A poesia das metamorfoses se radica sobretudo nos limites imprecisos entre mundos diferentes, e já no Livro encontra uma ocasião extraordinária no mito de Faetonte, que ousa conduzir o carro do Sol. O céu aí aparece como espaço absoluto, geometria abstrata e ao mesmo tempo teatro de uma aventura humana recriada com tal precisão de detalhes que não nos deixa perder o fio da meada nem por um segundo, levando o envolvimento emocional até a dor.
Poemas, poesias / Literatura Estrangeira