Maestros, obras-primas e loucuras

Maestros, obras-primas e loucuras Norman Lebrecht


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Maestros, obras-primas e loucuras


A vida secreta e a morte vergonhosa da indústria da música clássica




Um ano depois de ter escrito um artigo anunciando o fim da indústria de gravação da música clássica, Norman Lebrecht não havia encontrado nenhuma evidência que contrariassem sua tese. A Deutsche Grammophon estava lançando um disco de sua ilustre meio-soprano Anne Sofie von Otter cantando canções do grupo Abba. A revista especializada em música clássica Gramophone estampava o cantor pop Elvis Costello na capa. E o nível de produção era o mais baixo desde a Grande Depressão, somente dois ou três lançamentos mensais pelos "grandes selos".



Segundo o autor, "uma civilização estava chegando ao fim. Não devia ser permitido que ela morresse sem um elogio póstumo ou uma explicação". Qual teria sido, exatamente, a contribuição da indústria de gravação da música clássica para a civilização moderna? Que forças a impulsionaram e quais se opuseram? Qual o lugar desse objeto híbrido - em parte arte, em parte engenharia - no caleidoscópio da cultura contemporânea? Essas são algumas das questões abordadas por Lebrecht em MAESTROS, OBRAS-PRIMAS & LOUCURA.



A imensa variedade de obras-primas gravadas, agora digitalizadas, está conservada para sempre. Eles levaram para milhões de pessoas, em todo o mundo, uma forma de música que outrora ficava restrita a círculos privilegiados. Mas também criaram uma montanha de bobagens, excessos, egocentrismos e projetos incrivelmente mal dirigidos. E tudo isso terminou quando o surgimento da internet e o acirramento da insanidade empresarial conspiraram substancialmente para derrubar a indústria; afinal de contas, com 140 gravações diferentes das "Quatro Estações" de Vivaldi à escolha, não há necessidade de nenhuma outra.



MAESTROS, OBRAS-PRIMAS & LOUCURA não é apenas uma exposição de declínio e queda. É o relato de como estrelas foram criadas e, algumas vezes, destruídas pela indústria fonográfica; de como um criminoso de guerra conspirou com suas vítimas para criar um império do disco; de como os avanços tecnológicos, a política internacional e a credulidade pública (e a exploração inescrupulosa) se entrelaçaram para a criação do cenário musical da vida moderna. O esplêndido legado continuará vivo, mesmo se os meios de produção se forem. O livro termina com um tributo à gravação clássica: a seleção crítica feita pelo autor das cem gravações mais importantes - e das vinte mais lamentáveis.

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Marcos Ferraz
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09/09/2009 14:53:47

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