Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil

Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil Agenor Gomes


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Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil





Maria Firmina, filha de escrava alforriada, rompendo limites então impostos pela sociedade às mulheres, expôs, com sua primeira produção literária ['Úrsula', lançado em 1859-1860], a crueldade do sistema escravista, quase 30 anos antes da Abolição. Na atualidade, a publicação de cerca de 60 teses e dissertações sobre sua vida e obra, além de diversas reedições de seu romance Úrsula, contos e poemas, comprovam que a romancista pioneira construiu uma obra que ainda hoje nos leva a refletir sobre escravidão e liberdade, e que só na luta contínua pela liberdade é possível ampliar os espaços de cidadania conquistados pelos descendentes das muitas Áfricas, cujos antepassados, durante três séculos, desembarcaram a ferros nas costas brasileiras.

Este livro contém documentação inédita sobre Maria Firmina dos Reis, além da árvore genealógica da família da romancista, desde sua avó Engrácia Romana da Paixão, africana escravizada e depois alforriada, até ramificações da quinta geração familiar, incluindo inventários, procurações, batismos, óbitos e outros.

Professora de primeiras letras, romancista, poeta, contista, musicista e ativista da cultura popular, Maria Firmina dos Reis nasceu na Ilha de São Luís do Maranhão em 11 de Março de 1822, na mesma época da independência do Brasil. Surpreendentemente, toda sua produção intelectual se deu na Vila de São José de Guimarães do Cumã, terras sesmariais da Fazenda Guarapiranga, no interior da Província do Maranhão, longe da capital São Luís, com sua biblioteca, teatros, e jornais.

Os africanos escravizados e trazidos para Guimarães representavam, em 1860, 39% da população, o que na época chegava a 13.911 habitantes. O livro Maria Firmina dos Reis e o cotidiano da escravidão no Brasil, escrito pelo magistrado e vimarense Agenor Gomes, revela que pelo menos dezoito etnias e nações diferentes desembarcaram em Guimarães (congos, fulas, angolas, cabindas, ambacas, minas, benguelas, mandigas, moçambiques, cassanges, cacheus, bijagós, angicos, rebolos, entre outros) - uma quantidade bem maior que em outras regiões do país. Se grande era o número de escravizados, também assim eram o total de quilombos ou mocambos que se formavam por aqueles que fugiam de seus “senhores”.
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http://www.letras.ufmg.br/literafro/resenhas/ensaio/1698-agenor-gomes-maria-firmina-dos-reis-e-o-cotidiano-da-escravidao-no-brasil

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