Memórias em Ruínas

Memórias em Ruínas Alberto da Cruz


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Memórias em Ruínas


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“Os olhos de minha mãe traduziam vergonha e dor diante de mim, parado a sua frente sem saber o que fazer, como fazer. Eu chorava, ela chorava, chorávamos pelo mesmo motivo, porém por dores diferentes. A dor de minha mãe já não era física, não era seu olho arroxeado, nem os hematomas em seu braço que lhe faziam chorar; a dor de minha mãe era íntima, nascida de fora, mas crescida por dentro, chegando à maturidade em sua alma. Não era seu corpo que doía. A minha dor também não era física, mas vinha bruta da minha consciência, transformando-se em desgosto. A minha dor somava-se à dor de minha mãe, construindo uma dor única: a decepção.”



***



Memórias em Ruína é o olhar para o íntimo de um homem prestes a morrer. Recapitulando sua vida arruinada por ações e escolhas de um passado conturbado — pela queda social e por obsessões insensatas — suas lembranças o conduzem ao remorso irreparável.



Dizem que, com a proximidade da morte, a mente humana é invadida por imagens do passado, forçando o homem a lembrar-se dos fatos mais marcantes de sua vida, para condená-lo ou absolvê-lo na travessia para o desconhecido. Sem forças para lutar contra a inundação de pensamentos, cabe ao passivo espectador apenas assistir ao seu filme biográfico.



Em Memórias em Ruína, Manuel Junqueira está diante de seu longa-metragem. O tempo corre, sem se importar com suas dores mais profundas, revivendo os acontecimentos cruciais de sua vida egocêntrica e sem escrúpulos.



Nessas horas a racionalidade se distrai. Tomado pelas recordações dolorosas, Manuel se perde entre o passado e o presente, entre o real e o ilusório, assombrado pelos seus fantasmas, pelas suas memórias em ruínas.



Alberto da Cruz, em seu mais novo romance, nos convida a participar dessa sessão privada, penetrando nas memórias de um homem que viveu para si, destruindo sentimentos e se aproveitando daqueles que o amavam para obter sucesso em seus objetivos materiais. Agora que a ampulheta está no fim, resta saber quais as consequências dos erros cometidos no decorrer de sua vida.


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Alberto
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