"A religião é ainda aquele baluarte do obscurantismo e do conservantismo que Marx e Engels denunciaram no século XIX? A resposta é, em grande parte, sim. Essa ótica permanece aplicável a certos círculos dirigentes do Vaticano, às correntes integrantes das principais confissões (cristã, judia ou mulçumana), a numerosos grupos de evangélicos e a maioria das seitas religiosas - das quais algumas não são senão uma hábil mistura de manipulação financeira, de lavagem obscurantista de cérebro e de anticomunismo fanático. Entretanto, a emergência do cristianismo revolucionário e da teologia da libertação na América Latina abre um novo capítulo histórico e coloca questões novas e estimulantes às quais não se pode responder sem renovar a análise marxista da religião (...)"