Metal contra os Mortos

Metal contra os Mortos Pedro Vieira


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Metal contra os Mortos





Jorge é, acima de tudo, um fã. Um fã que dedicou boa parte da vida a cultuar sua banda de heavy metal preferida, o Immortal X, seguindo de perto os passos dos músicos, desde a cena underground ao relativo sucesso no exterior. Porém, infelizmente, todo relacionamento tem seus altos e baixos. Jorge não conseguiu entender o que levou sua banda predileta a fazer aquilo: deixar de lado as guitarras distorcidas do heavy metal e enveredar pelo pop grudento e romântico, fácil de assoviar, fácil de cantar junto.

Inconformado, Jorge decidiu remediar a situação. Ele arquitetou seu plano: iria sequestrar a banda quando eles estivessem prestes a entrar em estúdio e gravar o próximo álbum. E não seriam aqueles mercenários gananciosos que decidiriam o que gravar a seguir: Jorge decidiria. Ele faria com que voltassem ao heavy metal e essa seria a sua redenção – a da banda e, sobretudo, a de Jorge.

Entretanto, ninguém poderia prever que, durante a noite que Jorge reservara para sua desforra, algo completamente inesperado fosse ocorrer: o apocalipse zumbi – tal qual nos filmes, quando os mortos se levantam e cambaleiam entre os vivos ansiando por carne humana. Jorge, porém, passara a noite de tocaia no estúdio, esperando a banda chegar, portanto sequer suspeitava de que houvesse um apocalipse lá fora. Não acreditou naquilo. Afinal, o que importava era que o Immortal X gravasse o melhor álbum de heavy metal de todos os tempos e Jorge não descansaria enquanto sua cruzada não estivesse terminada. Não iria se deixar levar por aquele papo de apocalipse zumbi.

Metal contra os mortos conta a história de Jorge, o fã obcecado que projeta em sua banda predileta todas as frustrações de seus próprios fracassos. Conta também diversas outras histórias. Lucas, o baixista do Immortal X, compositor e letrista da banda, responsável por sua abrupta mudança de orientação que a transformou em pop romântico. Michele, estudante de Letras, blogueira e dublê de escritora, que é arrastada para o meio do caos, confundida por Jorge com uma groupie da banda. Wellington, o vocalista. Pablo, a segunda guitarra. Diego, o nerd que assistiu a filmes de zumbi demais. Alex, o técnico de som. E outros, inclusive um beagle chamado Aquiles.

O romance é uma história de zumbis, mas não uma história sobre zumbis. Ele aborda a relação entre obra, artista, mídia e o apreciador – o fã – ou consumidor muito mais do que fugas e batalhas intermináveis contra mortos-vivos. A narrativa, porém, mantém os zumbis sempre a um passo dos nossos protagonistas, uma ameaça constante e inevitável, prendendo o leitor com o suspense do que pode vir a dar errado.

Fantasia

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Leo Ged
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21/01/2017 18:53:06

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