Em nosso tempo, a legitimidade do pluralismo cultural confirma a existência do pluralismo religioso, exigindo de todos a tolerância como um princípio fundamental da convivência no meio social em que se encontram os diversos sistemas culturais e religiosos. No entanto, entre os católicos romanos constata-se, em geral, um sentimento de mal-estar que se expressa como uma espécie de aborrecimento com o fato de ter que admitir a existência de orientações religiosas diferentes da sua. O fato é que não sabendo como situar-se nesse contexto, não poucos adotam atitudes que vão do fechamento e intolerância ao indiferentismo e relativismo. Como compreender que essa realidade é uma pertinente interpelação à formação e atuação dos agentes de pastoral na Igreja Católica Romana? Os documentos do Magistério insistem para que a formação dos agentes de pastoral - particularmente dos presbíteros - capacite-os para o diálogo com as igrejas e religiões. Mas os conteúdos específicos desenvolvidos nas casas de formação ignoram quase por completo tal insistência.