Misturar o passado e o presente em um só espaço, eis o laboratório de um arqueólogo: essa a grande proeza literária de Castor Cartelle em seu belíssimo Meninos da Planície. No passado, duas crianças de uma pequena aldeia, onde há dez mil anos viveram aqueles que realmente descobriram o Brasil; no presente, um arqueólogo tentando descobrir como teria vivido aquele povo e o que teria acontecido com as duas crianças, cujos esqueletos fossilizados tinha em sua frente.
Neste livro, que certamente será um grande sucesso entre os leitores, o renomado cientista Castor Cartelle surge como escritor infantojuvenil com um texto extremamente elegante, no qual cacos de cerâmicas, dentes furados, espinhos, restos de carvão e até
esqueletos transformam-se em poesia pura. O texto literário é acompanhado de um capítulo complementar, que trata, de maneira simples e clara, do complexo problema da evolução humana. Nesse capítulo, o jovem leitor acompanha passo a passo as várias etapas da evolução do homem, até chegar àquela em que. já Homo sapiens, se desenvolve a habilidade de desenhar obras de arte
de grande beleza nas paredes das cavernas (e, bem mais recentemente, a de elaborar textos de grande sensibilidade, como o Meninos da Planície).
Infantojuvenil