Mercado de Carbono e Desenvolvimento Sustentável

Esta pesquisa tem por objetivo avaliar a relação existente entre a teoria do desenvolvimento sustentável frente ao mercado de carbono, por meio da comparação dos princípios, mecanismos e bases de concepção dos mesmos. Foram amostrados 20 projetos de MDL que tivessem o Brasil como país anfitrião e que já estivessem gerando créditos de carbono. Para a realização do estudo, inicialmente foi levantado material bibliográfico do assunto em questão. Procedeu-se então uma documentação indireta e uma abordagem dedutiva do objeto em estudo. Utilizou-se o Método Relacional das Homologias para a análise dos projetos de MDL, comparando os resultados obtidos através de suas similaridades. Foram elaborados critérios de análise de dados para cada um dos atributos em estudo: econômicos, ambientais e sociais. A descrição detalhada dos projetos foi realizada levantando-se sua contribuição para a redução de CO2, a classificação em escopos setoriais, a distribuição por estados e regiões brasileiras e os países participantes dos mesmos. A planilha de atributos econômicos foi analisada através dos critérios: Emprego, Tecnologia, Impostos e renda e Incentivo/Patrocínio. Ficou constatado que a geração de empregos é vista como sendo fator econômico importante na avaliação da sustentabilidade de projetos de MDL. Os atributos sociais analisados foram: Emprego, Educação e Preocupação com a comunidade do entorno. Verificou-se que o último é o que é mais citado pelos projetos. Dentre os atributos ambientais analisados (Tecnologias sustentáveis, Reciclagem, Energia e Conservação dos recursos naturais), o fator da geração de energia por fontes limpas e renováveis é o que atrai mais atenção por parte dos participantes dos projetos, uma vez que sua maioria se encontra em indústria de geração de energia a partir da captação de gases do efeito estufa. Na segunda parte da análise, tem-se que a relação Desenvolvimento sustentável e mercado de carbono, através do Mecanismo de Desenvolvimento limpo, apresenta-se como sendo uma forma pecuniária de tratar o meio ambiente, se tornando ineficaz e isso já pode ser visto na atual preocupação no não cumprimento das metas por parte dos países do Protocolo. Por fim nota-se que a relação desenvolvimento sustentável e mercado de carbono é um assunto que tem muito a ser debatido e explorado.