Vou colocar a sinopse que esta na capa do livro: - Já velho, o imperador Adriano escreve uma longa carta ao jovem Marco Aurélio, na qual recorda sob uma aura de melancolia e profunda perturbação os fatos de sua própria vida pública e privada, questionando-se sobre seu sentido e destino. Dono do mundo, mas consciente da transitoriedade das coisas humanas, Adriano pergunta a si mesmo quais as condições do ser - tão trágico, por não poder evitar a morte e a ruína, quanto extraordinário e proeminente o acaso quis que fosse. Também a paixão e o amor, que ao menos uma vez haviam iluminado sua existência graças ao encontro com o jovem grego Antínoo, transformam-se logo em luto devido ao silencioso suicídio do amado. E a Adriano não resta senão continuar vivendo para cumprir seu altíssimo dever, contemplando com angústia o "rosto disforme" das coisas. Publicado em 1951, Memórias de Adriano é uma das obras-primas da literatura francesa contemporânea: a invenção narrativa, o ensaio histórico, a meditação filosófica e um contido mais difuso lirismo fundem-se em um conjunto perfeitamente coeso e originalíssimo, sustentado por um estilo apurado e solene, que acompanha os mais recônditos e sutis movimentos da alma. O resultado é um livro de grande limpidez ética e de irresistível fascínio, que continua a nos ensinar a viver - e a morrer.
Literatura Estrangeira / Romance