"Não!, ela nunca conseguiria fugir voando daquela masmorra profunda; para ela não havia escapatória, natural ou sobrenatural, que não fosse a misericórdia do homem. E o que era a misericórdia do homem num tempo de pânico? Lois sabia que não era nada; o instinto, mais do que a razão, ensinava-lhe que o pânico engendra covardia, e a covardia, crueldade."
Escrevendo para o Guardian, Eleanor Porter incluiu essa novela de 1859 da autora de Norte e Sul (1854) entre os melhores livros sobre caça às bruxas de todos os tempos: “o principal objetivo de toda caça às bruxas é controlar as línguas e a sexualidade das mulheres”; “Gaskell nos mostra uma comunidade em aterrorizada oposição aos povos e florestas nativos. Adoro como ela se recusa a ser condescendente ou simplesmente condenar — ela coloca o leitor no meio do pânico, sentindo sua propagação”.
Ficção / História / Literatura Estrangeira