Recompor a trajetória da vida de Mário de Andrade não representa, apenas, a ocasião para acompanhar a formulação dos principais tópicos do programa modernista e da sua realização ao longo dos anos. É também a oportunidade de examinar as contradições e os impasses dessa corrente de idéias. Mário de Andrade expressou a sua desilusão com o destino do Modernismo em vários escritos, muitas vezes com tonalidade sombria, no período de 1938 e 1945, ano da sua morte. Seu desencanto dizia respeito à falência da inteligência em poder se aliar e servir a uma instância da vida coletiva. E procurou recuperar, nesses anos, por vários caminhos, a unidade perdida.