"A gente não pode ter medo de fazer maldades, Bisa. Nós somos bruxas, lembra? Nós fazemos maldades também. Nós sabemos que às vezes o que fazemos fere, desgosto. Nem por isso a gente quer ser fada, não é?
Uma fada dá a vida por sua filha. Aliás, uma fada não tem filhas, só afilhadas. Por que será? Talvez por só ter que passar com a dita cuja um outro fim de semana, visitar no aniversário, Natal e Dia das Crianças. Talvez porque assim se torne mais fácil ser boa sem arranhões, atender a desejos e ir embora."
Ser bruxa ou ser fada, lutar para ser feliz ou atender aos desejos dos outros? Era essa a grande dúvida na vida da mãe de Bisa, uma mulher que - aos 36 anos - resolve optar pelo risco de, mesmo magoando a filha adolescente, acreditar nos seus sonhos. E lutar por eles.
Fantasia