade histórica de Nijni Nóvgorod. O livro mostra o cotidiano (violento e cheio de afeto, estranho e totalmente clichê) que ele enfrentou, pelos olhos de uma criança um tanto renegada, que nem sempre compreende o que está ao seu redor, juntamente a passadas em que o narrador-personagem-autor (Górki), já adulto, permeia o texto e reflete/comenta sobre os acontecimentos. O enredo conta com diversos conflitos familiares, mas possui também momentos íntimos, como os que ele tem com sua avó, que o cativa com sua amorosidade, sabedoria pagã e narrativas e canções da tradição popular russa.
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Juliana Nacci 12/07/2015

Infância
Um excelente livro autobiográfico. Maksim Górki relata sua infância conturbada de uma maneira incrível. Ninguém da família gosta de Aleksiei (nome real do autor). O avô vive batendo nele e a mãe não dá atenção a ele depois do falecimento de seu pai. Apenas a avó materna é quem cuida de Aleksiei, contando histórias e tratando ele com muito carinho, diferente dos outros membros da família.

A narrativa é excelente, emocionante e é um livro com leitura rápida e gostoso de ler. Vale muito a pena ser lido.
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Augusto 17/04/2015

De uma tristeza e beleza que se fazem sentir em cada página
Impossível não ser fisgado desde as primeiras linhas pela forma como Górki narra e pela maneira como descreve suas personagens, em muito semelhante ao olhar de uma criança. Na verdade, Infância é exatamente isso: a dureza e a amargura da vida na Rússia no final do século XIX pelos olhos de uma criança (Aleksiei) e como essa vida vai aos poucos modificando, transformando o garoto. Como o protagonista vai, lentamente, absorvendo as cores cinzas do mundo em que vive.

O que mais impressiona no livro é a capacidade que o autor tem de extrair beleza mesmo de momentos de profunda tristeza. Como em toda grande obra, há personagens tão vívidos e marcantes, que parece impossível que não sejam de carne e osso. Destaque para a avó... que é descrita assim por Górki:

“A avó falava de um jeito diferente, como se cantasse as palavras, e assim elas se fixavam com mais força na minha memória, tão meigas, vivas e cheias de sumo quanto as flores. Quando a avó sorria, suas pupilas se dilatavam, escuras como cerejas, incendiando - se com uma luz indescritivelmente simpática, o sorriso desnudava com alegria os dentes brancos e fortes e, apesar de uma porção de rugas na pele escura das faces, o rosto inteiro parecia jovem e radiante.”

Apesar disso, a tônica final do livro ainda é de uma esperança meio absurda e comovente. Infância é provavelmente um dos livros mais bonitos que já li:

"Ao recordar essa sordidez de chumbo da selvagem vida russa, em certos momentos eu me pergunto: vale a pena falar sobre isso? E, com convicção renovada, respondo: vale; pois essa é a verdade viva, infame, ela não morreu até hoje. É a verdade que é necessário conhecer até as raízes, a fim de extirpá-la (...) Apesar de elas (estas coisas sórdidas narradas) serem repugnantes, apesar de nos oprimirem, esmagando até a morte uma multidão de espíritos excelentes, o homem russo ainda é jovem e sadio de espírito o bastante para superá-las, e vai superá-las. Nossa vida não é só espantosa por haver nela uma camada tão fecunda e gorda de toda sorte de canalhice bestial, mas por, mesmo assim, conseguir germinar através dessa camada algo claro, saudável e criador, cresce o bem - o humano, que desperta uma esperança invencível em nossa regeneração para uma vida clara, humana."
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Jhony 09/03/2015

A pura realidade
O livro Infância é um relato muito íntimo do autor Maksim Gôrki. Conta da infância difícil do garoto Aleksiei que sofreu abusos, humilhações e encarou tudo isso da melhor maneira possível, adaptando-se a um ambiente cheio de discussões e uma família desestruturada.
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