Tere Tavares é o perfume que sentimos na abertura destas páginas. Sensibilidade e beleza. Um canto infinito que guia docemente os leitores às profundezas da poesia. Traduzindo em verso e prosa, o sentimento do belo, vai tatuando na nossa alma, versatilidades e momentos únicos da natureza humana: uma razão para não ficarmos sós.
Vestida de aromas que percorrem os sentidos, usa a linguagem que explora as rotas do "algo" e envereda por caminhos de substância, que iluminam realidade e sonho. Tere desloca-se graciosamente nos filamentos das palavras, onde se perde e logo se encontra e prossegue, resoluta, inteira, leve, poetisa.
Introspectiva, mensageira, cultiva a magia inerente às palavras ditas oásis, nas rotas da inspiração poética e preza o que é fresco e viçoso, artesanal e múltiplo. Ao escrever "Por que as flores nutrem beija-flores", revela sustentar toda a essência inerente à existência, consorte do universo.
É na musicalidade implícita dos seus versos que se pronuncia a faculdade da literatura aliada à arte de representar traços e sinais, pensamentos e alvuras. Uma festa para o mundo atento à grandeza das letras e à imensidão do alfabeto.
Amiga da transparência, dança e lança viva voz em composições ímpares, das quais é rainha, de um reino de esplendor, onde leis essenciais são primorosamente escrituradas em inquietudes inauditas.
Luísa Ribas
Poetisa/Porto-Portugal
Poemas, poesias