Seguindo as palavras do medievalista belga Henri Pirenne, “este livro busca concretizar uma modesta contribuição na área da história social do Capitalismo”. Para isso, propõe-se a apresentar uma ilustração do homem de negócios em Portugal nos finais do período medieval. Baseado em investigação própria, o autor procura explicar as relações e implicações profissionais, pessoais e culturais com aquela função, com um foco especial no Porto e em Lisboa. Busca ainda analisar o seu modus vivendi e a importância de suas atividades para a economia portuguesa, assim como suscitar debates e questionamentos acerca dessa temática e das eventuais relações com os grandes descobrimentos e acontecimentos políticos portugueses no transcorrer da Baixa Idade Média.
A proposta desta obra é a de tentar estabelecer uma conexão - estaria a atividade bancária e de concessão de crédito (usureiro) ligada à atividade mercantil? Seria possível a existência de um mercador-banqueiro? Abrem-se perspectivas para que o leitor possa, por si mesmo, participar desse processo investigativo.