A despeito de ser apenas ficção, Star Trek sempre primou pela verossimilhança. É uma atitude que remonta a Série Clássica. Reza a lenda que, certa vez, um executivo da NBC se virou para a equipe de produção liderada por Gene Roddenberry e disse: “O problema com vocês, o pessoal de Star Trek, é que vocês acreditam que essa maldita nave está mesmo lá em cima.” Ao que Bob Justman, produtor associado, respondeu: “Ela está.” Após o cancelamento, nasceu o primeiro manual técnico, criado por um fã entusiasta, Franz Joseph. Desenhista técnico, ele produziu plantas baixas tão precisas da Enterprise que Roddenberry cedeu documentação da própria série para a criação do Star Trek Star Fleet Technical Manual. A tradição foi elevada a um novo patamar com A Nova Geração e Deep Space Nine, em que os artistas Michael Okuda e Rick Sternbach tiveram a chance de produzir manuais técnicos da Enterprise-D e da Estação 9, chancelados pela Paramount. Para Voyager, eles chegaram a preparar um documento interno para a produção, mas não tiveram a chance de expandir o conteúdo para um livro. Enterprise nem isso teve. Este volume da Coleção Trek Brasilis tenta preencher essa lacuna, trazendo tudo que sabemos sobre a nave do capitão Jonathan Archer.
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